domingo, 29 de dezembro de 2019

Resenha: Cartas Terapêuticas de Gabriele de Oliveira





Título: Cartas Terapêuticas
Autor: Gabriele de Oliveira Ribas
Editora: Publicação Independente
Ano de publicação desta edição: 2016
Número de páginas: 51
Onde encontrar: Site da autora
Nota: 4 / 5


Cartas terapêuticas é um daqueles livros simples, mas que muda a vida de quem lê! O livro apresenta 12 ideias de cartas, uma por mês, pra que a gente escreva pra gente mesmo, ou pra outras pessoas. Essas catas nos ajudam a nos conhecer melhor, é uma forma de entendermos mais os nossos sentimentos sobre as pessoas, sobre nós mesmos, sobre a nossa vida. 

Você pode baixar o ebook indo até o site da autora, e colocando seu email na caixinha que aparece assim que você entra no site. A autora já escreveu outros livros, mais teóricos, sobre escrita terapêutica e sobre ocmo essa técnica ajuda muito na nossa jornada de autoconhecimento.

Não vou falar sobre tudo que tem no livro, por que não teria graça, mas vou falar sobre o tema de cada carta, e sobre como eu fiz. Por que sim, eu escrevi as cartas. E é por isso que vim aqui contar pra vocês sobre a minha experiência com esse livro, e sobre as experiências que esse livro me proporcionou. E devo dizer que descobri esse livro em setembro de 2019, e aí escrevi todas as cartas dos meses até então, e depois fui escrevendo certinho.

Em janeiro a carta é sobre retrospectiva do ano anterior. A autora vai orientando a gente sobre como escrever as cartas, então fica bem fácil de escrever, com a ideias organizadas. Eu coloquei sobre as pessoas legais que eu conheci no ano anterior, grandes ensinamentos e grandes conquistas. Confesso que escrevi mais sobre coisas externas, e fáceis de perceber, como o fato de eu ter começado a graduação em Ciências Biológicas, ter começado a namorar um homem incrível. Mas também coloquei algumas cosias sobre sentimentos novos!

Em contraste, a carta de fevereiro é uma carta para você do futuro. Você pode escrever tanto uma carta pra abrir no final do ano, quanto um ano depois, cinco anos depois, você é quem decide! Eu escrevi duas cartas, uma pra ser aberta um ano depois, e outra pra ser aberta cinco anos depois. Talvez isso tenha sido um roubo, mas acho que é bom comparar as minhas expectativas à médio e à longo prazo. Escrevi sobre a minha vida atualmente e sobre como eu espero que esteja na dada em que a carta for aberta.

Já a carta de março foi para a artista interior. Sobre coisas que inspiram, brincadeiras preferidas. Eu gostei muito dessa, apesar de ter sido uma das mais difíceis de escrever. É muito difícil falar de cosias que nos inspiram. A carta de abril foi para o "Eu superior", que alguns chamam de Deus, outros de universo. Foi uma carta de agradecimentos, de desabafos e principalmente de questionamento das coisas ruins que o fanatismo religioso causa na vida das pessoas.



O tema de maio é uma carta para a mãe interior, se você for homem, pode só trocar "mãe" por "pai". E a autora nos orienta a seguir coisas que associamos às nossas mães. Como proteção, confiança e cuidados. Em junho, mês dos namorados, a carta é de amor pra você mesma! Eu escrevi uma carta ressaltando minhas qualidades, coisas boas que eu fiz, conquistas legais. E claro, tudo isso num tom de declaração de amor mesmo.

Em julho o tema foi uma carta para um amigo. Confesso que nessa aqui eu travei. Pra quem eu escreveria? Lembrando que essas cartas não precisam ser entregues, elas podem ficar com você, mas você também tem a opção de mandar pra pessoa. Acho que a maior graça dessa carta é perceber que, em 5 anos, a pessoa pra quem você escreveu pode ter se tornado seu amor, pode ter se tornado um melhor amigo, e também pode ter desaparecido da sua vida.

Já em agosto a carta foi de perdão. Pra quem? Para aquela pessoa que você precisa perdoar. Conte a história toda, a razão pela qual você não conseguiu perdoar até agora, e principalmente por que você decidiu perdoar e como foi esse processo de perdão. Em setembro a carta foi para a vida! Sobre as expectativas, filosofia, prioridades, momentos marcantes e tudo relacionado ao tema!

Em outubro o tema foi para a criança anterior. Histórias legais sobre a infância, músicas e brincadeiras. Mas também sobre como essas coisas da infância ainda fazem parte da vida adulta. A carta de novembro é pra alguém que partiu. Porém, NÃO ESCREVA COM TRISTEZA! Se o assunto te trouxer tristeza, evite! Mas se você está bem com isso, falando sobre a história de vocês, fale coisas que você não disse e que gostaria. Uma ideia legal é ler a carta em voz alta depois, quem sabe, lá do céu, a pessoa não ouve?

E por fim, a carta de dezembro é sobre gratidão. Só positividade! Fale sobre coisas legais que aconteceram durante o ano e que você gostou, pessoas e situações legais que aconteceram. É uma carta de amor e felicidade, apenas. Eu recomendo muito que vocês leiam esse livro, é bem curtinho, e com certeza vai fazer muita diferença na sua vida, principalmente se no final do ano você reler todas as cartas que escreveu e perceber a sua mudança.


sábado, 28 de dezembro de 2019

Desafios literários de 2020

Mais uma lista de desafios para 2020, vamos que vamos!

Selecionei 23 livros para ler durante o ano de 2020. As regras pra escolha dos livros foram: 
1. Eu preciso já ter todos eles (em físico ou ebook).
2. 60% (16 livros) precisam ter menos que 300 páginas.
3. Ter pelo menos 10 gêneros de livros diferentes.
4. Ter cinco livros de não-ficção.

O plano é: todo mês ler um livro referente ao desafio de 12 livros para 2020 + um outro livro qualquer de outro desafio. Em janeiro irei participar da Maratona Literária de Verão do Geek Freak, pretendo ler 8 livos e quero que pelo menos 5 sejam dessa lista de desafios, pra conseguir ficar mais livre no restante do ano.

