quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Resenha: Falenas de Machado de Assis



























Título: Falenas
Autor: Machado de Assis
Editora: Domínio Público
Ano de publicação no Brasil: 1870
Número de páginas: 69
Onde encontrar: Machado de Assis (MEC)
Nota: 3 / 5

Falenas é uma coletânea de poemas de Machado de Assis, e a característica que une todos os vinte e oito poemas reunidos neste livro, é que eles são mais realistas, apesar de ainda fazer parte da época romântica.

"Eu conheço a mais bela flor;
És tu, rosa da mocidade,
Nascida, aberta para o amor." Página 2, Flor da mocidade, fragmento.

Os poemas possuem temas diversos, mas todos de alguma forma falam de amor, principalmente do amor entre duas pessoas romanticamente falando. Também tem um canto, com personagens e falas, bem grande. Quem acompanha o blog há mais tempo sabe que eu não curto muito cantos, e o único livro de cantos que realmente gostei foi Divina Comédia, e mesmo assim eu levei dois anos e meio para concluir a leitura.

O livro tem alguns poemas curtos, com menos de uma página, mas também tem alguns enormes, com cerca de dez páginas, e sendo bem sincera, eu tenho muita preguiça de poemas muito longos. Não vou dizer que todo poema longo é ruim, até eu mesma já escrevi poemas longos, mas creio que um bom poeta não precisa gastar dez páginas pra se expressar. E claro, a poesia atualmente mudou muito, e poemas curtos fazem muito mais sentido e muito mais sucesso, e como eu prefiro as poesias atuais, foi bem difícil gostar das poesias de Falenas.

"Musa dos olhos verdes, musa alada,
Ó divina esperança,
Consolo do ancião no extremo alento,
E sonho da criança" Página 8, Musa dos olhos verdes, fragmento.

Quem acompanha as resenhas do Projeto Machado de Assis aqui no blog sabe que não curto muito o Machado de Assis como poeta, e não apenas ele como poeta, mas as poesias que ele gostava no geral. Para os que não acompanham o projeto, vou explicar. No projeto eu leio tanto os livros escritos pelo Machado de Assis, quanto boa parte dos livros que ele fazia crítica nos jornais. E querendo ou não, quando a gente consome muito algum tipo de literatura, isso influencia a gente, e nossa escrita tenda a ir pelo mesmo caminho dos livros que gostamos. E com o Machado não foi diferente. Muitos dos livros de poesia que eu li para o projeto até agora tem coisas parecidas com os livros que o Machado escreveu.

"Abraçando-se à trêmula folhagem
Que se espelha na onda voluptuosa.
Ali a desditosa,
A triste Ofélia foi sentar-se um dia
Enchiam-lhe o regaço umas capelas" Página 67, A morte de Ofélia, fragmento.

Eu percebi que a linguagem da poesia, que é arcaica já que o livro tem séculos de idade, não me atrai nem um pouco, e que isso me faz ter uma certa preguiça pra ler. Tanto que quem acompanha o leitura todo dia sabe que eu demoro muito pra ler livros de poesia do projeto, sendo que normalmente eu leio livros de poesia bem rápido.

Não estou dizendo que o livro é ruim, e sim que eu não me identifico com o tipo de escrita, o que me faz não ter ânimo pra ler, e me leva a ler tudo com uma grande preguiça que não me permite realmente gostar dos poemas. Recomendo para quem gosta desse tipo de poesia, principalmente por que o livro fala muito de amor, e é sempre bom ler sobre amor. Quem gostou dos fragmentos que coloquei aqui provavelmente vai gostar de ler o livro inteiro, então recomendo.



segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Leitura todo dia #113


Mais um post de Leitura todo dia! O projeto foi criado pela Nine Stecanella, com o objetivo de incentivar o hábito da leitura. Procurando por "Leitura todo dia" aqui no blog, você consegue encontrar todos os outros posts do projeto. Minha meta pessoal é de ler 35 páginas por dia, e como essa semana começa no dia dezesseis e termina no dia vinte e três, a minha meta semanal é de 280 páginas. Abaixo está a lista de leituras que quero fazer.


