quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Desenho: Moça Alien Passo a passo


Olá! Em outubro em desenhei uma mocinha alien com vários olhos. Colori os olhos com várias cores diferentes, mas todos eles com a mesma técnica, para parecerem realmente que eram os olhos da mocinha. Você pode colocar outras cores, outras técnicas, pode até mesmo desenhar um moço alien se quiser!

Se quiser ver as imagens em tamanho maior, clique nelas.





1. Desenhei vários pares de olhos, um cabelo curto e quis que o cabelo ficasse mais artificial, que não parecesse com o cabelo de terráqueos, mas que ao mesmo tempo não fosse tão diferente. Colori as pupilas, o colar e a blusa com caneta preta.
2. No primeiro par de olhos, usei azul clarinho e passei verde claro por cima;
3. Depois passei um verde mais escuro nas bordas e fiz também vários risquinhos, dando a impressão de profundidade aos olhos.
4. O olho da testa foi colorido com azul claro e as bordas e os risquinhos com azul escuro.





5. Fiz o olho do pescoço com os mesmos tons que o olho da testa.
6. Colori o olho da boca com amarelo e fiz os risquinhos com laranja.
7. Colori o olho da bochecha com lilás e fiz os risquinhos com roxo, e o olho dos brincos eu colori com rosa bem claro e fiz os risquinhos com rosa escuro.
8. Colori a boca com caneta rosa, e deixei alguns espaços em branco para representarem reflexos.


9. Colori o cabelo com um marrom avermelhado, se você não tiver um marrom assim, pode colorir com marrom e depois passei vermelho por cima. Também passei caneta preta ao redor dos olhos.
10. Eu tinha ficado na dúvida sobre qual cor colocar na pele dela, mas decidi colocar rosa, por que não ficaria tão chocante e é mais fácil de trabalhar com rosa. Coloca a pele toda de modo uniforme.
11. Faça os sombreados da pele com o mesmo lápis, mas coloca com um pouco mais de força.
12. Faça cílios bem grandes e espaçados em todos os olhos, menos nos brincos e no colar. Colocar os dentes, fazendo riscos leves com cinza e depois colorindo as bordas. Coloca os espaços em branco da boca com rosa clarinho.




Aqui está o resultado final! Gostei bastante de tudo. No final, eu passei caneta preta nos fios da parte de trás do cabelo, para terem mais profundidade.


Não ficou tudo alinhadinho, perfeitinho, mas se até o rosto dos humanos não são simétricos, imagina o rosto de aliens.



O processo todo foi bastante divertido, ficou bem colorido e gostei bastante. Na próxima eu vou tentar cores diferentes na pele.


terça-feira, 28 de novembro de 2017

Entrevista: Alan Muller

A última entrevista da série de entrevista que fiz com a Renata Melo e com seus personagens termina hoje com uma entrevista à Alan Muller, o protagonista do livro Laço Eterno.



Muller é um sobrenome alemão, já esteve na Alemanha visitando suas origens?
Sim, sobrenome alemão, mas quando estive na Alemanha, não foi com a intenção de conhecer o País com esse objetivo.


Como conheceu o motocross e quando percebeu que queria fazer isso?
Adoro adrenalina e desafio. Comecei a andar de moto praticando o motocross pela aventura e diversão, aos 18 anos. Dois anos depois, um amigo de um amigo me viu praticando e me convidou para participar de meu primeiro campeonato.


Já havia se relacionado com alguma jornalista antes?
Não. A Grenda foi a primeira.


Quais foram seus primeiros pensamentos depois do acidente?
Foram dois pensamentos claros:
Primeiro: Gratidão pela segunda chance em viver;
Segundo: Certeza que amava a Grenda e que queria conquista-la.


Você é um homem lindo, tem alguma dica de beleza masculina?
O básico... Alimentação balanceada sem me privar de nada, shampoo, perfume, hidratante e filtro solar. (Um sorriso)



Adorei a entrevista ao Alan, sempre curto e grosso. Acho que todos devemos ser gratos pela nossa vida, pois ela pode acabar quando menos esperamos, então devemos fazer coisas boas todos os dias, e agradecer todos os dias por continuarmos aqui.

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Entrevista: Grenda Medeiros

Há algumas semanas eu vi no site Portal S4 um post de entrevista com personagens de livros, isso me deu a ideia de entrevistar os personagens da Renata Melo, e a entrevista de hoje é com a Grenda Medeiros, protagonista do livro Laço Eterno.



Você é uma é formada em jornalismo, dê duas dicas importantes para quem quer seguir a carreira?
Ter responsabilidade em coletar e aprofundar todos os fatos, porque uma vez veiculada uma notícia pode comprometer e mudar a vida de pessoas.


Qual foi o trabalho mais divertido? E o mais difícil?
O mais divertido foi escrever minha primeira história na coluna da revista, sozinha, após ter tido a oportunidade em visitar várias ONGs e poder falar sobre o tema. O mais difícil foi ser surpreendida com uma mudança de última hora para cobrir um evento esportivo e descobrir, ao mesmo tempo, que o homem dos meus sonhos, existia na vida real. Foi uma confusão de sentimentos.


Você tem um terapeuta, algum dia já teve algum tipo de preconceito com doutores da mente? Do tipo, achar que quem vai ao psicólogo é louco, ou algo assim.
Claro que não (risos). Esses profissionais nos ajudam em reflexões importantes para resolvermos questões, acelerando nosso amadurecimento e inteligência emocional.   


Já pensou em trabalhar como policial?
Não, mas confesso que adoro quando preciso colocar em prática meu lado investigativo para coleta de informações em minha profissão.


Qual é a melhor parte em estar apaixonada por alguém que você não gostaria de estar apaixonada? E a pior parte?
(Risos) Pergunta difícil... O amor é um sentimento tão maravilhoso que, mesmo quando queremos evitar, senti-lo nos causa um frenesi, nos deixando mais vivos. O frio na barriga quando estamos próximos à pessoa que amamos, mesmo achando que essa pessoa não é a certa. E a pior parte, acho que a negação, fazendo com que percamos um tempo precioso.




Adorei as respostas da Grenda. Realmente precisamos tomar cuidado com o que noticiamos, mesmo quando não trabalhamos na área, sabemos que o modo como damos uma notícia pode influenciar bastante no modo como a pessoa vai reagir à notícia, então devemos sempre ter cuidado. Jornalismo para ser uma profissão incrível, e sendo na rádio, televisão, no papel ou até mesmo na internet, o lado investigativo precisa estar ligado. Quando o peso todo de uma notícia está nas suas mãos, você precisa ter certeza do que está falando, e para isso, precisa saber se as fontes são confiáveis. Espero que vocês também tenham gostado da entrevista à jornalista Grenda Medeiros.

domingo, 26 de novembro de 2017

Entrevista: Renata Melo

Oi gente bonita! Em junho eu resenhei aqui no blog e no canal a trilogia Laço Eterno da Renata Melo, e resolvi fazer uma entrevista breve com ela, para que os leitores possam conhecer um pouco mais da autora. Tentei variar nas perguntas, por que sei que algumas acabam sendo repetitivas e chatas, fiz algumas perguntas mais pessoais, mas que não chegam a invadir o espaço da autora. Conhecer os gostos das pessoas faz com que conheçamos muito da vida delas.




Quais são os autores que te inspiram?
Danielle Steel e Sidney Sheldon.


Algum autor te inspirou a escrever Laço Eterno?
Não. O primeiro livro que escrevi foi contando a história da Amanda e John e durante muito tempo deixei essa história na gaveta. Alguns anos depois escrevi a história da Grenda e Alan, e foi somente no ano que resolvi publicar, que estava muito envolvida em me aprofundar no comportamento humano e espiritualidade que tive a ideia em unir parte da primeira história com a segunda, então nasceu a trilogia.


Escreve, ou pensa em escrever, algum outro gênero além do romance?
No final de fev/2018 chegará as livrarias o novo livro "Quando Um Propósito Nos Leva Além" que mistura romance, aventura e ficção. Esse livro contará a história de uma astrônoma, Sky, apaixonada pelo universo, que acredita que em uma coordenada específica da selva amazônica existe um portal dimensional que poderá revelar à humanidade algo extraordinário. Para essa expedição, ela contrata o melhor guia da região, Iuny, sem revelar a ele quais são seus reais objetivos. Um homem reservado, imprevisível e misterioso.


Qual é o seu top 3 livros preferidos da vida?
Pergunta difícil, porque acho que o livro preferido tem haver com o momento e bagagem de experiência com a qual nos encontramos quando iniciamos uma nova leitura. Admiro todos os autores por se arriscam e se desafiam quando escrevem seus livros.


Arte, como cinema, teatro e pinturas te inspiram?
Tudo me inspira. A vida é um grande filme, cheia de mensagens e aprendizados. As imagens que visualizamos através dos nossos olhos são obras de artes e pinturas. Às vezes, me pego como uma espectadora dos momentos que vivo, sou grata à cada um deles, porque me moldam em quem eu sou e em quem eu não sou.


Quais são as suas músicas favoritas?
Minha banda preferida sempre foi Engenheiros do Hawaii, mas sou totalmente eclética. Acho que tem mais haver com o momento.


Você acha que alguma música específica combina com algum livro seu, ou algum personagem?
Ainda não fiz essa associação.


O que gosta de fazer quando não está escrevendo?
Colecionar experiências, seja através filmes, viagens, leitura, uma conversa, uma brincadeira, etc. Amo tudo que faço, minha rotina sempre está preenchida de algo novo. Busco praticar o equilíbrio em todos os papéis que tenho: mãe, esposa, filha, irmã, amiga, escritora e líder que desenvolve pessoas.