Legenda
Azul: Lido
Verde: Lendo


1001 LIVROS
O Demônio e a Srta Prym - Paulo Coelho - 213 páginas 
O Assassino Cego - Margaret Atwood - 627 páginas
As Virgens Suicidas - Jeffrey Eugenides - 232 páginas
Psicopata Americano - Bret Easton Ellis - 480 páginas
Testamento de Juventude - Vera Brittain - 640 páginas


MULHERES
As Alegrias da Maternidade - Buchi Emecheta - 320 páginas
Testamento de Juventude - Vera Brittain - 640 páginas
Aprendizados - Gisele Bundchen- 238 páginas
Tempo Ruim - Anita Ganeri - 160 páginas
Vagina - Uma Biografia - Naomi Wolf - 368 páginas


COLEÇÃO O MELHOR
O Melhor de Caio Fernando Abreu - 240 páginas
O Melhor de Rubens Fonseca - 296 páginas
O Melhor de Mário de Andrade - 278 páginas


12 LIVROS PARA 2020
JANEIRO - Psicopata Americano - Bret Easton Ellis - 480 páginas
FEVEREIRO - O Regresso - Michael Punke - 272 páginas
MARÇO - 21 Lições Para o Século 21 - Yuval Noah Harari - 432 páginas
ABRIL - Guia Prático da Beleza - Juliana Neiva, Paula Neiva e Carolina Ribeiro - 192 páginas
MAIO - As Alegrias da Maternidade - Buchi Emecheta
JUNHO - Dândis de Selma - Nicolás Irurzun - 172 páginas
JULHO - A Garota Que Bebeu a Lua - Kelly Barnhill- 308 páginas
AGOSTO - Na Minha Pele - Lázaro Ramos - 152 páginas
SETEMBRO - O Poder da Esposa Que Ora - Stormie Omartian - 128 páginas
OUTUBRO - O Cemitério - Stephen King - 424 páginas
NOVEMBRO - Auto da Compadecida - Ariano Suassuna - 192 páginas
DEZEMBRO - Antes Que as Luzes se Apaguem - Jay Asher - 256 páginas 



sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

Leitura todo dia #125


Mais um post de Leitura todo dia! O projeto foi criado pela Nine Stecanella, para incentivar o hábito da leitura. Minha meta continua sendo ler ao menos 35 páginas por semana. Vamos que vamos!














No dia dezesseis eu não li nada. No dia dezessete eu li 21 páginas (trinta e três capítulos) de Quincas Borba. Estou no finalzinho do livro, confesso que agora nesse final eu não estou amando o livro, mas creio que o final mesmo não vai me decepcionar.



No dia dezoito eu li 48 páginas (sessenta e nove capítulos) de Quincas Borba, e concluí a leitura do livro. Foi uma leitura cansativa, devo dizer. O enredo em si é ótimo, mas o autor dá muitas voltas pra chegar no ponto que quer, e isso tornou a leitura bem cansativa pra mim. É uma leitura que recomendo, mas acho que ir lendo fazendo pausas não é muito uma boa ideia, se você ler tudo em um ou dois dias, talvez funcione melhor. É cansativo, mas lendo rápido, acho que não dá pra perceber isso. Mas, como eu disse, em termos de enredo, é ótimo.

E li também 23 páginas do conto Let's be Naughty, da coletânea erótica chamada Her Big Stuffing. Todos os contos, exceto dois deles, tem basicamente um enredo: uma mulher de 18 anos querendo transar com o vizinho mais velho. É em inglês e é bem explícito, e claro, tem essa coisa do enredo da maioria dos contos ser parecido, mas se você ler um por semana, acho que fica legal e dá pra ler de boa.


No dia dezenove eu li 26 páginas (um conto) de No Seu Pescoço, especificamente o conto O Tremor. Uma mulher vê no jornal que um avião caiu, na Nigéria. A protagonista está vivendo nos Estados Unidos. Um nigeriano que morava no mesmo prédio vai até ela, a convida para orar. Então, como ela só tem ele ali, resolve compartilhar sua história com ela. O ex-namorado estava dentro daquele avião, e eles ficam acompanhando as notícias pra ver se Udenna está vivo.


No dia vinte eu li 21 páginas (um conto) de No Seu Pescoço, o conto Os Casamenteiros. Uma mulher acaba se casando por que os tios dela, que a criaram, resolvem que ela deve se casar. Ela sai da Nigéria e vai pros Estados Unidos, já que o marido dela é médico lá. Só que ela vai descobrindo coisas ao longo dos dias, como por exemplo, o marido não quer que ela viva como vivia na Nigéria, ela precisa se tornar uma "americana de verdade".

E li também 20 páginas (um capítulo e meio) de A Christmas Carol, traduzido pro português como Um Conto de Natal, do Charles Dickens. Eu li pouco, ne? Mas já estou achando ótimo. Fala sobre um cara que só se preocupa com ele mesmo, e acha que o natal é uma grande besteira, e que as pessoas usam essa data pra ganhar cosias que nem sequer merecem. Espero uma grande reviravolta no final. Não sei nada sobre essa história, então está sendo tudo uma grande surpresa.



No dia vinte e um eu li 25 páginas (um capítulo e meio) de A Christmas Carol. Ler em inglês sempre me faz ler mais devagar, mas como é um livro pequeno, ta tudo bem, acho. Estou gostando bastante, e aviso que ele é meio terror. Quando esse post aqui sair, já vai ter saído a resenha desse livro aqui no blog, então se quiser conferir, clique aqui.


No dia vinte e dois eu li 35 páginas (quatro capítulos e meio) de A Christmas Carol e concluí a leitura do livro! Foi uma leitura ótima! É meio terror sim. O Scrooge, personagem principal, é aquela pessoa que odeia o natal e é super rabugenta, e então alguns espíritos aparecem para ensiná-los qual é a importância do natal. E os espíritos não tem exatamente uma aparência super linda, então eu considero esse conto como um terror leve.

Li também 30 páginas do conto Getting Her Fill. Esse conto teve um enredo diferente, em vez de ser uma mulher transando com o vizinho, é uma mulher que ganha a vida, literalmente mostrando os peitos pra pessoas e pedindo dinheiro em troca. E aí vai rolando, ne?

E por fim, li 71 páginas (quatro capítulos e meio) de Skeleton Flower, também conhecido como o livro de Kim Jonghyun. É um livro baseado em algumas composições dele, e devo dizer que vale super a pena. Seja você fã dele ou não, é uma história que está ganhando o meu coração até agora.


E finalmente, no dia vinte e três, eu li 99 páginas de Skeleton Flower e concluí a leitura do livro. O livro tem pouca coisa escrita, muitas páginas são de fotos, e em cada página tem poucas frases também. Pra quem quiser ler, vou deixar o link aqui. É a tradução de uma fã, mas é bem confiável, então podem ler tranquiles, pois é realmente a história do Jonghyun. E um aviso: a tradução foi feita do coreano para o inglês, então o livro no link disponível está em inglês. Eu vou fazer uma resenha super especial, pretendo gravar um vídeo pro canal também. Sei que estou em falta com o canal, mas muitas coisas estão acontecendo e estou sem tempo pra gravar. Espero que entendam.