Ressurreição - 42 páginas restantes
Salmos - 67 páginas restantes
A Mão e a Luva - 68 páginas restantes



No dia dezesseis eu não li. No dia dezessete eu li 42 páginas (quatorze capítulos) de Ressurreição  concluí a leitura do livro. No geral eu gostei do livro, dei 3,5 estrelas. É uma leitura super válida, e tem uma qualidade literária inegável. Eu só não consegui me conectar com os personagens, o que fez com que a minha leitura ficasse um pouco "vazia". Não sei se já falei do enredo do livro aqui, então falarei agora. O personagem principal se chama Félix, e se apaixona por Lívia, uma viúva, mas inicialmente eles não querem assumir nada sério, e nem querem que as outras pessoas desconfie que eles se gostam.

E li também 2 páginas (oito capítulos) de Salmos. O livro bíblico que quero ler nesse mês é Salmos. Não sei se conseguirei ler ele inteiro até o final de agosto, afinal, são 150 capítulos, mas vamos tentando.












No dia dezoito eu li 12 páginas (três capítulos) de A Mão e a Luva, mais um romance de Machado de Assis. Estou tendo um problema, que até já comentei aqui no blog, em ler livros com a linguagem mais arcaica. Ou seja, clássicos no geral, então vou ir lendo bem aos poucos.


Nos dias dezenove e vinte eu não li nada. No diz vinte e um eu li 4 páginas (nove capítulos) de Salmos. Percebi que Davi era um homem bem confuso. Primeiro, no Salmo 14 ele diz que todos os homens são maus e corruptos, mas no Salmo 15 diz que os homens bons irão para o céu, e inclusive se coloca como um desses homens bons. E no Salmo 17 ele já fala sobre vingança e sobre ter sido abandonado por Deus. Até gostei disso tudo, pois fica bem óbvio que Davi era um humano como qualquer outro, mas confesso que achei bem controverso, principalmente por estarem em sequência.


No dia vinte e dois eu li 15 páginas (seis capítulos) de A Mão e a Luva. Estou gostando bastante do livro, e já prevejo que vai ser uma leitura mais agradável do que Ressurreição. No dia vinte e três eu li 23 páginas (cinco capítulos) de A Mão e a Luva e estou gostando mais ainda do livro. Inicialmente achei ele bem parecido com Ressurreição, principalmente pelo tipo de narrativa. É igualzinha, e tem muitos elementos parecidos, mas tudo bem, afinal são livros do mesmo autor. Mas agora estou vendo coisas vem diferentes, e estou gostando muito do livro!



Nessa semana eu li 98 páginas, o que dá 12,2 páginas por dia em média, ou seja, foi uma das semanas mais fracas do ano, mas pelo menos teve uma leitura concluída. Não senti muita vontade de ler nessa semana, o que é normal de acontecer de vez em quando. Só espero que não continue assim.



Ressurreição - 42 páginas lidas Concluído
Salmos - 6 páginas lidas
A Mão e a Luva - 50 páginas lidas






domingo, 25 de agosto de 2019

Resenha: Luana



























Título: Luana
Autor: Flaviana Rangel e Ronaldo Santana
Editora: Editora RJR Produções
Ano de publicação no Brasil: 2016
Número de páginas: 224
Onde encontrar: Skoob
Nota: 4,5 / 5



Luana é uma garota indígena de doze anos, e suas melhores amigas são Vitória, e Ingrid. Vitória é a típica patricinha rica, Ingrid estuda na mesma escola que Luana e Vitória por que sua mãe trabalha muito duro para bancar seus estudos. Mora numa favela de Niterói, e viaja para o Rio de Janeiro todos os dias para estudar.

Luana tem cabelos prateados naturais, é assim desde que nasceu, e por causa disso chama muita atenção, só não é a menina mais popular da escola por causa de Vitória, que por algum motivo rouba a atenção para si.

"- Eu também pensei nisso, mas aqui diz que ela é uma Deusa de água doce, e eu estava numa praia!
- Isso por que se trata de uma lenda Amazônica, e lá a região é cortada por inúmeros rios, só que, veja bem, minha querida, uma Deusa não se limitaria por um detalhe desses". Página 100.