Qual a sua religião?
Sou católica, mas respeito e leio sobre as demais religiões.


Por que escolheu colocar tanta espiritualidade nos livros?
Foi natural, não teve um propósito inicial, simplesmente, aconteceu, mas gostei muito do resultado. Quando recebo retorno dos leitores, existe uma unanimidade em comentar que as mensagens e reflexões que os livros proporcionam contribuíram de alguma forma para eles.




Eu gostei bastante de formular as perguntas, e gostei das respostas da Renata. Vou comentar algumas delas aqui. Foi bom saber que a história de Amanda e John foi escrita primeiro, pois ela, na ordem cronológica, é a que acontece primeiro. Achei interessante saber sobre a religião dela, já que o livro tem bastante espiritualidade, e tem bastante da crença espírita. Eu sinceramente pensei que ela fosse espírita, ou que se simpatizasse com o espiritismo, mas foi bom saber que ela é católica e mesmo assim consegue admirar outras religiões ao ponto de colocar um pouco disso em seus livros.

Espero que vocês tenham gostado da entrevista, e que vejam as resenhas dos livros da trilogia Laço Eterno. E claro, que vocês leiam os livros.

Resenha: O Destino Escolheu Você de Duda Razzera e Beatriz Cortes




Título:O Destino Escolheu Você
Autor:Maria Eduarda Razzera & Beatriz Cortes
Ano de publicação:2017
Número de páginas:234
Nota:5/5

Ganhei o ebook desse livro em um sorteio, não é publicidade, são minhas opiniões sinceras. Caso ainda não tenham visto, já resenhei outro livro da Duda aqui, o Além da Superfície.


Gabriela é uma jovem produtora de cinema. Apesar da pouca idade, já produziu vários filmes e conseguiu uma das coisas que mais queria: reconhecimento. Seus pais não eram bem o tipo que apoiaram sua carreira artística. Arte não é muito valorizada aqui no Brasil, é comum os estudantes de artes ouvirem que vão morrer de fome, e esse era o medo dos pais de Gabriela, mas o erro deles foi não apoiar a filha que eles dizem amar tanto. Por não ter tido o apoio dos pais, Gabriela acabou indo procurar apoio em outros lugares e conheceu Pietro, que também trabalhava na mesma área. Juntos eles produziram e enriqueceram, mas eram tão focados no trabalho que o casamento acabou ficando de lado, e eles se divorciaram. Gabriela descobriu coisas sobre Pietro que ela não imaginava descobrir algum dia, e depois daquilo era óbvio que eles não ficariam mais juntos, mas o casamento ruim fez com que Gabriela se fechasse ao mundo.

"Eu também os amo. Mas a verdade é que tudo dói demais. Eu sinto demais... Sinto que estou me envenenando aos poucos e afastando qualquer um que se importe comigo. Mas parece que sou um trem desgovernado e não consigo parar. Por isso, digito a única resposta que consigo elaborar "Preciso de um tempo. Não é com você, sei que me ama. Só preciso... respirar."" _ Página 99

Gustavo é um advogado que ama atuar. Ele sempre vai à testes de coisas pequenas, como comerciais de televisão, e apesar de saber que isso não vai deixá-lo rico, ele sonha em algum dia aparecer nas telas das pessoas, mesmo que seja por apenas 30 segundos. Gustavo fez advocacia por ser algo seguro, mas seu sonho sempre foi atuar. Ele sabia que precisaria de um emprego fixo enquanto lutava por seu sonho, então trabalha como advogado, enquanto procura pequenos papéis em peças de teatro e em comerciais. Gustavo teve um passado difícil, porém muito comum no Brasil, e tudo que aconteceu com ele faz com que ele queira ser um super herói, faz com que ele queira salvar as pessoas tudo e de todos.

"Desde 1990 fazendo escolhas erradas e tentando sobreviver às consequências." _ Página 84

Sua ex namorada, Samanta, tem problemas com álcool, e sempre que está bêbada na Augusta, é para Gustavo que ela liga. Mesmo não estando mais com Samanta, ele se preocupa com ela, e acaba sendo indo buscá-la. Gustavo é bonito, faz o tipo galã, sabe disso e se aproveita disso para conseguir a mulher que quiser, mas sabe que isso tudo é vazio demais, mas o medo de começar algo sério e perder a pessoa faz com que ele não se jogue de cabeça em algum relacionamento mais sério.


O destino dos dois se cruza quando Gustavo está saindo do serviço, com fones de ouvidos e agindo como se fosse o rei do universo. Gabriela estava nervosa, dirigindo e sua vontade é passar por cima do pedestre que acha que é o rei do universo, mas ela apenas buzina, nervosa. O destino os une novamente quando Jonas, antigo professor de teatro de Gabriela e atual professor de Gustavo passa mal e precisa ficar internado. Jonas envia Gabriela como professora substituta, pois sabe que apesar de ter endurecido com as experiências da vida, ela é uma ótima pessoa, e uma ótima produtora e atriz. Gabriela e Gustavo haviam se encontrado antes da primeira aula, num teatro, durante a noite, mas não um encontro marcado, eles apenas esbarraram um no outro, e obviamente, tiveram uma breve briga na porta do teatro, e nenhum dos dois imaginava que teriam que se encontrar novamente.


Pois bem, agora Gabriela é a nova professora de Gustavo, os dois não se dão muito bem e só se comunicam por frases irônicas ou por brigas, mas os dois sabem que vão ter que se aguentar, ela não quer deixar Jonas na mão e Gustavo precisa das aulas para conseguir ser um bom ator. Os dois têm feridas e cicatrizes escondidas, os dois não estão nem perto de prontos para mostrarem essas cicatrizes ao mundo, e os dois mal sabem que eles vão se ajudar no processo de cura.



Esse livro me levou por caminhos que eu não esperava trilhar. Não pensei que seria nem metade do que é. Eu estava esperando um romance água com açúcar e recebi um livro que aborda questões bem profundas. Sofri a angustia de eu, leitora, saber tudo o que estava acontecendo, mas os personagens não saberem como outro estava se sentindo, e por isso dizerem coisas ofensivas sem pensar. Nos capítulos iniciais o que eu mais pensei foi "não fala isso, você não sabe o que ele/ela está passando". Isso me fez refletir nas minhas atitudes. Quantas vezes nós não tratamos mal uma pessoa sem nem a conhecer direito? Quantas vezes você estava mal, e alguém te disse algo que te deixou pior ainda? Muitas das vezes as palavras não são ditas com a intenção de ofender, mas ofendem, e muitas vezes machucam. Ter cuidado com o que falamos, principalmente na internet onde é fácil ter anonimato, é essencial, precisamos entender que quem está ouvindo também é um ser humano que ri e chora.

"Alguns amigos trazem essa sensação de lar." Página 103

As escritas das autoras é muito leve, mesmo quando estão acontecendo cenas pesadas, o que faz com que o livro tenha uma leitura bem fluida e faz com que a gente não perceba quantos capítulos já se passaram. É um livro que fica com a gente depois que lemos. É aquele livro que no meio do dia você se lembra do que leu no dia anterior, e ri ou chora. Gosto de livros com a escrita leve assim, pois fazem parecer que nem tudo é o fim, fazem parecer que apesar de a situação ser ruim, as coisas vão melhorar. Também gosto de livros desesperados, de caos, amo isso, mas tem momentos da vida que ler coisas mais leves é melhor.


O livro é bem atual. Além de ter sido realmente escrito em 2017, fala sobre assuntos que estão em pauta hoje em dia, na verdade sempre estiveram, mas agora estão tendo mais visibilidade. É um bom livro para que possamos ver o ponto de vista do outro em vários assuntos. Eu diria que é um livro sobre relacionamentos, não somente sobre relacionamento amoroso, mas principalmente sobre o relacionamento com a família. Família é algo sério e importante, não é  algo que deve ser deixado de lado por causa da briguinhas infantis, muito menos por causa de trabalho. Trabalho passa, sua carreira vai acabar alguma hora, família fica. Eles vão morrer em algum momento? Sim, mas enquanto você se lembrar deles, eles vão continuar vivos no seu coração.


Admito que Gabriela foi uma personagem que me irritou em vários momentos. O fato de ela jogar a culpa das coisas na família, nos colegas de trabalho, no destino, quando ela era quem estava errada me tirava do sério. Se você acredita no destino, acredito MESMO. Odeio gente que crê pela metade. Se você acredita que o destino te fez sair de casa Às 5h da manhã e não às 6h, por que não consegue acreditar que o próprio destino te tirou algo? Se você for acreditar que as pessoas é que fazem suas vidas e que elas são responsáveis por suas escolhas, acredite nisso inteiramente e não culpe o destino por algo que você escolheu, ou algo que você fez de errado. Não acho que isso deva mudar na personagem, pois essa confusão acabou deixando ela mais humana, pois nenhum de nós consegue ser perfeito, e somos confusos, talvez não com nossas crenças, mas com nossos sentimentos.


Gustavo, apesar de realmente acreditar no destino, sabe que ele também contribui para tudo que acontece com ele e ele aceita as consequências de seus atos, o que me fez gostar mais dele, ele é mais maduro. Ele tem sim sentimentos feios e é confuso sobre esses sentimentos. Ele sabe que não poderia ter feito muita coisa, e mesmo assim se culpa por coisas maiores que ele. Gustavo sempre quer salvar todo mundo, e mesmo sabendo que não consegue, ele tenta. Acho isso fofo, mas burro ao mesmo tempo, pois ele acaba passando por situações ruins por causa dessa mania de herói.