Li também 40 páginas (três capítulos) do livro Pra Sempre Natal. É uma novela, da Gleice Couto, que se passa no natal, e cada capítulo se passa em um ano diferente. Eu estou amando, é aquele livro que aquece o coração, dá muito gosto de ler!

E por fim, li 17 páginas de Programa Institucional de Extensão - Ações afirmativas e Relação Étnico-raciais. É um livro que preciso ler para o TCC, e que espero concluir ainda esse ano, pra que as leituras do TCC em 2020 possam ser mais focadas, e não apenas leituras mais gerais pra ter um maior referencial teórico.


Consegui ler incríveis 476 páginas nessa semana, o que dá uma média diária de 59,5 páginas! Com certeza a maior média em meses. Fico muito feliz por ter conseguido ler tanto assim nessa semana, e espero que a última semana do mês seja ainda melhor!



Quincas Borba - 69 páginas lidas Concluído
Skeleton Flower - 170 páginas lidas Concluído
A Christmas Carol - 80 páginas lidas Concluído
Her Big Stuffing - 53 páginas lidas
No Seu Pescoço - 47 páginas lidas
Pra Sempre Natal - 40 páginas lidas
Programa Institucional de Extensão - Ações afirmativas e Relação Étnico-raciais - 17 páginas lidas












quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

Resenha: Pra Sempre Natal, de Gleice Couto
































Título: Pra Sempre Natal
Autora: Gleice Couto
Editora: Publicação Independente
Ano de publicação desta edição:2018
Número de páginas: 112
Onde encontrar: Skoob / Amazon
Nota: 5 / 5



Pra Sempre Natal é uma novela, ou seja, fica entre o conto e o romance, em tamanho. Carolina tem 7 anos quando o livro começa. Ela tem uma casa enorme, num condomínio de luxo, com uma grande piscina, a casa toda enfeitada para o natal. Seus pais fizeram uma bela ceia, mesmo que só houvessem 3 pessoas em casa. Só que seus pais começam a brigar, a Carolina vai pro portão de casa, pra ficar sozinha. Depois de um tempo um menino aparece, conversa bastante com ela, e lhe dá um pingente de sereia.

"Outra coisa que não entendia era como Papai Noel descia por uma chaminé que sequer tínhamos em casa, nem como ele colocava presentes enormes em meias tamanho 30"

Alguns anos depois, Carolina está passando o natal na casa de uma tia, recebe uma boneca de presente, mas suas primas, por maldade, quebram a boneca. Então um menino, que mora por ali, aparece e concerta a boneca pra ela. Alguns natais depois, ela escapa de casa e vai até uma festa, onde seu "namorado" está. Descobre que ele na verdade está com outra menina, e depois de ser humilhada, acaba conversando com um menino legal que ela conheceu ali.

"Me sentia como uma ilha. Sozinha, achando que a vida fazia pouco sentido, que, além dela, só havia oceano"

No próximo natal, já adulta, Carolina resolve ir pra um chalé pra tentar se reencontrar, e surpreendentemente, ela reencontra aquele menino legal. Eles acabam ficando juntos e descobrindo mais sobre suas vidas, mas, como sempre, nem toda descoberta é boa.




























Esse livro com certeza foi o livro que mais aqueceu meu coração em 2019. Terminei de ler ele há poucas horas, e ainda com o coração quentinho, venho dizer com tranquilidade que foi o melhor livro natalino que já li na vida! A construção dos personagens é muito boa, eu me apaixonei por todo mundo que apareceu no livro, exceto o namorado idiota que a Carol teve na adolescência.

Um ponto super positivo, pra mim, é a ambientação. O livro se passa no Rio de Janeiro, então o natal é puro calor, sorvete e suor. Isso trás uma identificação muito grande. Acho fofo histórias de natal no gelo, mas não consigo me relacionar com isso, por que nunca vivi isso, então ter uma história natalina com tanta qualidade quanto essa, que se passa no calor do verão brasileiro, é incrível!

Esse livro é sim natalino, se passa durante quase toda a vida da Carolina, mas o livro mostra sempre o natal, então é interessante ir acompanhando a vida da personagem. Enfim, é um livro que você pode ler em qualquer época do ano, principalmente por que não tem aquela vibe estrangeira de natal. É um livro pra ser lido no verão, com certeza. Então, mesmo que você veja essa resenha daqui vários dias, leia esse livro agora! O link pra compra na Amazon tá no início da resenha, por que ele é realmente uma história incrível.

"Talvez realmente houvesse alguém querendo o meu melhor não só nas noites de Natal. Talvez toda a minha vida tenha sido Natal. E seria para sempre"

Já aviso que não entrem nessa leitura esperando uma super originalidade, existem vários elementos já usados e alguns até batidos na história, mas todos eles foram trabalhados de forma muito original, trazendo leveza ou drama nos momentos necessários. É um livro que todos deveriam ler, tem uma aura meio fantasia, por causa dessa coisa de "magia do natal", e eu achei simplesmente incrível como a autora conseguiu combinar isso tudo num livro! Simplesmente leiam, não vão se arrepender.



terça-feira, 24 de dezembro de 2019

Resenha: Um Conto de Natal, de Charles Dickens





























Título: Um Conto de Natal
Autor: Charles Dickens
Editora: Wordsworth Editions
Ano de publicação desta edição: 1993
Número de páginas: 96
Onde encontrar: Skoob
Nota: 5 / 5


Primeiramente eu quero deixar claro que li este livro em inglês (A Christmas Carol), e por esse motivo as citações estarão em inglês. Um Conto de Natal é um conto do Charles Dickens, que acompanha alguns dias da vida de Ebenezer Scrooge, um senhor bem amargurado. Scrooge não vê sentido no Natal, acha que é só mais um dia em que as pessoas se aproveitam das outras pra conseguirem o que querem sem precisar se esforçar.

"No eye at all is better than an evil eye, dark master!"

Acha uma bobagem reunir a família sendo que no restante do ano todo mundo ficou separado, acha uma bobagem maior ainda essa coisa de "espírito natalino". No primeiro capítlo, Scrooge é a pessoa mais detestável que o leitor pode imaginar.

E então, ele recebe a visita do espírito de um amigo que faleceu há 7 anos. Esse amigo fala sobre como Scrooge é amargurado e precisa mudar se quiser ter uma vida melhor, e avisa que nos próximos dias virão 3 espíritos para ajudar Scrooge a se tornar essa pessoa melhor que ele precisa ser.






























Eu amei essa história, mas já aviso: ela é meio terror. Pense, 3 espíritos virão para te falar o quão ruim você é, e principalmente o último espírito é bem assustador. Ele não faz nada ruim, já quero deixar avisado, mas a aura dele e as mensagens que ele trás são coisas bem chocantes, então se você procura um conto super leve pra ler no Natal, não é esse. Mas se você quer um conto reflexivo sobre como ser uma pessoa melhor não apenas no Natal, esse é o seu conto!