Um dia Luana encontra no shopping uma loja diferente, que nunca havia visto antes. Entra nela, e repara que existem vários livros enormes, e potes com ervas, e por isso pensa que é uma loja para amantes de gastronomia. Mas se engana, é uma loja de feiticeiros, e a partir do dia em que vê ela loja pela primeira vez, tudo muda.

No mesmo dia, quando está indo embora, Luana é atacada por uma mulher que controla as sombras. Ela tenta matar Luana, sufocá-la nas sombras, mas surpreendentemente o cabelo da menina começa a brilhar, e a luz é tão forte que fazem as sombras irem embora. Quando Luana acorda, ela tem várias perguntas na cabeça, não sabe por onde começar a procurar as respostas, e mal sabe quem pode ajudá-la.






















Luana é o primeiro livro de uma série, que não sei ainda quantos livros terá no total. Gostei bastante do livro, muito pela diversidade dos personagens. Acho muito importante mostrar que pessoas vindas de diversas partes podem fazer parte do mesmo grupo, e ao mesmo tempo, mostrar que nem todo grupo tem pessoas com trajetórias iguais.

Também amei o miticismo no livro. É tratado de uma forma super respeitosa, aborda as plantas medicinais, fala sobre paganismo, fala sobre saber de onde você veio e quem te protege no mundo espiritual. É simplesmente incrível! Muito conhecimento vem através de rituais, e acho isso muito bom num livro, por que mostra que o conhecimento não virá do nada, sem o esforço da pessoa.

As únicas coisas que encontrei de erro no livro foram: chamarem Ingrid de "mulata", sendo que há pelo menos 5 anos é conhecido que é um termo racista; e Luana não sofrer racismo. Obviamente seria lindo se indígenas não sofressem racismo, mas não é uma realidade. E considerando que Luana tem o cabelo prateado que claramente chama muita atenção, e que sua pele é escura, é de se pensar que ela sofre racismo sim, porém os autores não abordaram isso no primeiro livro da série.

"O culto à Deusa remonta ao tempo em que os homens viviam da caça e da pesca e as mulheres eram as grandes Sacerdotisas, Xamãs e detentoras do poder religioso. Nessa época, o respeito ao feminino e aos mistérios da procriação estavam em seu apogeu. Os homens ainda viam a gravidez e o nascimento como algo sagrado, recebido direto dos Deuses". Página 101

A leitura do livro é bem rápida. A diagramação ajuda muito, espaçamento ótimo, letra grande, e as páginas são um pouco acinzentadas, então dá pra ler durante a noite tranquilamente. Tem muitos diálogos, o que também torna a leitura mais rápida, e a linguagem do livro também ajuda muito, já que é uma linguagem mais simples, que atinge as crianças e adolescentes mais facilmente.

Mesmo que o público-alvo do livro sejam pessoas bem novinhas, creio que pessoas de todas as idades vão amar! Recomendo muito a leitura de Luana, para todas as idades, mas principalmente para os leitores mais novos, que estão começando a ler por agora. Tenho certeza que vai ser uma história muito gostosa de acompanhar.




sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Leitura todo dia #112


Mais um post do leitura todo dia, projeto criado pela Nine Stecanella, para incentivar o hábito da leitura. Minha meta pessoal é ler 35 páginas por dia, e os livros que lerei estarão listados abaixo.


Ancestralidades - 134 páginas restantes
Ressurreição - 48 páginas restantes
A Cada Passo da Vida - 65 páginas restantes


No dia oito eu li 12 páginas (meio capítulo) de Descolonizar o Imaginário. Li um pouco sobre a contribuição do feminismo na história, e gostei bastante do que li. No dia nove eu li 96 páginas (onze capítulos e meio) de Ancestralidades, uma coletânea com poesias, contos e crônicas de 22 escritores negros incríveis! Eu resolvi ir pra pracinha que tem no início da minha rua e ficar lendo, e aí consegui ler bastante! Eu gostei de tudo que li, marquei inúmeras frases e vários poemas e contos. Vou fazer um vídeo especial pra esse livro, fiquem ligados no canal!