Recomendo o livro à todos que gostam de romances com drama, principalmente se você acreditar em destino, e super principalmente se você acreditar em SERENDIPITY. Serendipity é uma palavra em inglês que significa "encontrar algo muito bom que você nem estava procurando, algo muito bom que chegou ao acaso". Eu amo essa palavra e ela se encaixa perfeitamente no enredo do livro. Não achei o ritmo do livro acelerado, daqueles que as coisas acontecem rápido demais, mas talvez essa seja a minha percepção. Gostei muito do livro, e novamente a Duda me surpreendeu. Foi o primeiro livro da Beatriz que eu li, e espero ter a oportunidade de ler mais, adorei a escrita dela.

"Seu olhar é intenso. E parece me desnudar. EU não sou pele, corpo, nada. Sou apenas alma perto dele. E isso me assusta demais." _ Página 126

As partes narradas pela Gabriela foram escritas pela Duda e as partes narradas pelo Gustavo foram escritas pela Beatriz. As escritas das duas são até que parecidas, mas dá sim para notar a diferença, principalmente por que uma está escrevendo sob o ponto de vista de uma mulher, e a outra sob o ponto de vista de um homem. O livro ainda não foi oficialmente lançado, mas não deve demorar a ser, então desde já fica a dica de um romance incrível que fala bem mais do que apenas amor de casal.

Obrigada Duda e Bhya por escreverem o livro, sinto que muitas pessoas precisam lê-lo, e que vai ser de ajuda à muitas pessoas.

Ps: Recomendo que ouçam as músicas "It's Hard To Get Around The Wind" do Alex Turner e "Night Changes" do One Direction enquanto estiverem lendo.

sábado, 25 de novembro de 2017

Leitura todo dia #31

Mais uma semana de leitura todo dia! O projeto foi criado pela Nine com o intuito de fazer com que os participantes leiam todos os dias, mesmo que sejam poucas páginas. Minha meta pessoal nessa semana é uma média de 25 páginas por dia. Eu prefiro me focar em ler coisas boas do que em ler muito, então, nessa semana, minha meta vai ser um pouco mais baixa que o normal.





No dia dezesseis eu li 20 páginas (quatro capítulos) do livro O Destino Escolheu Você, da Duda Razzera com a Beatriz Cortes. O livro ainda vai ser publicado, mas 10 blogueiras foram sorteadas para ler em primeira mão, e eu fui uma delas. Estou amando o livro! Li também 6 páginas (cerca de 0,2 do conto) de Silver Blaze, um conto que está no livro The Adventures and Memoirs of Sherlock Holmes, do Arthur Conan Doyle e sigo amando a escrita do Doyle.



No dia dezessete eu li 25 páginas (seis capítulos) de O Destino Escolheu Você e continuo gostando bastante do livro! Tem alguns errinhos de revisão, mas como ainda não é o livro definitivo, que vai ser impresso, é normal ter alguns errinhos. É um romance, e até agora estou gostando bastante, principalmente por que o livro é narrado pelos dois protagonistas, Gabriela e Gustavo.

Li também 15 páginas (cerca de 0,45 do conto) de Silver Blaze e terminei o conto que abre a parte das Memórias. Adorei esse conto, foi  mais violento que os outros. Houve um assassinato, e eu amo contos assim e já espero contos mais violentos como esse. Esse é um dos contos que eu com certeza recomendo sem dúvidas!



No dia dezoito eu li 18 páginas de O Destino Escolheu Você e agora o livro está ficando incrivelmente sensacional! Já cheguei à página 100, e até agora, estou amando a leitura. Bem leve e ao mesmo tempo bem intenso em alguns momentos. É um livro que fala sobre muitas coisas, mas principalmente sobre traumas sofridos no passado, já que eles sempre acabam reaparecendo na vida dos personagens.

Também li apenas 3 páginas (cerca de 0,1 do capítulo) de Drácula. Queria muito ter lido mais, mas comecei a ler bem tarde da noite, e acabei não aguentando muito. Agora faltam pouco mais de 50 páginas e estou vibrando de felicidade a ansiedade. O livro está ficando cada vez melhor!



No dia dezenove eu consegui ler 21 páginas (cerca de 0,4 de um capitulo + outro meio capítulo) de Drácula, o que foi ótimo! Foram páginas com bastante informações, apesar de ter tido pouca ação, e foram páginas super interessantes.



No dia vinte eu li 10 páginas (meio capítulo) de Drácula e estou chegando na reta final! Falta apenas um capítulo, e o livro está num ritmo frenético, várias coisas acontecendo e estou ansiosa para ler o final logo. Li também 9 páginas (dois capítulos) de O Destino Escolheu Você e continuo gostando bastante do livro, principalmente por se passar no Brasil. Adoro livros contemporâneos que usam o nosso país como cenário, acho mais elegante. É um livro ótimo para ler durante a noite, por que, pelo menos até agora, está sendo bem leve.



No dia vinte e um eu finalmente li as últimas 30 páginas (um capítulo) de Drácula. O final do livro foi incrível, várias coisas aconteceram e tudo teve uma resposta. Como o final já estava chegando e eu vi algumas pontas soltas, eu fiquei com medo de as coisas não serem resolvidas, mas foram e fiquei feliz com isso. A leitura desse livro foi algo incrível e em breve teremos a resenha aqui no blog e provavelmente no canal também!

Li também mais 10 páginas (dois capítulos) de O Destino Escolheu Você. Eu até quis ler mais, mas estava morrendo de sono. Foi um dia cheio, e fico feliz por isso, mantive a cabeça ocupada durante o dia todo. Vou tentar ler pelo menos até a página 170 ainda essa semana. No momento estou na página 125.



No dia vinte e dois eu li incríveis 42 páginas (11 capítulos) de O Destino Escolheu Você. Agora estou chegando na reta final e ainda essa semana vai ter resenha do livro aqui no blog, e em dezembro vai ter resenha no canal, provavelmente. Estou adorando o livro, é muito leve e aborda assuntos importantes ao mesmo tempo.



No dia vinte e três eu li apenas 3 páginas (cerca de 0,1 do conto) do conto The Yellow Face, que está no livro The Adventures And Memoirs of Sherlock Holmes, do Arthur Conan Doyle. Li super pouco, mas fiquei feliz por pelo menos ter lido.



Drácula - 64 páginas lidas
O Destino Escolheu Você - 124 páginas lidas
The Adventures and Memoirs of Sherlock Holmes - 24 páginas lidas

Nessa semana eu consegui ler 212 páginas, dando uma média de 26,5 páginas por dia, o que é um número bom se formos ver que nos nos primeiros quinze dias do mês eu quase nem li. Eu sinceramente espero que na próxima semana eu consiga ler pelo menos 30 páginas por dia, mas tudo bem se não acontecer. Estou respeitando meu tempo, não é sempre que as coisas saem como queremos, não é mesmo?


segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Diário de Leitura - Sherlock Holmes #12 - The Copper Beeches



The Copper Beeches é um dos contos mais interessantes das Aventuras de Sherlock Holmes, tanto que é o conto que encerra o livro. Foi um conto que me surpreendeu. Começa com uma moça pedindo conselho à Holmes, sobre uma oferta de emprego. O salário é bom, ela vai ser governanta de uma única criança, vai ter um quarto bom na casa, vai poder trabalhar com uma certa liberdade, MAS é exigido que ela corte o cabelo. Como ela não quer cortar, vai até a casa de Holmes e lhe pergunta o que deveria fazer. Fala tudo sobre como o homem é e o que falou, e Holmes lhe diz que não vê motivos para que ela rejeite a oferta de emprego, afinal cabelo cresce.


Como o conto começou assim, eu pensei que seria mais um daqueles sem muita ação, onde a solução, apesar de não ser óbvia, seria algo simples. Mas um belo dia, a moça pede ajuda de novo, dessa vez com um problema que apesar de pequeno, é um problema mais sério, e para ajudar a moça, Holmes começa a pesquisar e a descobrir coisas inacreditáveis sobre a família que a contratou.


Um conto ótimo! Não tiveram muitas palavras desconhecidas para mim, só me lembro de 16 agora, o que é um número bom. Eu daria 4 estrelas e meia para esse conto, pois não é incrível a ponto de ganhar cinco, mas com certeza merece mais que quatro. É um conto super bom como introdução também, pois mostra que mesmo que os contos não pareçam ser grandes coisas no início, no final ele vale super a pena! Me sinto muito feliz por ter terminado esse livro. Agora vou começar As Memórias de Sherlock Holmes, claro, em inglês.

domingo, 19 de novembro de 2017

Resenha: Além da Superfície


Título:Além da Superfície
Autor:Maria Eduarda Razzera
Ano de publicação:2017
Número de páginas:150
Onde encontrar: Além da Superfície no Wattpad / Skoob
Nota:4/5


Eu fui leitora beta desse livro. Por enquanto ele está disponível no wattpad, mas em breve ele será lançado oficialmente em ebook e acredito que também seja lançado em versão física. Darei minha opinião 100% sincera, o fato de a autora ter entrado em contato comigo não muda nada.


Alice é uma mulher que acabou de se formar na faculdade de Administração e deveria estar muito feliz por essa grande conquista, mas Gustavo acabou de terminar o relacionamento de quase três anos que os dois tiveram. Além disso, Alice estavam com 7kg a mais do que achava ser o ideal e ainda morava com os pais, o que faz com que ela não se considere uma pessoa vencedora. Para piorar tudo isso, Alice começa a ter crises de pânico e depressão, o que torna tudo isso um buraco negro, que suga toda a sua energia.


Como lidar com ansiedade, depressão e síndrome do pânico ao mesmo tempo? Alice não sabe, mas sabe que precisa fazer algo sobre isso. Após se formar, ela decide que precisa de um emprego novo, pois trabalhar com seu tio não lhe dá a liberdade que ela precisa para fazer um bom trabalho, e decide sair para procurar um emprego que possa ajudá-la a ocupar a cabeça e não pensar nas tristezas da vida.