"They are all in the past,' the Ghost said. 'They are only shadows"

É um conto que trás aquela mensagem de aproveitarmos mais, reclamar menos, viver mais o momento sem ficar pensando em coisas ruins. E acho que tem que ser assim não apenas no Natal, mas em todos os dias da nossa vida. Recomendo muito que leiam esse livro. Se você ver essa resenha em dezembro, aproveita que o clima já tá natalino e leia! Confesso que eu só leio coisas natalinas no Natal, mas leia esse livro em qualquer época, por que a mensagem dele é atemporal.












quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

Leitura todo dia #124

Mais uma semana de Leitura todo dia, projeto criado pela Nine Stecanella. Esse post vai incluir duas semanas, pelo motivo de que na primeira semana eu li praticamente nada, e seria sem sentido colocar um post com nada de informação aqui no blog.

A meta segue sendo ler 35 páginas por dia!




No dia primeiro eu li 24 páginas de Iaiá Garcia, do Machado de Assis, e concluí a leitura do livro! Foi uma leitura boa. O final foi incrível, apesar de ter sido previsível. Em dado momento do livro eu comecei a torcer pra que o final de um jeito, e acabou sendo mais ou menos do jeito que eu queria, o que aqueceu um pouco o meu coração. É um livro que recomendo muito se você gosta de romances mais antigos e curtos. Pra mim não foi uma leitura rápida por que estou passando por uma ressaca literária e não estou conseguindo ler muito, mas creio que num dia normal de leitura, é fácil ler o livro inteiro em 24h.

Li também 8 páginas de Notas Semanais, também do Machado de Assis. São notícias que ele publicava em um jornal, e a maioria delas envolve política, mas de um jeito mais bem humorado, sarcástico, e às vezes até perigoso por causa do tom do deboche. É um texto ótimo pra historiadores, e pra quem quer conhece rum pouco mais das opiniões do autor.












Falando em ressaca literária, fiquei do dia dois ao dia sete sem ler nada! A ressaca, somado ao agravante chamando "final de período na faculdade", me fez não querer ler nada. Não tive ânimo mesmo. E esse é o motivo de eu ter juntado duas semanas nesse post, e espero que daqui pra frente as leituras engrenem.



No dia oito eu li 21 páginas de Notas Semanais e concluí essa leitura! E novamente quero lembrar que não estou lendo a versão física do livro, e sim o ebook disponibilizado gratuitamente pelo MEC, então pode ser que não esteja completo. Creio que o livro tem comentários contextualizando as publicações feitas no jornal, já que são publicações do século XIX e muitas delas eram específicas daquele contexto histórico.

Além de questões como tamanho da fonte utilizada, já que no ebook a fonte é bem pequena. Diagramação muda muito a quantidade de páginas que um livro pode ter.












No dia nove não li nada. No dia dez eu li 15 páginas (dezoito capítulos) de Quincas Borba, do Machado de Assis. Como podem ver pelos números, o livro possui alguns capítulos bem pequenos. O livro está narrando a história de Rubião, que tem um amigo chamado Quincas Borba, e que no início do livro já sabemos que vai morrer. Além disso, Quincas Borba deu ao seu cachorro o seu nome, o que faz com que existam dois Quincas Borba na história e isso se torna levemente confuso, às vezes. Estou gostando bastante.



No dia onze eu li 10 páginas (cinco capítulos) de Quincas Borba, e estou adorando o livro. Li pouco nesse dia por que passei a maior parte dele na casa do meu namorado, e preferi ficar com ele. E claro, né, eu deixei pra ler aos 45 do segundo tempo, e fiquei com sono muito rápidos. Erros em Wakanda.



No dia doze eu estava disposta a fazer o dia ser produtivo, então eu li 32 páginas de Her Big Fill, um conto da coletânea Her Big Stuffing, que é uma coletânea de contos eróticos, em inglês. E também li 31 páginas de Dangerous Insertions, d a mesma coletânea. Uma coisa bizarra que acontece na maioria dos contos são as meninas quererem engravidar do cara com quem estão transando, sendo que geralmente é um vizinho rico blablabla, e eles nem sequer tem um relacionamento real. Eu acho isso assustador, querer transar pra engravidar com uma pessoa que você nunca nem beijou antes.

E li 2 páginas (dois capítulos) de Quincas Borba.



No dia treze eu li 15 páginas (um conto) de No Seu Pescoço, e li justamente o conto que dá nome ao livro. Fala sobre relacionamentos, eu gostei bastante, mas não foi o meu preferido. E li também 11 páginas (quatorze capítulos) de Quincas Borba. Estou tendo uma relação conflitante com esse livro, por que gosto do enredo, mas a escrita do Machado não está me prendendo.



No dia quatorze eu li 18 páginas (dezessete capítulos) de Quincas Borba. Está sendo uma leitura interessante, o enredo acompanha diversos personagens e isso pode ser um pouco confuso em alguns momentos, mas é um enredo ótimo. Mas não sei se estou gostando de como esse enredo está sendo trabalhado.



E no dia quinze eu li 33 páginas (trinta e quatro capítulos) de Quincas Borba. E li 15 páginas (um conto) de No Seu Pescoço, especificamente o conto A Embaixada Americana, em que a personagem principal está tentando sair de seu pais, Nigéria. Seu marido está ameaçado de morte pelo governo, e seu filho foi morto há dois dias, também pelo governo. É um conto bem pesado, mas necessário.



Isso totaliza 235 páginas lidas, o que dá 15,6 páginas por dia. Ou seja, não cheguei nem perto da minha meta, e estando em dezembro e de férias, eu pensei que leria mais. O que acontece é que estou escrevendo um livro, que já tem cinco capítulos disponíveis do Wattpad, e você pode ler clicando aqui. Escrever demanda muito tempo e criatividade, então a leitura está em segundo plano. Mas vou tentar mudar isso na segunda quinzena do mês!


Iaiá Garcia - 24 páginas lidas Concluído
Notas Semanais - 29 páginas lidas Concluído
Quincas Borba - 89 páginas lidas
No Seu Pescoço - 30 páginas lidas
Her Big Stuffing - 63 páginas lidas









quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

Resenha: Entrevista Com o Vampiro, de Anne Rice































Título: Entrevista Com o Vampiro
Autor: Anne Rice
Editora: Editora Rocco
Ano de publicação no desta edição: 1992
Número de páginas: 334
Onde encontrar: Skoob
Nota: 5 / 5



Entrevista Com o Vampiro é um livro ficcional, onde um jovem entrevista um vampiro. Nessa entrevista, Louis, o vampiro, irá contar sobre toda a sua vida como vampiro. Vai falar de como ele foi vampirizado por Lestat, e como acabou virando uma espécie de escravo. Lestat exerce um enorme poder sobre Louis, muito disso baseado no fato de que Louis nunca viu outro vampiro na vida, então não tem a quem recorrer sobre todos os assuntos que precisa aprender sobre como sobreviver sendo um vampiro.