No dia dez eu li 17 páginas (dois capítulos) de Ancestralidades. Meu namorado passou a noite na minha casa, e como geralmente esse é o meu momento de leitura, acabei lendo pouco. E li 9 páginas de A Cada Passo da Vida, um ebook da Amazon. Conta a história da Liana, que é bailarina, sofreu um acidente e tem que passar por uma nova fase da vida. Estudei bastante durante o dia, então estou feliz, de qualquer forma.


No dia onze eu li 21 páginas (dois capítulos) de Ancestralidades. Concluí a leitura do livro e eu amei! Realmente amei a maioria das coisas que li, principalmente os contos. É um livro que recomendo mesmo para todas as pessoas, principalmente para as pessoas pretas. Além de contos de autores periféricos, tem também de autores quilombolas, trans, não binários, muita diversidade.

E li 17 páginas (três capítulos) de A Cada Passo da Vida. É uma história bem emocionante, e leve, apesar de se tratar de temas pesados. Não concluí, mas já recomendo muitíssimo!



No dia doze eu li 17 páginas de A Cada Passo da Vida. Passei da metade, espero que continue bom até o final. Estou gostando muito da escrita da autora, Clara Alves, e vou procurar outros livros dela para ler. Já tenho outros ebooks dela, então em breve os lerei.

E também li 30 páginas do livro Descolonizar o Imaginário, que é um livro teórico com artigos sobre diversos assuntos que envolvem a agroecologia. Li dois artigos, um sobre as contribuições do feminismo para a agroecologia, e outro sobre os direitos da natureza.



No dia treze eu li 22 páginas de A Cada Passo da Vida e concluí a leitura do ebook. A história é bem emocionante, fala bastante de superação, e creio que pessoas mais novinhas irão amar, pois tem uma pegada de YA. Eu gosto muito de YA, então adorei essa leitura. Dei quatro estrelas.



No dia quatorze eu li 6 páginas (dois capítulos) de Ressurreição, um romance do Machado de Assis. Confesso que há alguns meses não estou bem na vibe dos livros do Machado, ou do Projeto Machado de Assis como um todo. Estou preferindo ler livros com linguagem mais contemporâneas. Livros clássicos, mesmo que sejam de romance, estão sendo difíceis para ler nesse momento.

Li também 15 páginas do livro Memória Biocultural, que também é um livro teórico, sobre comunidades tradicionais. No dia quinze não houve leitura.



Li pouco nessa semana, tenho plena consciência disso, mas acho bom respeitar meu tempo de leitura. Li tanto no mês passado, que nesse mês eu estou com menos vontade de ler. E também estou estudando bastante, fazendo resumo dos livros de Zoologia dos Invertebrados e de Embriologia, pra não ficar cheia de coisas pra estudar depois.

Li um total de 262 páginas, o que dá um total de 32,7 páginas lidas. Olhando bem, eu li até mais do que pensei que tinha lido. Quase alcancei a meta semanal e fico feliz com o que eu li. Não foi tanto quando li nas semanas de julho, mas foram coisas legais. Esse post está saindo atrasado por que não tive tempo de configurar, colocar as florzinhas separando e formatar tudo certinho antes.




Ancestralidades - 134 páginas lidas Concluído
Ressurreição - 6 páginas lidas
Memória Biocultural - 15 páginas lidas
A Cada Passo da Vida - 65 páginas lidas Concluído
Descolonizar o Imaginário - 42 páginas lidas








sexta-feira, 9 de agosto de 2019

Leitura todo dia #111





Primeira semana de agosto, volta às aulas, muita correria e muitos estudos pela frente. Espero que seja uma semana boa de leituras, e que eu consiga bater minha meta de 35 páginas diárias! Abaixo está a lista de livros que quero ler nessa primeira semana. 

Ressurreição - 80 páginas restantes
A Cada Passo da Vida - 85 páginas restantes
Americanas - 57 páginas restantes


Nos dias primeiro e dois eu não li nada. Foi minha volta às aulas, e voltar a ir pra faculdade me cansou fisicamente mais do que eu pensei que cansaria. No dia três eu li 12 páginas (dois capítulos e meio) de Ressurreição, o primeiro romance do Machado de Assis. 