"Queria lhe pedir desculpas, não devia ter falado da maneira como falei... Eu não tenho o direito de me meter na sua vida. mas, se o faço, é pelo seu bem..."

Seus pais são separados e seu irmão Matheus não mora mais com ela e sua mãe, porém a família está quase sempre na mesma casa. Seus pais se separaram pro causa de brigas, desentendimentos pequenos que acabaram tomando uma proporção enorme no final. Foi em meio à esse caos que Alice e Matheus cresceram, o que torna mais entendível o fato de ela ter depressão, pois o modelo mais próximo de relacionamento que ela tinha, era o dos pais, e desde cedo ela viu que aquele relacionamento não era bom. Então quando Gustavo termina com ela, ela não sabe muito bem o que fazer, pois mesmo depois de anos de separação, seus pais continuam se vendo... e continuam brigando sempre que se veem.


Alice tem dois melhores amigos, Cris e Malu, que sempre a ajudam quando ela precisa. Ela e Malu se conhecem desde crianças, e Cris veio depois. Provavelmente as pessoas pensam que Cris é muito sortudo, pois tem duas lindas amigas que são bem próximas, mas ele não pensa nas meninas dessa forma. Os três estão juntos sempre que podem, e sempre ajudam uns aos outros, pois apesar de as crises de Alice serem mais preocupantes e mais frequentes, os dois, como seres humanos, também tem momentos difíceis.


É um livro que aborda o amor de várias formas, não somente aquele amor de interesse sexual, ou amor de amantes, mas o amor pela família e o amor pelos amigos. É também um livro que mostra o cotidiano de uma pessoa, que assim como muitos da minha geração, tem depressão e ansiedade, e mostra a realidade de viver com isso, sem exageros e sem colocar panos quentes nessas questões. É um livro que fala sobre se descobrir, se reinventar para ir para lugares mais altos, sobre a vida.





Gostei bastante da forma como os problemas psicológicos de Alice foram tratados. O livro é narrado em primeira pessoa, então ficamos bem por dentro de tudo que ela está sentindo, e na maioria das vezes, ela sente DEMAIS. Gostei por que pareceu verdadeiro, por que eu tenho essas três coisas e eu sei como são as crises dessas três coisas, e ver isso sendo tratado em um livro, com tanta naturalidade e verdade, foi ótimo. A família de Alice quer sim que ela melhore, que saia com outras pessoas e fique bem, mas eles não conseguem entender que nem sempre isso é possível. Problemas psicológicos, na maioria das vezes são bem maiores do que a gente, e mesmo que a pessoa tome remédios, vai sim acontecer uma recaída de vez em quando, e é importante que a família saiba como agir. Querer ajudar demais pode acabar atrapalhado.


Sei que existem sim pessoas que têm crises piores, aquelas crises de realmente não conseguir fazer nada, mas isso não significa que não existam pessoas como a Alice, que têm várias crises durante a semana, mas são crises leves e que passam rápido. Eu mesma já tive crises de pânico que duravam 5 minutos e já tive crises de pânico que duravam dias, isso é bem relativo, então apesar de Alice não ter crises realmente fortes, as crises que ela tem são bem verdadeiras por que não tentam ser o que não são.

"Achei que era Deus me dando um sinal, me punindo ou não sei. No fundo, só estava com medo."


O livro ainda não foi totalmente revisado. A autora fez sim uma revisão própria, mas o livro ainda não passou por um revisor profissional, então tem alguns erros, mas eu não me incomodei com nenhum deles, pois são erros aceitáveis. Erros que me incomodam são do tipo "serto, concerteza, agente, a gente fomos..." e acredite, já vi isso em livros. Entendo que existem livros que realmente são escritos assim com a finalidade de nos causar estranheza, mas na maioria dos casos, são apenas erros ridículos que as pessoas cometem por querer escrever, mas não gostarem de ler à ponto de aprenderem a escrever.


O que me fez ficar presa ao livro foi o modo como a Alice lidava com tudo o que estava acontecendo ao redor, e era bastante coisa! Apesar de ter esses problemas, ela sabia que tudo tinha seu tempo, então nos momentos da crise, quando ela sabia que podia se permitir chorar, ela chorava bastante, até tudo de ruim sair junto com as lágrimas. Nos momentos em que ela estava no trabalho ou na rua, ela segurava ao máximo, para que depois ela pudesse falar sobre isso com o amigos dela, e em vários desses momentos ela percebe que apesar de tudo, ela ainda tem um certo controle sobre a mente dela, que ela consegue empurrar as crises para os devidos lugares em certos momentos, e é exatamente isso que acontece na vida real, quando nos permitimos chorar, mas sabemos que em certos momentos, chorar não é o ideal. Precisamos de momentos assim para percebermos o quanto evoluímos.


Sei sim que eu gostei bastante do livro por causa da identificação que rolou com a personagem, e que talvez algumas pessoas não se interessem pela história como eu, mas creio que boa parte das pessoas que lerem vão gostar. Nos tempos atuais, problemas psicológicos estão sendo tratados de formas mais sérias, então acho que não vai ter nenhum leitor que não vai gostar do livro por causa disso. A escrita é bem leve, apesar de tratar de temas meio pesados, e isso é o que torna a leitura agradável, pois a Duda consegue falar de temas pesados com uma leveza enorme, fazendo com que aquilo tudo nos pareça natural, e não algo de outro mundo.


Recomendo bastante, principalmente se você de alguma forma se identificou com a personagem apresentada na resenha. É bom ver livros tratando problemas psicológicos com leveza, sem aquele peso de achar que toda pessoa com síndrome do pânico é louca e pode te matar a qualquer momento, nem o peso de achar que todo depressivo vai se matar a qualquer momento. Livros assim são importantes para que as pessoas percebam que existem vários graus de cada doença, e que tê-las não te impede de viver uma vida "normal". Talvez você precise tomar alguns remédios, ou fazer algum tipo de terapia alternativa, mas nada disso te impede de ter amigos, sair, namorar, trabalhar ou estudar. O primeiro passo para a mudança, é acreditar que vai dar certo.


PS: Doenças psicológicas não são "falta de Deus".

sábado, 18 de novembro de 2017

Resenha: Guerra e Paz (Tomo 4) de Tolstói



Título:Guerra e Paz
Título original:Война и миръ
Autor:Liev Tolstói
Editora:Cosac Naify
Ano de publicação no Brasil:2014 (a edição mais famosa)
Número de páginas:2536 (A edição com os 4 tomos,se dividirmos,cada tomo teria cerca de 634 páginas)
Preço:R$ 95,20
Paguei:R$ 00,00 (Baixei o pdf,vocês podem baixar o terceiro e quarto tomo aqui)
Nota:5/5


Essa resenha é sobre o último tomo de Guerra e Paz, portanto conterá spoilers sobre os volumes anteriores. Caso esteja procurando as outras resenhas, clique nos nomes. Primeiro tomo / Segundo tomo / Terceiro tomo.


O livro começa com uma festa na casa de Helena, conhecida por dar grandes festas. Ela faz algo quase inédito na Rússia, anula o casamento com Pedro, ou Pierre, e recebe dois pedidos de casamento. Como ela não sabe qual homem escolher, ela escolhe os dois, e apesar dos olhares e das fofocas, ela não parece se importar muito. Mas ela fica doente, e as pessoas começam a dizer que a doença é um castigo por ela ter se casado com dois homens.

"... como se em verdade pudesse haver regras para matar criaturas humanas."

Moscovo, ou Moscou, foi abandonada pelos russos. Alexandre, o soberano, não gostou disso e sua raiva chegou a ponto de pensar em fazer coisas horríveis, mas ele sabe que primeiro precisa ver o que vai acontecer, precisa fazer com que as outras cidades não sejam abandonadas, e precisa, principalmente, fazer com que a Rússia ganhe a guerra. A guerra está estourada, os soldados morrem aos montes, e vários russos começam a ser feitos prisioneiros, porém não fazem prisioneiros. O exército russo se comprometeu a matar todos os franceses inimigos, e não fazer nenhum prisioneiro.

"Napoleão, que nos é apresentado como o dirigente de todo este movimento, na realidade, durante todo este período da sua vida, foi apenas a criança que, agarrada às correias do interior de um carro, julga estar a dirigido"

A Rússia não tem nenhuma intenção de se render. Alexandre diz que prefere perder todos os soldados russos à assinar a derrota, pois é bem mais do que algo pessoal, é sobre o orgulho russo, sobre o que todos os cidadãos estão sentindo, e vemos ao longo de livro que realmente ninguém tem a intenção de desistir. Mesmo nos momentos mais difíceis os soldados continuam lutando pela pátria, para que a Rússia não tenha seu nome manchado.

"Pretender-se que a vida dos homens seja sempre dirigida pela razão é destruir toda a possibilidade de vida."

Agora passando para a paz... Nikolai ou Nicolau Rostov vai até uma festa onde a princesa Maria também está presente, e ali os dois conversam bastante, e Rostov percebe que realmente gosta de Maria, mas tem medo de um possível casamento, principalmente por que a condição financeira de sua família não está boa, e ele tem medo que Maria pense que ele quer o casamento apenas por dinheiro. Por outro lado, Maria sabe que gosta dele, mas não tem certeza se seria bom se casar com o irmão de Natacha, que desonrou seu irmão André há pouco tempo.