"Era um homem de 25 anos quando me tornei um vampiro, no ano de 1791", página 7.

Ao contrário do que muitos pensam, quando ocorre a vampirização, há o processo de morte, por que vampiros não tem vida. São seres que ficam meio que no limbo, entre a vida e a morte. Lestat usa muito a riqueza e inteligência de Louis para se dar bem na vida, adquirir bens, matar as pessoas e sempre ter tudo que quer.

Louis decide que não irá matar pessoas para se alimentar, e então passa a caçar pequenos animais. E aqui fica a minha reflexão: em que a vida humana é melhor do que a vida animal, pra ser tão venerada assim? E não é uma reflexão vegana, inclusive eu como carne todos os dias, é uma reflexão mais pro lado de "por que não comemos carne humana?", do que "por que comemos carne?".

"Subitamente me ocorria o consolo que seria conhecer Satã, olhar sua face, não importa quão terrível fosse este semblante, saber que lhe pertencia totalmente, e assim descansar para sempre do tormento daquela ignorância" página 115.

Um acontecimento faz com que Louis e Lestat tenham que sair da cidade onde moram, e a partir daí muitas coisas acontecem. Lestat passa a matar cada vez mais, Louis fica agoniado com isso e briga muito por causa da matança, e até tenta salvar alguns humanos de Lestat. Mesmo assim, coisas muito maiores do que os dois começam a acontecer.


































Amei completamente o livro! Na verdade, pra ser sincera mesmo, devo dizer que achei Lestat um personagem odioso, mesquinho e prepotente, mas como isso é algo intencional, posso dizer que todos os objetivos foram cumpridos. Sei que tem muita gente que acha Lestat maravilhoso, mas eu odiei ele do início ao fim do livro. 

Como eu não vi o filme, não posso dizer se o Lestat do filme é mais legal. Sei que muita gente acha ele sexy, e acho que isso deve ser por causa do filme, por que no livro ele é 100% odioso. Sei que isso é proposital, que Lestat precisava ser esse personagem odioso pra que outras coisas pudessem acontecer mais pra frente. Não acho que isso seja um defeito do livro, mas sim uma qualidade da autora em conseguir criar um personagem que causa repulsa.

"As pessoas que param de crer em Deus ou na bondade continuam a acreditar no diabo. Não sei por que. Não, realmente não sei por que. O mal é sempre possível. E a bondade é eternamente difícil", página 13. 

Me apeguei à dois personagens, sendo um deles o Louis e o outro não posso dizer aqui. Mas é uma criança que aparece num dado momento da história. Ao longo da história, principalmente depois da metade, o Louis vai ficando mais amargurado, como se todo o tempo que ele passa com Lestat sugasse tudo de bom que havia dele. É um processo interessante de acompanhar, como uma pessoa pode fazer tão mal à outra sem ao menos perceber.

Em termos de escrita, é um livro antigo, com um personagem com séculos de idade narrando, então a escrita não é uma coisa jovial e atual. A narrativa fala de coisas de um passado distante até os dias atuais do Louis, então dá pra perceber que ele é velho. Ele não fala como uma pessoa idosa, mas como uma pessoa que com certeza já viveu coisas demais.

"De boa vontade deixaria tudo guardado no fundo da mente, mas minha mente não o permitia", página 116.

Recomendo que leiam essa obra prima da literatura. Não posso descrever esse livro como menos que isso. Se você gosta de história de vampiros, é quase que uma leitura obrigatória, principalmente pra tirar aquela visão romanceada que os livros dos últimos 15 anos colocou nesses seres. Vampiros são seres naturalmente assassinos, mesmo que não matem seres humanos, vão matar animais, e continuam sendo assassinos, principalmente pra quem levanta a bandeira do veganismo.

Vampiros foram criados para serem assassinos, pra terem sede de sangue a cada hora e saírem matando todo mundo. E algo que deve ficar claro é que os vampiros deste livro matam muito, e matam diariamente. Se esse tipo de conteúdo te deixa sensível, não leia. Mas se você não se importa, ou até mesmo gosta da matança, se joga! Tenho certeza de que vai ser uma leitura incrível.





quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

Resenha: Instinto de Nacionalidade, de Machado de Assis


























Título: Instinto de Nacionalidade
Autor: Machado de Assis
Editora: Domínio Público
Ano de publicação no Brasil: 1873
Número de páginas: 8
Onde encontrar: Machado de Assis (MEC)
Nota: 5 / 5


Instinto de Nacionalidade é um texto de Machado de Assis, publicado no jornal O Novo Mundo. É um livro de crítica ao povo brasileiro, basicamente. Claro que é focado na literatura, mas como a literatura reflete o que está acontecendo no país, a crítica acaba sendo mais ampla. Machado escreveu numa época em que os livros eram sobre coisas cotidianas, envolviam política e ideais, então a crítica à literatura é também uma crítica do que estava acontecendo no Brasil naquela época.

Machado diz que estávamos vivendo uma adolescência literária, e eu achei esse termo simplesmente incrível! Ainda acho que não somos maduros sobre a literatura, que ainda dependemos muito dos outros. Não acho errado buscar inspirações de outros lugares, mas confesso que eu me irrito quando vejo livros escritos no Brasil, por brasileiros, totalmente inseridos na cultura estadunidense, e isso acontece muito.

Quem nunca leu um livro que se passa em São Paulo, que o nome dos personagens são Dylan/Dilan, Ashley, sobrenomes como Johnson e coisas do tipo. Qual é o problema com Amanda, Pedro, Paulo e Silva? Acho que a literatura brasileira ainda depende muito da produção literária dos Estados Unidos, da mesma forma como éramos dependentes da produção artística da França na época que Machado de Assis era vivo.

Nessa resenha vou comentar alguns trechos desse texto que me chamaram muita atenção, e que acho muito importantes de serem discutidos. As citações vão vir primeiro, e abaixo meus comentários sobre ela.

"Não se fazem aqui (falo sempre genericamente) livros de filosofia, de linguística, de crítica histórica, de alta política, e outros assim, que em alheios países acham fácil acolhimento e boa extração; raras são aqui essas obras e escasso o mercado delas."

Atualmente o Brasil produz muitos livros de cunho filosófico, e eu me sinto grata por estar vivendo um momento político tão caótico que está nos colocando pra pensar de verdade. Mas por outro lado, ainda temos pouca divulgação desses livros. Geralmente não são livros que conhecemos na escola, por exemplo. Os que eu li, a maioria apenas fragmentos, foram na faculdade, ou por que eu quis procurar. Mas de qualquer forma, sinto um avanço nessa questão.