No dia quatro eu li 20 páginas (cinco capítulos e meio) de Ressurreição. Até o momento está sendo um romancezinho gostoso de ler. Tem aquela cara de livros clássicos antigos, linguagem mais rebuscada, mas está sendo como um início de romance comum. Estou gostando, mas justamente por causa da linguagem, não estou conseguindo ler muito desse livro.

E li também 10 páginas (um capítulo) de A Cada Passo da Vida, um ebook bem curtinho. Fala sobre uma bailarina que sofreu um acidente e está naquela fase de fisioterapia pra conseguir voltar a andar. Esse livro está na minha TBR há meses, e não havia lido antes por que nunca encontrava tempo. A linguagem é bem fácil, e eu até pensei que conseguiria ler tudo no mesmo dia, mas percebi que depois de ter lido tanto em julho, não estou conseguindo ler muito num dia só.


No dia cinco eu não li, e no dia seis eu li 36 páginas (três capítulos) de Ancestralidades, um livro com contos, crônicas e poesias de 22 autores negros de todo o Brasil. É um trabalho muito importante, e espero que seja um sucesso de vendas! Gostei muito do que ali até agora, já grifei várias coisas e também já usei alguns post-its para marcar minhas passagem favoritas. O livro inteiro é sobre a vivência de homens negros aqui no Brasil, e recomendo muito que leiam.

E li também 10 páginas (três capítulos) de A Cada Passo da Vida. Estou gostando bastante, a personagem ainda está em fisioterapia, mas já consegue andar. É uma história bem bonita, e espero gostar até o final.


Por fim, no dia sete eu li 28 páginas (três capítulos e meio) de Ancestralidades. Estou simplesmente amando o livro. Muito do que é descrito no livro eu vejo todos os dias, eu vivo todos os dias, então, pra quem é preto, é impossível não se identificar. Mesmo pros pretos que não vieram da favela, tem muita coisa pra rolar identificação.



Li 116 páginas nessa semana, o que dá uma média de 16,5 páginas por dia. Sim, não é a média dos meus sonhos, não atingi minha meta, mas está tudo bem! Foi uma semana tranquila, consegui estudar, colocar o sono em dia, foi uma semana boa!


Ressurreição - 32 páginas lidas
A Cada Passo da Vida - 20 páginas lidas
Ancestralidades - 64 páginas lidas












sábado, 3 de agosto de 2019

Leitura todo dia #110



Última semana de julho, e mais um post do Leitura todo dia! As férias estão acabando, e pretendo me dedicar bastante às leituras nesse final de mês. Abaixo está a lista de leituras que quero fazer. Tudo bem se eu não conseguir ler tudo, mas quero ler o máximo que conseguir! Lembrando que minha meta pessoal é de ler 35 páginas por dia, mas que como estamos nas férias, eu espero ler 50 páginas por dia nessa semana.



O Conto da Aia - 280 páginas restantes
Histórias da Meia-Noite - 56 páginas restantes
Badaladas - 26 páginas restantes
Tartarugas Até lá Embaixo - 272 páginas restantes



No dia vinte e quatro eu li 35 páginas (dois contos) de Histórias da Meia-Noite. Li o conto Ernesto de Tal, que basicamente fala sobre um homem que gosta de uma mulher, e esta mulher parece gostar de dois homens. E li o conto Aurora Sem Dia, que fala sobre Tinoco, que quer ser poeta, mas suas poesias não são lá essas coisas. Gostei muito dos dois contos, principalmente do primeiro.

E li também 29 páginas (três capítulos e meio) de O Conto da Aia. Está sendo uma leitura incrível! Uma das melhores do ano. Como o tema do livro é bem pesado, e o estilo de narração é bem diferente, eu acabo não conseguindo ler muitas páginas de uma vez, mas é um livro simplesmente incrível.












No dia vinte e cinco eu li 21 páginas (dois contos) de Histórias da Meia-Noite. Li Relógio de Ouro, um conto onde o marido acha um relógio de ouro em casa e começa a achar que a esposa o traiu. É um conto com personagem muito machista, e infelizmente retrata uma realidade. E li Ponto de Vista, um conto narrado através de cartas. Eu adoro quando Machado de Assis escolhe esse tipo de narrativa, por que fica bem dinâmico. É um conto bem de romancezinho adolescente.