Como a paz no livro não dura muitas páginas, também acompanhamos a jornada de Andrei, ou André, que está na casa dos Rostov. Ele foi seriamente ferido na guerra, nenhum médico acredita que ele consiga viver mais do que algumas semanas, e mesmo ele estando dentro de casa, sendo tratado e alimentado, todos conseguem ver que ele não aguentará muito tempo. Durante todo o tempo Natacha fica ao lado do amado. Natacha perde perdão à ele, com gestos e olhares, e ele a perdoa da mesma forma. Os dois entender que cada momento juntos pode ser o último, e fazem o possível para que tudo seja agradável, então Natacha costuma ficar ao lado dele enquanto ele dorme, e também lhe dá de comer.

"Está nu e assim mesmo dá-me as sobras."

A princesa Maria fica sabendo, por meio de uma carta que Sonia enviou para Rostov, que André está na casa dos Rostov e vai imediatamente para lá, levando Nikolutcha, o filho de André, consigo. O reencontro de Maria e Natacha é pura tristeza. Maria se preocupa com qual será sua reação ao ver uma mulher que ela considera uma traidora, mas quando vê a tristeza no rosto de Natacha, ela percebe que as duas estão sofrendo, e que criar inimizades naquele cenário seria loucura. As duas passam a se falar mais e a acompanhar André em todos os momentos.


Como os moscovitas incendiaram a cidade, as tropas francesas, ao entrarem na cidade, não puderam saquear tanto quanto pretendiam. Eles conseguiram sim saquear várias casas e levar coisas preciosas, mas foram poucas, basicamente as casas dos nobres que não queriam ter suas casas queimadas. Lembrando de que os moscovitas incendiaram as próprias casas para que os franceses não tivessem mantimentos e morressem de fome e frio durante a guerra.

"As batalhas, seja a de Tarutino, a de Borodino ou de Austerlitz, nunca decorrem segundo as previsões daqueles que as dirigem. Eis um facto essencial."

Apesar de os franceses não sentirem o impacto assim que chegam, aos poucos eles percebem que a comida está acabando, que não há lugar para todos dormirem, e que alguns vão ter que dormir lá fora, no inverno russo, e passar fome, provavelmente até morrer. Em meio à todos esses conflitos é que o quarto e último tomo de Guerra e Paz se inicia.




Esse tomo foi de tirar o fôlego! Quase não houve tempo para respirar, assim que algo acabava, alguma outra coisa já começava a acontecer, isso quando não aconteciam várias coisas ao mesmo tempo.Eu tenho uma certa dificuldade de gostar das partes que narram a guerra, por que sempre têm detalhes técnicos demais sobre coisas do exército e eu acabo ficando meio perdida, e sempre tenho que ficar fazendo pesquisas no meio da leitura, mas nesse tomo isso não me incomodou tanto, provavelmente por que eu já estou acostumada com a linguagem do autor, e por que já se passaram muitas batalhas até chegar no quarto tomo. No início do tomo, na preparação da guerra, quando as coisas ainda não estavam realmente quentes, quando ainda não estavam narrando as batalhas, mas narrando os preparativos, eu achei chato, mas assim que a guerra começou de fato, eu comecei a gostar mais.


Esse foi o tomo que a descrição das batalhas mais me agradou, por ter sido bem mais brutal e cru do que foi anteriormente. Numa guerra é comum ver corpos mutilados espalhados pelo chão, é normal várias pessoas morrerem, e algumas ficarem gravemente feridas, e claro, é comum haver prisioneiros de guerra, e aqui nós conseguimos ver tudo isso. Isso já vinha acontecendo nos outros, mas nesse tomo a brutalidade foi algo que me agradou bastante. É brutal, mas não ao ponto de incomodar os leitores mais sensíveis, então mesmo que você não goste tanto assim de cenas com sangue e feridas, você vai gostar do livro. Mas já fica o aviso de que existem cenas bem fortes no livro, apesar de não aparecerem a todo momento, elas podem causas um certo incômodo enquanto você as lê.

"Um grande terror se apoderou dele, mas ao mesmo tempo sentia que, enquanto esta força procurava esmagá-lo, outra, poderosa e independente dela, espécie de energia vital, crescia e lhe fortalecia a alma."

Esse tomo foi inteiro tomado por fortes emoções. Nos tomos anteriores era comum ver as pessoas fazerem festas enquanto seus maridos, pais e filhos estavam na guerra, mas dessa vez, como a guerra alcançou a capital, várias pessoas tiveram que se mudar para São Petersburgo e para as cidades vizinhas, não por opção, mas por desejo de sobreviver. Aqui não houveram muitas festas, dá para contar nos dedos, e mesmo assim não eram tão animadas quanto antes, já que aqui a maioria dos personagens principais estão diretamente envolvidos com a guerra.


Também foi o tomo que mais me fez sofrer, de verdade, com o sofrimento dos personagens. Eu cheguei a chorar em alguns momentos, não de as lágrimas rolarem, mas de o olho ficar lacrimejado. Os personagens sofrem a todo momento, principalmente os núcleos principais: Bezukov, Rostov e Bolkonski. Todos eles sofrem coisas horríveis, alguns passam por doenças, outros por torturas, todos passam pela guerra e todos passam por muitas aflições por causa da guerra, um sofrimento realmente sofrido, sabe? Não é mais aquele sofrimento causado por perder dinheiro, ou perder terras, ou ter que vender terras por causa de dívidas, mas um sofrimento real, que muitas famílias sentem durante períodos de guerra.

"O silêncio à volta deste homem é a mais evidente prova dos seus méritos."

A última parte do livro, o finalzinho, é dedicada a explicar algumas coisas, e se preparem, por que essa parte é meio teórica, e ao meu ver, foi chato. Ali é explicado o que é poder e a relação de poder que as pessoas têm sobre as outras, claro, sempre levando para o lado da guerra. Apesar de ser um texto que achei chato por parecer didático, uma coisa interessante dita ali é que quanto mais poder você tem, menos você luta. Por exemplo, o soberano Alexandre não teve que passar pelo perigo real da guerra, pois ele tinha poder para mandar outras pessoas irem em seu lugar.

"A grandeza parece excluir a possibilidade de apreciar o bem e o mal. O mal não existe para o que é grande. Quem é grande nunca poderá ser acusado de uma maldade."

Uma coisa super legal é que no final há um texto com cerca de 10 páginas, escrito pelo Tolstói, que fala sobre a construção do livro, sobre as pesquisas que foram feitas, sobre alguns erros que ele deixou passar, sobre a guerra e sobre vários dos personagens, pois muitos personagens foram inspirados em pessoas reais. É um texto ótimo, principalmente para quem gostou do livro.



sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Diário de Leitura - Sherlock Holmes #11 - The Beryl Coronet





Esse foi um dos meus contos preferidos até agora. Um homem tem um escritório, recebe um cliente super rico, e para exigir que os serviços sejam bem feitos, o cliente dá ao dono da empresa uma coroa com pedras preciosas, "The Beryl Coronet", também como uma garantia de que ele tem dinheiro para pagar o serviço pedido. O dono da empresa sabe que não pode perder aquela coroa, e sabe que precisa cuidar dela, por sua honra depende disso.

Ele leva a coroa para casa, pois não quer perdê-la de vista. Seu filho gosta de jogar, de fazer apostas e perdeu bastante dinheiro por causa dos jogos. Após o jantar, o pai mostra à todos, ao filho e à sobrinha, que a coroa está em casa e inclusive fala onde a guardou. Ele acorda no meio da noite e vê seu filho com a coroa nas mãos, mas uma pedra está faltando. Ele precisa descobrir onde a pedra está e pede ajuda à Holmes, mas o objetivo de Holmes é provar que o filho não é o culpado.

Eu gostei bastante do conto por que é bem complexo. Tudo nos leva a acreditar que o filho é o culpado, e eu comecei a achar que veria o primeiro caso em que Holmes estaria errado. Eu gostei bastante do desenvolvimento do conto, mergulhei de cabeça na história e foi realmente um dos meus contos preferidos.


Esse conto teve muitas palavras desconhecidas para mim, provavelmente por que fala bastante sobre jóias, e sobre evidências que não tinham sido citadas anteriormente. Eu anotei as palavras desconhecidas, e foram cerca de 25 palavras. Isso não me atrapalhou durante a leitura, consegui ler tudo normal, de boa, sem muito esforço, mas foi provavelmente o conto com o vocabulário mais difícil para mim. É um conto bom para treinar, já que tem várias palavras novas, que provavelmente muitos de vocês ainda não conhecem.

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Leitura todo dia #30



AVISO: Como eu li super pouco na primeira semana do mês, resolvi juntar com a segunda semana.

Se você ainda não conhece o projeto, passe no canal da Nine para conhecer! O objetivo do projeto é fazer com que os participantes leiam todos os dias, que a leitura vire um hábito, mesmo que sejam poucas páginas por dia. Minha meta pessoal geralmente é de 40 páginas por dia, mas como na última semana de outubro uma coisa ruim aconteceu, eu sei que não vou conseguir ler isso tudo, então vou baixar a média para 15 páginas. Eu tenho ENEM também, e já sei que nos dias das provas vai ser quase impossível de ler, e que talvez nos dias anteriores eu fique ansiosa demais e não consiga ler muito, mas é a vida, ne?





No dia seis, eu li 17 páginas (cerca de 0,7 do capítulo) de Drácula do Bram Stoker. Eu queria muito ter lido o capítulo inteiro, mas o dia acabou sendo meio corrido. Na verdade a semana vai ser bem corrida. Eu até que fui bem no primeiro dia do ENEM, por que eu gosto muito de humanas e tenho facilidade nas matérias, mas vou precisar estudar muito pra tirar boas notas na parte de exatas, então essa semana vai ser uma semana de muito estudo e revisão.