"As tribos indígenas, cujos usos e costumes João Francisco Lisboa cotejava com o livro de Tácito e os achava tão semelhantes aos dos antigos germanos, desapareceram, é certo, da região que por tanto tempo fora sua; mas a raça dominadora que as frequentou, colheu informações preciosas e no-las transmitiu como verdadeiros elementos poéticos."

Espero que vocês entendam o peso da citação acima. Os brancos vieram, obrigaram os indígenas a adorarem um Deus estranho pra eles, mataram todos os indígenas que viam pela frente, e ainda tiveram a cara de pau de tentar tornar isso algo poético, colocando os acontecimento em suas poesias de forma a exalta sempre a pessoa branca. Além disso, fala sobre o genocídio em si, e eu espero muito que todos que estão lendo isso entendam o peso que um texto desse tem, tanto na época em que foi publicado, quanto agora.


"Não há dúvida que as línguas se aumentam e alteram com o tempo e as necessidades dos usos e costumes. Querer que a nossa pare no século de quinhentos, é um erro igual ao de afirmar que a sua transplantação para a América não lhe inseriu riquezas novas."

Essa é o último trecho que quero citar aqui. Linguagem é algo vivo, está em constante transformação. O português brasileiro de hoje não é como o de 50 anos atrás, não é nem o que era há 20 anos. Tudo se transforma. Português é uma língua linda, cheia de variantes, cada região tem palavras e expressões próprias e isso tudo deve ser admirado! Não precisamos produzir arte seguindo regras de linguagem, poetas marginais e poetas de interior escrevem como falam e fazem isso super bem. Precisamos valorizar as variantes linguísticas do nosso país!

Isso é tudo que eu tinha pra falar sobre esse texto maravilhoso. Recomendo que todos leiam, por que muito do que está acontecendo politicamente no país, hoje, é reflexo de coisas mal resolvidas de séculos atrás. Leiam também para se tornarem cidadãos melhores, e pra tirarem boas reflexões do texto.



quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Resenha: A Cada Passo da Vida, de Carol Alves





























Título: A Cada Passo da Vida
Autor: Carol Alves
Editora: Publicação Independente
Ano de publicação no Brasil: 2017
Número de páginas: 85
Onde encontrar: Skoob
Nota: 4 / 5


Liana é uma bailarina com um futuro promissor. Ama o balé, é uma das melhores alunas e pratica desde criança. Porém um acidente de carro muda tudo, e ela precisa desistir do sonho de dançar. A recuperação é lenta, Liana fica um tempo sem conseguir andar, depois passa a andar com ajuda de muletas, e por fim, passa a andar com uma bota ortopédica.

Em meio a isso tudo, Liana precisa se mudar de cidade por causa do emprego da mãe, se adaptar a uma nova rotina, à novas pessoas e lugares. Começa a estudar em uma escola nova, e acaba se dando bem com todas as pessoas de lá. Um dia, numa livraria, encontra um diário e o leva pra casa. Descobre que é de uma menina chamada Carol, e começa a lê-lo. 

Aos poucos, Liana vai percebendo que sua história de vida pode ajudar Carol de alguma forma. Carol tem câncer, e no diário escreve dizendo que odeia saber que sua família está triste por sua causa. Se sente culpada por ter câncer. E Liana vai tentar, de alguma forma, ajudar a menina que ela ainda não sabe quem é.

Gostei muito do livro. Em alguns momentos pareceu sim que era drama demais para um livro só, e por isso não dei nota total, mas foi uma experiência ótima. Gostei muito do fato de que na escola, Liana se deu bem com todo mundo. Mesmo em textos feitos para adolescentes, e protagonizados por adolescentes, não precisa ter rivalidade escolar, bem típica de filmes e livros destinados à esse público.

Tem uma pitadinha de romance, mas o tema central é superação. Tanto a superação que tem que partir exclusivamente da gente, quanto a superação vinda com a ajuda de outras pessoas. Algumas coisas Liana teve que passar sozinha, para que pudesse ajudar outras pessoas a passarem pelo mesmo. É um ebook maravilhoso, recomendo muito que comprem e leiam, pois com certeza vai te trazer alguma lição.









segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

Leitura todo dia #123

Leitura todo dia! Esse post é sobre o projeto criado pela Nine Stecanella para incentivar a leitura. Minha meta com o projeto é sempre ler 35 páginas por dia. Como esse post tem duas semanas compiladas, a meta é ler 525 páginas. 

Minha meta, citando os livros, é concluir a leitura de A Cor Púrpura e dar o máximo de andamento possível à No Seu Pescoço. E começar Iaiá Garcia, ler o máximo que eu puder desse livro.












No dia dezesseis eu li 31 páginas de A Cor Púrpura da Alice Walker. Estou amando a leitura desse livro! É bem forte, tem muita violência, de todos os tipos possíveis, então quem tem gatilho com coisas extremamente machistas, como violência doméstica, não recomendo que leia. Tendo gatilho ou não, já aviso que as cenas são desconfortáveis. Agora que já cheguei estou no final, tá diminuindo, por que a história tá tomando outro rumo, mas assim, principalmente nos primeiros capítulos, é muito doído ler o livro.


No dia dezessete eu li 56 páginas de A Cor Púrpura e concluí a leitura desse livro maravilhoso! O final foi um pouco do que eu esperava, com um pouco de coisas que eu estava rezando pra não acontecer. Gostei muito da leitura, foi um dos melhores livros que li nesse ano, e com certeza é um favorito da vida. E uma coisa que fica bem clara no livro é: mulheres pretas, empodere outras mulheres pretas!

Li também 41 páginas (dois contos) de No Seu Pescoço. Especificamente os contos Fantasmas e Na segunda-feira da semana passada. No primeiro, um professor encontra um antigo amigo, que todos pensavam que havia morrido na guerra, e eles conversam. No segundo, uma babá contratada pelo pai da criança descobre a mãe da criança é pintora. A mãe fica o dia inteiro no porão, e quando finalmente sai, a babá fica encantada.


No dia dezoito eu li 7 páginas de História de Trinta Dias do Machado de Assis. Sei que existe uma versão, com esse nome e com muitas páginas, mas a versão disponibilizada pelo MEC só tem essas 7 páginas mesmo. Vou considerar como um texto lido! São crônicas bem humoradas sobre o que estava acontecendo no Brasil no final do século XIX.