E li 26 páginas de Badaladas, um compilado de comentários feitos por Machado de Assis, não gostei muito. E percebi que acabei lendo coisas fora de ordem. No projeto Machado de Assis, minha intenção é ler os livros em ordem cronológica, mas acabei saindo da ordem. Foi sem querer, só percebi depois. Vou fazer o possível pra me manter mais organizada daqui pra frente. Mas fico feliz por ter conseguido ler bastante coisa do projeto nesse mês!



No dia vinte e seis eu li 18 páginas (dois capítulos) de Tartarugas Até la Embaixo, do John Green. Esse livro esteve no meu desafio de 12 livros para ler em 2018, acabei não lendo por que não consegui comprá-lo. Nesse ano teve uma promoção na Amazon e eu comprei a versão em ebook por 4,90, bem baratinho, e estou lendo. Gostei bastante do inicinho do livro. Aza Holmes tem ansiedade, e a ansiedade meio que decide as coisas na vida dela. Ela ainda está no ensino médio, e pra uma adolescente com ansiedade, várias coisas pequenas podem se tornar grandes horrores. Sei disso por experiência própria.

E li 7 páginas (um capítulo) de O Conto da Aia. Li apenas um capítulo pois estava com bastante sono. Eu tenho o hábito de ler de noite, e gosto muito disso, mas às vezes acontece de eu ler pouco justamente por que começo a ler quando já estou cansada.



No dia vinte e sete eu li 46 páginas (quatro capítulos) de Tartarugas Até lá Embaixo. Estou amando o livro! Basicamente, Aza e sua amiga Daisy estão tentando descobrir pistas de onde um criminoso está, para receber a recompensa de 100 mil dólares. Acontece que o tal criminoso é pai de um amigo de infância da Aza. E o fato de Aza ter ansiedade meio que piora várias coisas, pelo menos dentro da cabeça dela. Ela tem mania de ficar pesquisando sobre microbiota, ou seja, sobre os microrganismos que vivem no nosso corpo, e o fato de que existem trilhões (sem exagero) de bactérias no corpo humano, a deixa com nojo de si mesma.

Também li 17 páginas (dois capítulos) de O Conto da Aia. Li pouco, mas li capítulos incríveis. Não vou falar nada pra não dar spoiler, mas acreditem, está sendo uma das melhores leituras desse ano.



No dia vinte e oito eu li 50 páginas (quatro capítulos) de Tartarugas Até lá Embaixo. Estou apaixonada por esse livro! Confesso que em alguns momentos as crises de ansiedade e pânico da Aza acabam me fazendo ter crises enquanto leio, mas está sendo uma leitura incrível. Normalmente eu fico ansiosa enquanto leio qualquer livro, principalmente quando o final do mês tá chegando, então é compreensível que eu sinta ansiedade em alguns momentos.

E li 50 páginas (seis capítulos) de O Conto da Aia e oficialmente está sendo a melhor experiência de leitura que já tive esse ano. O livro é bem complexo, a narrativa é super envolvente, e o leitor precisa estar bem atento pra conseguir entender tudo direitinho. Estou na metade do livro, mas já recomendo muito que todos leiam!



No dia vinte e nove eu li 74 páginas (nove capítulos) de O Conto da Aia. Foi uma experiência maravilhosa ler tanto desse livro num mesmo dia, mas devo dizer que li pausadamente. Li um capitulo e ia ver alguma coisa no instagram, conversar com alguém, por que eu realmente acho bem pesado ler esse livo sem parar.

Li também 67 páginas (seis capítulos) de Tartarugas Até lá Embaixo! Estou amando o livro. Me identifico bastante com a personagem em alguns aspectos, como por exemplo, as sensações que ela sente por causa da ansiedade. No livro fica bem claro que ansiedade não acontece apenas nos momentos de crise, ansiedade acompanha a gente pelo dia inteiro. Por exemplo, mesmo que eu não esteja num momento de crise, eu sempre estou ansiosa. Alguns exercícios, como meditação, ajudam muito a abaixar o nível de ansiedade, mas isso não significa que ela vai realmente embora. Acho que é bom pra que pessoas que não sofrem de ansiedade consigam entender um pouco como é, e até mesmo ajudar alguém que passe por isso diariamente.