No dia sete eu li 6 páginas (cerca de 0,3 do capítulo) de Drácula. Apenas terminei o capítulo que eu havia iniciado. Eu estava bem cansada, com um monte de coisas na cabeça e não tive saco pra ler. Se tu não leu o leitura todo dia anterior e não sabe o que acontecer no finalzinho de outubro, recomendo que vá ler pra isso aqui fazer algum sentido para você. Aconteceram algumas coisas no domingo, dia do ENEM, e isso me deixou triste e com raiva ao mesmo tempo, e é bem ruim quando isso acontece. Quando eu fico assim eu fico sem paciência para fazer coisas que exigem concentração, tanto que nesse dia eu nem estudei nem revisei nada.



No dia oito eu li 18 páginas (um capítulo) de Drácula. Consegui ler um pouco mais e estou bem feliz com isso! Estou gostando muito desse livro e com toda certeza ele vai ficar marcado na minha história como leitora. Estou fazendo diário de leitura desse livro no meu canal, o último vídeo vai sair até o dia 22 desse mês!



Não teve leitura no dia nove, não teve bem um motivo específico para não ter leitura, apenas não conseguia ler. No dia dez eu li 3 páginas (cerca de 0,1 do capítulo) de Drácula. Estou tentando, de verdade, me dedicar à leitura desse livro, mas tem dias que simplesmente não consigo. Se você viu o post anterior do leitura todo dia, entende que é normal eu não estar muito bem esses dias. Isso não me afetou em outras áreas da vida como escrever, conversar com familiares e amigos, sair de casa, ir aos cultos etc, mas quando é algo que preciso ficar muito tempo focada, eu simplesmente não consigo, meus pensamentos começam a voar e de repente me pego pensando em como inventaram a câmera fotográfica, ou qualquer coisa bem aleatória. Como isso não está me atrapalhando em outras áreas da vida, ainda não estou muito preocupada com isso, mas vou me esforçar para conseguir ler mais!



No dia onze eu li 17 páginas (cerca de 0,9 do capítulo) de Drácula. Consegui terminar o capítulo que havia começado no dia anterior e foi um capítulo ótimo! Estou me envolvendo bastante na história, ficando preocupada e ansiosa com tudo o que está acontecendo e o que vai acontecer. Livro bom é assim!



No dia doze eu li 5 páginas (cerca de 0,2 do capítulo) de Drácula. Dia do ENEM. Eu fiquei super nervosa durante a prova, por que apesar de saber bastante sobre tudo que estava na prova, como eu não sou de exatas, eu demorava bastante para fazer as contas e sempre fazia duas vezes para ter certeza, e no final eu acabei ficando bem sem tempo e as últimas 7 perguntas eu sequer fiz contas, li o enunciado e marquei no chutômetro mesmo. Mesmo assim, eu li um pouquinho quando cheguei em casa, só pro dia não ficar sem leitura.



No dia treze eu li 14 páginas (0,8 do capítulo) de Drácula e terminar o capítulo que havia começado no dia anterior. Continua sendo incrível! Tenho certeza de que vou sentir saudade desse livro mais pra frente. Escrita maravilhosa e um enredo que prende o leitor, não tem como ser melhor!



No dia quatorze eu li 17 páginas (um capítulo) de Drácula. Perceberam que meu foco está sendo terminar o livro logo, né? Confesso que estou lendo num ritmo bem devagar, mas vou respeitar o momento que estou vivendo. Ficar mais focada no canal e no blog, e deixar as leituras para os momentos em que eu quiser ler, está sendo mais produtivo.



No dia quinze eu li 48 páginas (dois capítulos e meio) de Drácula. Comecei uma maratona 24h, que dividi em dois dias, então a segunda parte vai estar no próximo post, e apesar de não ter rendido muito em 16 horas de leitura, foi algo que me fez bem. Eu tive que fazer várias coisas durante a maratona,e como eu já havia dito, eu não conseguia ficar muito tempo apenas focada na leitura, então de 1 hora, eu acaba lendo por 20-30 minutos e fazendo uma pausa. Li também 43 páginas (7 capítulos) do livro O Destino Escolheu Você, que ainda não foi lançado, mas vai ter resenha no blog em breve por que eu fui uma das sorteadas para ler o livro antes do lançamento! Estou gostando bastante, e espero que continue gostando!



Nesses primeiros quinze dias de novembro eu li 188 páginas, que dá 12,5 páginas por dia. É uma quantidade meio ruim, mas como eu disse, vou respeitar meu ritmo de leitura. Vou sim tentar dar um gás nessas últimas duas semanas por que tenho muitos planos para dezembro, mas não vou ficar louca com metas de leituras impossíveis. Nesse momento o que eu mais preciso é cuidar de mim, e de quem ficou, e infelizmente a leitura não está sendo uma prioridade no momento.


quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Do mês / October


Frase do mês
"A caneta é um volante, não seja iniciante
Pra evitar tragédias, se tu beber não dirija" _ Choice, Inabaláveis ft BK


Música do mês
Com TODA certeza foi Pesadão da Iza! Como eu amei essa música. Ouvi inúmeras vezes e creio que vou continuar ouvindo sempre. Além de ter uma voz incrível, o clipe tem cores bem vibrantes um cenário bem hiphop, o que me agradou muito. Fora que tem um reggae ali no meio, ficou incrível!


Filmes do mês
Acreditem ou não, Fifty Shades of Grey. Gostei bastante do filme, vou fazer resenha pra ele inclusive. Achei sim que no filme as coisas começaram rápido demais, o que começa no segundo terço no livro, acontece em 20m de filme, mas eu gostei muito. A trilha sonora é ótima, a fotografia do livro é impecável, realmente com tons mais acinzentados e vermelho, que combina super com a história


Canal do mês
Vou recomendar um canal de stand up esse mês. Foi com certeza o canal do qual mais vi vídeos no mês, e possivelmente no ano. Conheci o canal há cerca de 5 meses e me viciei. É o 4 AMIGOS, que é um show feito pelos comediantes Afonso Padilha, Thiago Ventura, Márcio Donato e Dihh Lopes. Eles também têm canais individuais onde postam vídeos que não necessariamente fazem parte do projeto 4 AMIGOS, recomendo também.


Livro do mês
Drácula. Estou lendo esse livro desde setembro e ainda não consegui terminar. Mas estou amando a história, está bem envolvente e estou me apegando aos personagens, o que é sempre bom, por que faz as tragédias parecerem pior.



Look do mês
Amo esse vestido, sempre que tem algum evento mais especial eu o uso. Usei-o na festa de dois anos de um grupo de dança de uma igreja. Inclusive a festa foi linda.





Acessório do mês
O acessório é o de sempre, que está no meu pescoço há oito anos, e provavelmente vai continuar pelo resto da vida. E um terço lindo que ganhei do meu irmão no ano passado.

































Unhas do mês
Ultimamente eu tenho preferido unhas mais clean, sem muitos detalhes. Escolhi esse esmalte prisma prata super lindo e adorei estar com ele na mão, tanto que fiquei com ele por uns 17 dias. Ele ficou de boa, bem bonito por 10 dias e depois começou a sair, mas 10 dias já é um bom período de tempo, né? Ele é da Colorama, e vem escrito "efeito prisma" no vidrinho, não me lembro mais do nome, infelizmente.




Comida do mês
Tenho duas fotos para mostrar. Eu voltei a comer mais carne. Nunca parei, mas antes eu estava ficando de boa uns 3 dias direto sem comer carne, depois comia uma carninha e depois ficava mais 3 dias sem. Agora isso vai ficar mais difícil por que a situação em casa não está propícia para comprar as verduras que preciso para substituir os nutrientes da carne. Vou voltar a comer carne de soja pra não ter que comer carne de verdade. E temos aqui um lindo e delicioso bolo de cenoura com calda de chocolate e granulado. Puro amor.






















Foto do mês
A foto do mês é essa foto maravilhosa da janela do meu quarto vista pelo lado de fora. Com direito à várias prantinhas e um filtro dos sonhos lindo de penas azuis.








Espero que tenham gostado!


segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Diário de Leitura - Sherlock Holmes #10 - The Noble Bachelor


Uma mulher desaparece logo após seu casamento e seu esposo procura Holmes para que ele possa encontrar a esposa. O homem é rico, por isso o caso acaba se tornando um escândalo, e muitas pessoas ficam sabendo do desaparecimento de sua esposa. Nesse conto ficamos sabendo sobre a vida da mulher, onde os dois se conheceram, como se conheceram e todos os acontecimentos que os levaram ao casamento.

Eu não vou falar, por que qualquer um desses detalhes estragaria a experiência de vocês, e esse diário de leitura não é bem sobre o enredo dos contos, não é algo para deixar registrada a minha experiência com os contos, mas é para deixar registrada minhas experiência lendo em inglês. Um inglês britânico do século XIX, que é um pouco mais difícil que o inglês britânico falado hoje em dia.

Eu classificaria esse conto como médio. Não tive dificuldade para entender nenhuma parte do conto, mas houveram várias palavras novas para mim, o que fez com que ficasse sim mais difícil, mas eu conseguia entender as frases pelo contexto.

Gostei bastante do desfecho do conto. Apesar de várias dicas serem dadas ao longo do texto, eu não percebi o que estava acontecendo, e apesar de não ter sido uma grande surpresa, foi algo que eu não pensei que fosse acontecer, por que não me lembrava de todos os detalhes da história, então eu acabei deixando algumas coisas passarem despercebidas. Foi um conto relax, que eu daria 4,5 estrelas, por que gostei da história, mas não me cativou a ponto de receber 5. O bom é que dá pra acompanhar o raciocínio do Holmes direitinho quando ele vai explicar como chegou à conclusão do caso!