No dia dezenove eu li 39 páginas do conto Fully stuffed, de uma coletânea de contos eróticos chamada "Her big stuffing". Os contos são em inglês. Eu fiquei sem energia em casa, e essa era a única coletânea de contos que eu tinha baixado no app do kindle no celular. Então li esse, e também li 30 páginas de Without protection. Em termos de gosto, eu preferi o primeiro. Nele a protagonista conhece uma "sociedade" que se reúne pra fazer sexo. No segundo, a protagonista do conto transa com o vizinho que é mais velho, basicamente.

E li também 13 páginas (dois capítulos e meio) de Iaiá Garcia. Olha, confesso que pensei que o livro seria mais animado. Vi várias pessoas falando bem dele recentemente, inclusive a Nine Stecanella, mas, pelo menos nessas primeiras páginas, não achei nada de muito bom no livro. 


No dia vinte eu li 11 páginas (um capítulo e meio) de Iaiá Garcia. No dia vinte e um eu li 4 páginas  (um capítulo) de Iaiá Garcia e 5 páginas de No Seu Pescoço. Comecei a ler ele na aula de embriologia, por que foi só apresentação de seminário, e nem todos os temas me interessavam de verdade. Mas chegou um momento que meu cérebro simplesmente cansou, e parei de ler haha.


No dia vinte e dois eu li 15 páginas do conto Jumping Monkey Hill do livro No Seu Pescoço. É um conto sobre escrita, em que a personagem vai pra um resort participar de um concurso. Tem gente de muitos países africanos, e isso é muito interessante. Cada país africano tem uma cultura, e é um conto ótimo pra mostrar isso.


E por fim, li algumas fanfics. Vou citá-las e colocar o link pra elas no nome delas. É só clicar pra ler. Todas elas são sobre SHINee. Lembrando que, segundo algumas pesquisas, cada página de livro no tamanho A5 (tamanho de livro normal) tem em média 400 palavras. Foi isso que usei pra colocar a quantidade de páginas lidas.

Inspired - 3 páginas




No dia vinte e três eu li 7 páginas (um capítulo e meio) de Iaiá Garcia. O livro até está ficando mais legal, mas eu simplesmente perdi o tesão de ler. E nem de ler ele, mas de ler qualquer coisa. No dia vinte e quatro eu li 15 páginas (três capítulos) de Iaiá Garcia. Agora o livro está realmente ficando bom. Quem for ler, depois dos 30% o livro melhora.

E li também 3 páginas de uma fanfic do Onew, escrita pela Gaby Brandalise. Clique aqui se quiser lê-la pelo twitter. Ela tinha feito a fanfic, originalmente, pelos stories do instagram, e depois postou no twitter.












Nos dia vinte e cinco e vinte e seis não teve leitura. No dia vinte e sete eu li 14 páginas (dois capítulos) de Iaiá Garcia. E li 4 páginas de uma fanfic chamada No Manners. Odiei o jeito que a narrativa foi construída, essa coisa de ficar colocando os nomes dos personagens antes das falas, como num teatro. Eu acho que os personagens TÊM que ser diferentes e que o autor tem que conseguir deixar isso claro sem precisar deixa explícito quem tá falando. Mas se você gosta de erotismo, a parte erótica é ótima!



Nos dia vinte e oito e vinte e nove não teve leitura, novamente. No dia trinta eu li 19 páginas (dois capítulos) de Iaiá Garcia. Queria concluir a leitura, mas acabei preferindo escrever. Inclusive foi o dia em que eu coloquei o primeiro capítulo do meu livro no Wattpad, clique aqui para lê-lo!



Li 339 páginas nessas duas semanas, o que dá a média de 22,6 páginas diárias.

Coloco aqui uma errata sobre as contagens das semanas anteriores. Eu esqueci de anotar dois dias de leitura, e acabei não colocando eles aqui no blog. Mas quero dizer que eu li, em novembro 828 páginas, o que dá uma média de 27,6 páginas por dia. Não alcancei a meta, mas gostei das leituras que fiz, e recomendo todas. 



A Cor Púrpura - 87 páginas lidas Concluído
História de Trinta Dias - 7 páginas lidas Concluído
Fully stuffed - 39 páginas lidas
Without protection - 30 páginas lidas
Jealousy and Seduction - 4 páginas lidas Concluído
Inspired - 3 páginas lidas  Concluído
Guilty Pleasure Dungeon - 18 páginas lidas Concluído
No Manners - 4 páginas lidas Concluído
Fanfic da Gaby Bradalise - 3 páginas lidas Concluído
Iaiá Garcia - 83 páginas lidas
No Seu Pescoço - 61 páginas lidas





domingo, 1 de dezembro de 2019

Resenha: Tartarugas Até lá Embaixo, de John Green





























Título: Tartarugas Até lá Embaixo
Autor: John Green
Editora: Editora Intrínseca
Ano de publicação no Brasil: 2017
Número de páginas: 272
Onde encontrar: Skoob
Nota: 5 / 5



Tartarugas Até lá Embaixo é um romance de John Green. Aza Holmes, a protagonista, tem ansiedade, que em alguns momentos se torna crises de pânico. Isso faz com que várias coisas na vida dela sejam diferentes, e com que ela evite várias coisas. Aza fica ansiosa principalmente quando o assunto são germes, ou seja, bactérias, vírus e fungos. 

Quando criança, machucou a ponta de um dos dedos, e nunca deixou o machucado cicatrizar, pois o alívio para a sua ansiedade é sempre ver que o machucado está novo. Com o machucado estando novo, o risco de ter bactérias lá dentro e, com a cicatrização, elas irem pelo corpo, é menor. Então Aza fica abrindo o machucado, diariamente, para ter certeza que nenhum germe está fechado em seu corpo. E para isso, sempre que abre o machucado, passa álcool e coloca um novo band-aid.

Sua melhor amiga, Daisy, é super fã de Star Wars, e escreve uma fanfic amorosa de Rey e Chewbacca.  Aza vive apenas com sua mãe, pois seu pai morreu quando ela era criança. Quando era criança, Aza conheceu um menino muito rico, que morava perto do rio que fica atrás da casa dela. E depois de ter crescido, ela percebe que precisa voltar a falar com o menino, Davis. Ele já foi um dos crushes de infância de Aza, e por isso, voltar a falar com ele, no início, é difícil, sabendo que muito da motivação é a recompensa em dinheiro.

"Ele: Tá por aí? Eu: Sim. Quer falar no FaceTime? Ele: A gente pode se ver no mundo real? Eu: Pode, mas não sou uma boa companhia no mundo real. Ele: Eu gosto de você no mundo real. Que tal agora? Eu: Ótimo. Ele: Traz o casaco. Está frio lá fora, e o céu está limpo"

Acontece que o pai desse menino foi descoberto pela polícia como um grande criminoso, e quem tiver qualquer informação relevante sobre ele, vai ganhar muito dinheiro como recompensa. Daisy quer o dinheiro, e como Aza conhece o filho desse homem, Daisy enfia Aza no meio dessa história, e juntas começam a investigar da maneira como podem.





