No dia trinta eu li 49 páginas (seis capítulos) de O Conto da Aia. Estou na reta final do livro, faltam poucas páginas para eu terminar a leitura, e estou bem feliz com isso. Geralmente quando eu gosto muito de algum livro, no final eu fico com dó de terminar a leitura, mas não está acontecendo isso nesse livro, provavelmente por que quero saber o que acontece no final. E eu realmente não sei o que esperar do final, então essa sensação de que está vindo uma surpresa por aí me faz não ter medo de terminar a leitura.

E li também 35 páginas (três capítulos) de Tartarugas Até lá Embaixo. Não vou dar spoiler, porém quero comentar sobre algo. Nesses capítulos houveram algumas consequências na vida de Aza e Daisy porque Daisy não sabe lidar muito bem com a ansiedade de Aza. Elas acabam brigando e essa briga leva à outra coisa. Acho que mostra bem que nossas palavras têm um peso enorme na vida das pessoas, principalmente se essas pessoas têm algum tipo de distúrbio psicomental. Ansiedade é algo sério, e devemos ter cuidado com as nossas palavras, pois elas podem afetar a vida de uma outra pessoa de maneira muito grave.

E claro, isso não serve apenas para pessoas com algum distúrbio. É nosso dever ser agradável com todo mundo.



E por fim, no dia trinta e um eu li 54 páginas (sete capítulos) de O Conto da Aia e concluí a leitura do livro! O último capítulo do livro é surpreendente, apesar de ter uma narrativa completamente e eu inclusive achei que não fizesse parte da história em si. Acabou não se tornando o meu livro favorito da vida como eu havia pensado, mas sim, é um dos favoritos. Leiam!

E li também 56 páginas (cinco capítulos) de Tartarugas Até lá Embaixo, e também concluí a leitura! Descobri o significado do nome do livro, achei simplesmente incrível. O relacionamento da Aza com seus amigos, sua mãe e com ela mesma muda bastante da metade pro final do livro, ela aprende um pouco mais sobre como lidar com a ansiedade, e o final do livro, apesar de ter sido bem pesado e não fazer a linha final feliz, foi muito bom. Do jeito que tinha que ser.



Li 634 páginas nessa semana, o que dá 79,2 páginas em média por dia! Minha maior média em meses! E que fez com que eu conseguisse ler 1779 páginas em julho, e isso dá a média de 57,3 páginas lidas por dia. Fiquei bem acima da minha média, estou muito feliz por ter conseguido ler mais de 50 páginas por dia (em média), e principalmente feliz por que li muitos livros incríveis!





Histórias da Meia-Noite - 56 páginas lidas Concluído
Badaladas - 26 páginas lidas Concluído
O Conto da Aia - 280 páginas lidas Concluído
Tartarugas Até lá Embaixo - 272 páginas lidas Concluído







quinta-feira, 1 de agosto de 2019

Resenha: O Culto do Dever de Joaquim Manuel de Macedo




























Título: O Culto do Dever
Autor: Joaquim Manuel de Macedo
Editora: Domínio Público
Ano de publicação no Brasil: 1865
Número de páginas: 317 páginas 
Onde encontrar: Skoob
Nota: 5 / 5


O Culto do Dever é um livro dramático sobre um romance. Contextualizando o livro, ele foi escrito por um autor desconhecido, que simplesmente entregou o manuscrito para Joaquim de Macedo e pediu que ele publicasse o livro se achasse que a história merecia ser lida por outras pessoas. E assim foi feito. Isto está escrito no prefácio do livro, então é algo que sabemos assim que começamos a leitura, e que torna a leitura do livro algo muito mais mágico até mesmo misterioso, pois não sabemos quem foi o autor.

O livro conta a história de Angelina, pelo ponto de vista de um amigo da família. Angelina é uma jovem mulher, que vive com seu pai, Domiciano, e sua tia. Alguns dias antes de uma grande festa, ela conhece Theofilo, um rapaz de família quase rica, que se encanta por Angelina. O encanto é mútuo, e nessa festa Angelina decide falar ao pai que tem intensões de se casar.