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Resenha: Sejamos Todos Feminista de Chimamanda Ngozi Adichie



Título: Sejamos Todos Feministas
Título original: We Should All Be Feminists
Autor: Chimamanda Ngozi Adichie
Editora: Companhia das Letras
Ano de publicação: 2014
Ano de publicação no Brasil: 2015
Número de páginas: 64
Preço: R$ 11,50 até R$ 16,90
Paguei: R$00,00
Nota: 5/5

Esse livro é a transcrição de discurso dado pela Chimamanda em 2014. Como o nome já diz, fala sobre o feminismo. Ela começa o discurso, e o livro, falando sobre um amigo de infância, já falecido, que um dia a chamou de feminista como se fosse um insulto. Apesar de não saber o significado da palavra, ela não negou, e quando chegou em casa foi procurar no dicionário o que era ser "feminista".

"Perdemos muito tempo ensinado as meninas a se preocupar com o que os meninos pensam delas. Mas o oposto não acontece."

Depois ela vai falando sobre experiências que ela e pessoas próximas à ela viveram, como entrar num restaurante acompanhada por um amigo, e o garçom cumprimentar apenas o amigo dela, e ignorá-la. Ou ela pagar alguém, e essa pessoa agradecer o homem que estava a acompanhando, por que todos pensam que se ela tem dinheiro, certamente esse dinheiro veio de algum homem.

Boa parte das situações vividas por ela, é algo comum na Nigéria, mas também conseguimos, com muita facilidade, ver aquelas situações acontecendo no Brasil. Infelizmente, boa parte das situações é algo comum até mesmo em países desenvolvidos, países ricos, o que nos mostra que ainda temos muito para melhorar, se queremos que as mulheres sejam tratadas de uma forma mais humana, sem desvalorização apenas por causa do gênero.

Como o livro é bem curto, e como o discurso está disponível no youtube, eu não vou falar muito sobre o que ela fala. Ela basicamente fala sobre experiências diárias que nos mostram por que o feminismo é importante, não apenas para as mulheres, mas para os homens também, já que por causa do machismo, os homens são condicionados a não chorar, a não demonstrar sentimentos de "mulherzinha".

"Perdemos muito tempo dizendo às meninas que elas não podem sentir raiva ou ser agressivas ou duras, por outro, elogiamos ou perdoamos os meninos pelas mesmas razões."

Vou focar essa resenha nas minhas opiniões sobre o livro. Como é um livro bem conhecido, eu já conhecia algumas citações, o que não estragou em nada a experiência, pois creio que mesmo já tendo assistido o discurso 2 vezes e lido o livro uma, toda vez que eu assistir ou ler de novo, vou aprender mais.

Sou mulher, sou feminista e acho sim que mulher merece ter o mesmo salário que o homem que trabalha na mesma posição que ela. Acho que, se há um casal entrando em qualquer lugar, os dois devem ser tratados igualmente. Acho que uma mulher deveria ter a segurança de poder sair à noite sem medo de ser estuprada. E principalmente acho que a mulher não deveria ser tão sexualizada quanto é. Procurem bombeiro no google, depois procurem bombeira, e entendam o que eu estou falando.

"Alguns homens se sentem ameaçados pela ideia de feminismo. Acredito que essa ameaça tenha origem na insegurança que eles sentem."

Agora, falando como mulher negra, sei que a luta é bem maior do que muitas pessoas pensam que é. Se um homem branco ganha um salário de R$ 5000,00, a mulher branca ganha R$ 4500,00. Já o homem negro vai ganhar R$ 4000,00 e a mulher negra ganha R$ 3500,00. Pesquisas comprovam esses dados, ou seja, além de ter a luta de ganhar menos por ser mulher, também há a luta de ganhar menos por ser negra.

É um livro, e um discurso, importante. Precisamos mostrar isso não somente às mulheres, mas principalmente aos homens, para que eles entendam que o feminismo NÃO é o contrário do machismo, o movimento feminista não quer que os homens sejam inferiorizados, quer apenas que homens e mulheres sejam tratados igualmente, que o gênero não defina se a pessoa merece respeito ou não.

"Eu tendo a cometer o erro de achar que uma coisa óbvia para mim também é óbvia para todo mundo."

É um livro rápido, e caso você não queira lê-lo, pode assistir ao discurso, já que é praticamente a mesma coisa. Ela adiciona algumas frases no livro, e corta algumas outras, mas o discurso e o livro são 98% iguais, então tu pode optar por apenas ver o discurso e, quem sabe, considerá-lo um audiobook.

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Resenha: Cinquenta Tons de Cinza de E.L. James




Título: Cinquenta Tons de Cinza
Título original: Fifty Shades of Grey
Autor: E.L. James
Editora: The Writer's Coffee Shop
Ano de publicação: 2011
Número de páginas: 514
PreçoR$157,50
Paguei: R$00,00
Nota: 4/5


Pela nota já dá pra perceber que gostei bastante do livro, né? Vou falar sobre minhas opiniões mais adiante. E já adianto que sim, vou defender o livro, por que ele não é um livro ruim. Você não gostar do livro não significa que ele é ruim, vamos entender isso.


Anatasia Steele é estudante de literatura inglesa, e divide apartamento com Kate Kavanagh, que é estudante de jornalismo. Kate precisa entrevistar Christian Grey, dono de uma das maiores empresas do continente americano, mas passa mal, e pede para que Anastasia faça a entrevista em seu lugar. Anastasia é uma menina tímida, que geralmente está com o cabelo preso e com as roupas menos chamativas possíveis, para não chamar muita atenção.

Assim que chega a Grey co., ela percebe que todas as mulheres que trabalham ali são altas, lindas e loiras, e logo já pensa que nunca se encaixaria trabalhando naquela empresa. Quando vai entrar no escritório do Sr. Grey, Anastasia tropeça e cai, e o Sr. Grey obviamente a ajuda a levantar-se.

Se já não bastasse esse constrangimento, Anastasia não teve tempo para pesquisar sobre ele no google, então esperava um homem velho, e obviamente, foi fazer a entrevista sem saber nada sobre ele ou sobre a empresa, então as perguntas acabaram sendo coisas que já estavam na internet ou perguntas do tipo "você é gay?". Sim, Kate havia anotado as perguntas, e foi elas que Anastasia leu, mas as perguntas pareciam bestas demais para o Sr. Grey, que tem em torno de 26-28 anos.

Sr. Grey se interessa por Anastasia, e até chega a oferecer uma vaga de emprego em sua empresa, mas a moça acaba recusando, afinal, ela não se encaixaria ali. Anastasia volta para a casa, com as perguntas respondidas e gravadas no gravador de voz que Kate a emprestou. Kate fica super feliz com os resultados, apesar de Ana não ter gostado muito e ter achado o Sr. Grey muito dominador, daqueles que quer tudo pronto na hora em que pedir, e que as pessoas só podem fazer tais coisas com a permissão dele.

Ana trabalha em uma loja com artigos para construção e decoração, e Christian acaba aparecendo lá, para comprar cordas e mais alguns outros artigos. Nessa loja, também trabalha Paul, que é o filho do dono do lugar, e tem uma quedinha por Ana, inclusive sempre a chama para sair. Christian percebe que Paul gosta de Ana, e faz o possível para poder continuar perto dela.

Ana diz à Christian que Kate ficaria feliz se tivesse uma foto para colocar em seu artigo, então ele se oferece para tirar algumas fotos no hotel onde está hospedado. Ana chama seu amigo José, que é fotógrafo e está prestes a fazer sua primeira exposição, para tirar as fotos, e no dia seguinte, Ana, Kate e José vão até o encontro de Grey para tirar as fotos. Depois da sessão de fotos, Grey chama Ana para tomar café e os dois conversam um pouco, mas Grey diz à Ana que ele não é o homem para ela.

Depois desse episódio, Ana e Kate vão ao bar comemorar a formatura, Ana acaba ficando bêbada e liga para Christian dizendo algumas coisas estranhas. Ela vai para fora do bar, José, que diz amá-la tenta beijá-la, mas então Christian aparece. Ele havia instalado algo no telefone dela, e assim consegue sempre saber onde ela está. Ele leva Anastasia para o hotel onde está hospedado, e dorme com ela. E apenas isso, apenas dorme.

Eles concordam em se ver novamente, e é aí que realmente começa algo entre eles. Depois de um passeio no helicóptero participar de Christian, os dois vão para o apartamento dele, ele mostra à ela o Quarto Vermelho da Dor, e depois eles têm uma conversa sobre sexo, e quando ele descobre que ela é virgem, resolve que está na hora de "resolver esse problema", e os dois têm sua primeira transa, já que sabemos que Christian não faz amor, ele fode. Forte.

Anastasia fica assina um contrato antes de Christian a levar para o Quarto Vermelho, mas depois fica sabendo que existe outro contrato que ela terá que assinar caso queira continuar vendo o Sr. Grey. Ele dá o contrato a ela, e em meio à incerteza de se vai aguentar ou não fazer tudo que está no contrato, ela precisa definir bem suas emoções por Christian, e tentar descobrir o que ele sente por ela. E claro, vai ter bastante sexo nesse meio tempo aí.



Agora, às minhas opiniões. Eu achei o livro bom, como já puderam ver pela nota que dei. Não bom do tipo "melhor livro da minha vida", mas bom do tipo "história boa". Muitas das críticas que leio e ouço sobre esse livro é que só tem sexo, mas o livro é bem mais que isso. Inclusive eu me surpreendi com isso, por que eu realmente esperava que o livro tivesse mais cenas de sexo. Outra crítica comum é que eles mal se conhecem e já transam, o que eu também não entendi, já que eles só transam depois da página 100.