Eles se conhecem há pouco mais de uma semana, mas já dizem se amar perdidamente, e vendo que o rapaz é um bom homem, e que vem de uma boa família, Domiciano autoriza que Angelina se case. Além disso, Domiciano está doente, sabe que irá morrer em pouco tempo, e encontra nesse casamento a esperança de não deixar sua filha sozinha no mundo após sua morte. Angelina não suspeita de que o pai esteja doente, e se alegra imensamente com a notícia de que poderá se casar.

O combinado é que Angelina e Theofilo se casem quando o rapaz voltar de uma viagem. O tio de Theofilo faleceu, e deixou uma enorme herança para a família do rapaz, obrigando-o a viajar até Portugal para resolver tudo com os papéis. Ele ficará fora do Brasil por pelo menos seis meses, Angelina precisa se preparar para o casamento, e Domiciano precisa se manter vivo até que o genro volte.



Eu amei o livro! Todo o processo de leitura foi muito gostoso, e foi uma experiência incrível. Creio que o mistério em torno de quem realmente escreveu o livro tenha feito com que eu gostasse ainda mais da história. Apesar de também achar isso um pouco triste, pois como eu amei a leitura, gostaria de ler outras coisas do autor, e sei que não irei conseguir isso.

Confesso que não gostei do final do livro, por que simplesmente não deu uma resposta ao que estava sendo perguntado ao longo do livro, pelo menos na minha opinião, mas todo o restante do livro foi muito bom, e por isso dei a nota máxima. Algo que fez com que eu gostasse muito do livro, é que ele é narrado pelo ponto de vista de uma pessoa que nem sequer é da família da protagonista, e que não está com ela todos os dias. Então é como se você escrevesse um livro sobre a sua prima que mora em outra cidade, e que você vê aos finais de semana.

Gostei disso por que traz uma perspectiva realmente diferente, e essa forma de narrar o livro, que é bem diferente do que eu já li até agora, fez com que eu gostasse ainda mais, e me perguntasse como seria o livro caso fosse a própria protagonista narrando. Eu gostei muito do drama criado em volta de cada evento, e é realmente isso mesmo, cada evento tem um drama em volta. Por exemplo, o momento em que a protagonista conhece o mocinho, numa festa, onde ela deve dar atenção à todos os convidados e não pode ficar trocando nem olhares com ele, não pode ficar dando atenção a ele e precisa tentar esconder de todos que ela está interessada nele. Tudo tem muito drama, e nesse livro isso foi uma coisa que me agradou bastante.

Creio que eu gostei muito por que fazia um certo tempo que eu não lia um romance cheio de clichês, e esse especificamente aqueceu meu coração. Como o livro é do século XIX, é como um romance de época, com bailes, guerras acontecendo, um pedido de casamento que depende da aprovação dos familiares e tudo mais. Isso também me fez gostar mais ainda do livro. E o fato de se passar no Brasil, obviamente, deixa tudo ainda melhor pra mim, principalmente por que os fatos históricos que acontecem no livro são reais.

Algo que pode não agradar algumas pessoas é que não há muitas descrições no livro, então não tem como imaginar direitinho como tudo é, o livro apenas te dá um norte de como as coisas são. Por exemplo, em um momento em que há algumas embarcações no cenário, apenas é dito que existem embarcações grandes ali, mas não há descrições sobre elas. Isso não me incomodou também, por que, ao meu ver, os acontecimentos (nesse caso) são mais importantes do que os detalhes. Claro que pessoas que já leram vários romances de época podem não gostar justamente por que é um livro cheio de clichês, o que é comum , mas que não tem detalhes que tornem a trama diferente de outros livros com os mesmos elementos.

Recomendo muitíssimo a todos que gostam de romance de época, e a todos que gostam de romance que se passa no Brasil. É sim um livro com clichês, mas considerando a época em que foi escrito, era algo até mesmo inovador e bem diferentes, e além disso, é um livro mais "real", por que retrata acontecimentos que realmente aconteciam enquanto o autor escrevia. Se você estiver querendo ler um romance clássico que se passe no Brasil, tenha muito amorzinho e clichês, se joga em O Culto do Dever!