Eu sinceramente achei o livro 10x melhor do que as pessoas fazem parecer que ele é. Confesso que em alguns momentos as cenas de sexo são escritas de uma forma boba demais, não todas, e nunca é a cena inteira, mas há certos momentos, certas frases que você lê e pensa "poxa, poderia ter escolhido melhor as palavras", mas nada que vá realmente incomodar o leitor. As cenas de sexo são bem normais, não no sentido de serem chatas, mas no sentido de que aquela é a forma que as cenas de sexo de qualquer outro livro são escritas. Para mim, a implicância com esse livro se deve ao fato de, simplesmente, ele ter se tornado um sucesso.

Um livro não te agradar não significa que ele é um livro ruim. Para um livro ser ruim, ele precisa não ter mensagem nenhuma ali, precisa ser mal escrito, ou seja, cenas escritas tão porcamente que você não consegue nem lê-las direito; precisa ser aquele livro que você percebe, enquanto lê e depois de lê-lo, que NINGUÉM conseguiria se identificar com aquilo. Sabe por quê? Por que talvez você não se identifique com a Ana, mas o sucesso que o livro é nos diz que tem muitas mulheres que se identificam com ela de alguma forma. Não significa que todas as pessoas que leram são sadomasoquistas/masoquistas, ou que fazem sexo em todos os lugares possíveis, muito menos que são namoradas de um milionário, mas talvez essas pessoas se sintam inseguras em alguma área da vida, talvez essas pessoas estejam apaixonadas por uma pessoa que elas julgam ser melhores que ela, talvez essas pessoas tenham vergonha de seus corpos, e esse livro, de alguma forma, as ajudou.

Na comunidade literária há uma mania de achar que por que o livro não funcionou pra você, ele é ruim, mas não é assim! Um belo exemplo é o livro Trópico de Câncer do Henry Miller. Como vocês podem ver na minha resenha, minha experiência de leitura com o livro não foi a melhor coisa do mundo. As expectativas estavam bem altas e me decepcionei feio, não me identifiquei com nada ali, achei várias cenas desnecessárias, mas entendo que é um livro bom. É bem escrito, e apesar de eu, Isabella, ter achado certas coisas desnecessárias, sei que outras pessoas gostaram daquilo, isso vai da identificação de cada um, e se vocês verem a resenha da Tatiana Feltrin, vão perceber que ela amou o livro, mas que disse que várias pessoas que leram juntamente com ela, odiaram o livro e chegaram a dizer que era uma porcaria.

Julgar um livro tendo em vista apenas sua experiência com ele, e não procurar saber sobre opiniões de pessoas que leram o livro e sentiram coisas diferentes é raso demais. Discutir com pessoas que tem as mesmas opiniões que as suas também é raso e fácil demais, além de não te levar à lugar nenhum. Então quando achar algum livro ruim, mas sabe de alguém que achou legal, veja a resenha daquela pessoa explicando por que ela gostou, e talvez isso faça você ver o livro com outros olhos antes de sair falando mal dele por aí simplesmente por que você não gostou. Julgar um livro por que tu não gostou é o mesmo que julgar alguém por que ela não foi legal contigo. Tu pode não gostar daquela pessoa, mas ela com certeza é importante pra alguém e tem pessoas que a amam, então em vez de jogar ódio gratuito por aí, dê críticas construtivas. Se não gostou da escrita da autora no livro, fale o que tu acha que poderia melhorar, é melhor do que simplesmente dizer que é ruim.



Agora vamos deixar essa discussão de lado e falar sobre meus sentimentos. Me apaixonei pelo Grey no quinto capítulo e não me orgulho disso. Lutei contra isso por alguns capítulos, por que, sinceramente, não queria fazer parte das pessoas que se apaixonaram por ele, simplesmente por que eu não achava que devia. Minha relação com ele foi estranha por que no início eu estava me apaixonando por ele, e do contrato em diante eu comecei a sentir um misto de raiva e repulsa em várias partes, por que sejamos honestos, aquele homem não é normal.

O que me fez pensar em algo que não vi outras pessoas falando sobre. Esse parágrafo eu vou deixar escrito em branco, por que contém spoilers, então se você quiser lê-lo, clique e arraste,ok? O próximo parágrafo já é sem spoiler nenhum, não se preocupe!  O assédio que ele sofreu quando tinha 15 anos. Muitas vão dizer que é ok, já que ele quis transar com a Sra. Robinson, mas de qualquer forma, ele era menor de idade na época, e sabemos que muitas das coisas que acontecem conosco quando somos adolescentes, acabando moldando e formando nosso caráter para sempre. Vi pessoas falando que achavam a Ana chata quando culpada a Sra. Robinson, mas vamos parar para pensar que a Sra. Robinson tinha cerca de 30 anos e estava transando com um menino de 15. Ana tem que culpar mesmo! Nada justifica uma adulta transar com um menor de idade, ele querendo ou não, e Ana tem toda a razão por não gostar dela, mesmo que Christian diga que a Sra. Robinson não fez nada demais.


Em vários momentos eu achei as reações da Ana muito sem sal. Ela entrou num quarto cheio de brinquedos sexuais, fora que várias das coisas que estavam ali ela não sabia nem pra que serviam, e ficou super de boa com aquilo. Viu as coisas, perguntou o que era uma ou duas coisinhas e saiu como se nada tivesse acontecido, como se ele tivesse mostrado uma piscina de 10 mil litros pra ela e nada mais. A reação dela a algumas coisas no contrato também foram muito forçadas. Não tem como uma menina virgem, que nunca se tocou, achar super normal um cara escrever num papel que ele quer enfiar mil e uma coisas na vagina e no ânus dela.


O contrato foi algo que me incomodou por que deu pra ver mais sobre essa personalidade doentia do Christian, o que foi bastante interessante, ainda mais depois que descobrimos o motivo. Eu gostei de sentir tudo o que senti pelo Christian. Pelos capítulos em que eu o achei o cara mais fofo do mundo, pelos que senti raiva, e pelos que senti repulsa. Gosto de personagens que me fazem sentir uma montanha-russa de emoções. Personagens que são escritos para nos fazer sentir apenas uma coisa do início ao fim não me interessam, acho sem graça demais.


Devo dizer também que adorei os personagens secundários, como a Kate, Elliot e José, apesar de José aparecer pouco e de suas aparições sempre serem seguidas por um mini ataque de ciúme por parte do Grey. Gostei bastante da Kate. Ela tem personalidade forte, sabe o que quer e não desiste das coisas quando coloca algo na cabeça. Também gostei bastante de José, apesar de saber que ele está ali apenas como um homem que pode fazer Grey ficar com ciúme.


Gostei do ritmo da história. Não achei acelerado, nem lento. Algumas pessoas disseram que a Ana começou um relacionamento rápido demais, mas isso vai de pessoa pra pessoa. Tem gente que antes de começar a namorar gosta de conhecer a pessoa primeiro, tem gente que começa a namorar e vai conhecendo. Eu acharia rápido demais se ela tivesse visto ele apenas uma vez e logo começassem um relacionamento, e mesmo assim, seria algo meio relativo, pois sabemos que várias pessoas transam no primeiro encontro, e que se a pessoa quer, deixa ela fazer.


Uma coisa que vi várias pessoas reclamando sobre, é a deusa interior da Ana. Eu não sei como o livro ficou em português e se a tradução atrapalhou isso, mas a deusa interior não me incomodou. É estranho, até por que alguém falar de si mesmo na terceira pessoa é bem estranho, mas não é um estranho que me fez não gostar. Não posso dizer que gostei também, se isso fosse tirado do livro com toda certeza não faria diferença nenhuma, e talvez a inutilidade dessa deusa interior é que irritou as pessoas. Não gostei, mas também não desgostei, mas nessa parte eu consigo entender por que as pessoas não gostaram.


Eu gostei do livro por que foi uma surpresa pra mim. Nossa experiências com os livros sempre vão depender da nossa expectativa. Se você começa a ler um livro já achando que ele vai ser o melhor livro da sua vida, as chances de você se decepcionar é bem maior. Por isso eu sempre tendo começar as leituras pensando apenas "vai ser um livro 3 estrelas", que no meu caso são aqueles livros que eu até gostei da história, mas não me apaguei à ninguém, ou livros em que eu até senti empatia, mas não gostei da escrita, coisas assim. Basicamente, são livros que eu não gostei tanto, mas até recomendaria. Quando eu comecei a ler Fifty Shades of Grey, eu pensava que iria odiar o livro, que o livro era mais escrito e que a história era boba, mas me surpreendi bastante com o livro, e como puderam ver, adorei a experiência de leitura.


Eu não daria 5 estrelas para esse livro, apesar de ter gostado bastante. O livro tem sim alguns problemas, exagera demais em algumas coisas, em certos detalhes, e às vezes joga umas coisas na cara do leitor que a gente não sabe nem de onde saiu. Fora que muitas vezes não fala nada sobre coisas importante da vida da Ana. Sei que o livro é focado no relacionamento dela com o Christian, mas o livro tem cenas com os pais delas, e depois que essas cenas acabaram, os pais não aparecem mais, não são citados nem em telefonemas, o que eu acho bem estranho já que ela diz que tem ligação forte com os pais e que os ama.


Mas gostei bastante do livro, me diverti, e senti vários sentimentos em relação ao Grey, e gosto de livros assim. É um livro que recomendo muito se você gosta de romances hot, ou seja, romances que tem sexo, bastante sexo. Se você não gosta do gênero, NÃO LEIA! Por que é bem melhor tu gastar teu tempo lendo algo que tu sabe que vai gostar, do que gastar uma semana lendo um livro que só lendo a sinopse você já não gostou. Se ler, volta aqui e me conta o que achou!