Algo que devo dizer é que esse livro me deu ansiedade. Eu já tenho ansiedade e síndrome do pânico, e mesmo não estando em época de fragilidade quando li esse livro, em alguns momentos eu fiquei bem incomodada. E pra piorar, durante a leitura, eu bati o dedo numa mesa na faculdade e cortei, e a todo momento que a Aza mexia no machucado do dedo dela, eu mexia no meu. Então não é um livro que recomendo pra todo mundo. Se você tem ansiedade e já está vivendo uma fase super ansiosa da sua vida, evite.

"O que eu quero saber é: existe um “eu” que não depende das circunstâncias?

Eu gostei muito do livro pelo fato de ele trazer uma personagem com ansiedade, e que mesmo com todas essas coisas que interferem na vida dela, como ela morrer de medo de hospital por causa das bactérias, ela tem uma vida normal. Ela frequenta a escola, ajuda a mãe em casa, tem paixonites, tem uma amiga que sempre tá junto, briga com a mãe e com a amiga (assim como todo adolescente) e está confusa com vários sentimentos. O que faz o livro ser tão lindo, são as aventuras que Aza vive, e viver a vida vai muito além de ter ansiedade ou não.

Aza é uma adolescente normal, que tem a peculiaridade de ter ansiedade. Ansiedade deve sim ser vista como algo sério, tem que ser tratado com tratamento psicológico, e se precisar, psiquiátrico, mas ansiedade não é um bicho de sete cabeças. Ficar perto da pessoa ansiosa não vai te tornar um ansioso, não vai piorar ou estragar a sua vida, e principalmente, o preconceito com essa pessoa só vai fazer mal.

"Fui passando de foto em foto, nos vendo rejuvenescer. Minha mãe num triciclo minúsculo segurando uma Aza pequenina nos ombros; eu tomando café da manhã, o rosto todo sujo de açúcar e canela. As únicas fotos em que meu pai aparecia eram selfies, mas os celulares da época não tinham câmera frontal, o que impedia um enquadramento preciso. As imagens inevitavelmente saíam tortas e cortavam algum pedaço do nosso rosto, mas pelo menos eu sempre saía, grudada na minha mãe — eu vivia agarrada com ela"

Se você é uma pessoa com ansiedade, procure algum tratamento. Procure tratamentos energéticos e espirituais, com certeza vai te fazer bem! Ou procure tratamentos convencionais mesmo. Se você convive com um ansioso, apoie ele, dê total apoio pra que ele corra atrás dos sonhos e projetos, e sempre repita para ele que tudo vai ficar bem. Essa simples frase clichê pode mudar o dia da pessoa. E sendo uma pessoa ansiosa, ou convivendo com uma, lembre-se sempre de que abraços resolvem muita coisa!

Recomendo super a leitura, é um livro incrível, principalmente para perceber que pessoas com transtornos psicomentais podem ter vidas muito boas. Apenas não recomendo para pessoas que tem gatilho com alguma das coisas descritas aqui. Se caso quiser ler, leia apenas em momentos bons, evite o livro em momentos de fragilidade. Aos demais, e aos que estão em momentos bons, leiam, com certeza você vai tirar algum ensinamento do livro!




sábado, 30 de novembro de 2019

Do mês: Novembro / 2019

Frase do mês
"そばにいるよ、ずっと". Estarei ao seu lado, sempre. Frase da música From Now On, do SHINee.


Música do mês
Hallelujah, do Jonghyun. Tudo que esse homem fez é perfeito, recomendo qualquer música. Mas essa aqui... nossa senhora, isso evoca uma sensualidade que é quase um crime ouvir essa música.


Série do mês
Big Mouth. É animação, tem muita putaria, tipo muita mesmo. Fala sobre crianças entrando na puberdade, então é muita putaria MESMO. É uma série da Netflix.


























Canal do mês
Gaby Brandalise. E acho que tá bem nítido que voltei a ouvir kpop, ne? É isso mesmo! Não sei se vou falar muito disso aqui no blog, mas certamente falarei disso no canal e nas minhas redes sociais. A Gaby fala sobre kpop, mas também fala muito sobre escrita, e por causa desses vídeos, até comecei a escrever um livro!


Livro do mês
A Cor Púrpura, de Alice Walker. Uma mulher preta falando sobre uma mulher preta.



Inspiração do mês
Kim Jonghyun. Ele foi o que mais me inspirou, e agradeço à Deus por isso.


Foto do mês
A filha de Oxóssi quando tá no mato não quer guerra, ne?





quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Resenha: Helena, de Machado de Assis

























Título: Helena
Autor: Machado de Assis
Editora: Domínio Público
Ano de publicação no Brasil: 1876
Número de páginas: 139
Onde encontrar: Skoob
Nota: 5 / 5


Helena é um romance de Machado de Assis. O pai de Estácio morre, e deixa um testamento dizendo que tem uma filha bastarda, Helena, e que ela deve ir morar na casa da família e receber todos os direitos que tem como filha. Dona Úrsula, tia de Estácio, não concorda com isso, recebe a menina com mau gosto e de início, faz o possível para que Helena se sinta mal e saia dali. Úrsula tem medo que a reputação da mãe da menina (que nem se sabe quem é), manche o nome da família.

Helena é uma jovem muito bondosa, trata a todos com muito amor e carinho. Dona Úrsula certo dia fica doente, e quem vai cuidar dela com afinco é Helena. Durante esse período, Helena também estreita laos com Estácio. Começa a passear com ele à cavalo, mostrando que sabe muito bem como domar o animal, e conversando sobre sua vida atual com o meio irmão.

"Não será amor como você quisera que fosse, mas é o amor que ela lhe pode dar, e é muito..." Página 63

Após o período de doença, Úrsula começa a ver Helena com outros olhos, e vai entendendo que, mesmo que a reputação da mãe da garota seja ruim, Helena não é sua mãe. Helena é uma mulher inteira, completa em si mesma. E em vários momentos ela vai fazer questão de mostrar que ela é uma mulher decidida, que não aceita injustiças, e que sempre resolve as coisas com amor, da melhor maneira que pode.

Ela vai conquistando seu espaço na família, e na vida pessoal de cada pessoa. Vai se soltando e mostrando mais de si mesmas. Mas como toda pessoa, Helena também esconde segredos.

"Alguns segundos antes era sincera a melancolia que lhe ensombrava o rosto. Agora regressara à jovialidade de costume. Dissera-se que a alma da moça era uma espécie de comediante que recebera da natureza ou da fortuna, ou talvez de ambas, um papel que a obrigava a mudar continuamente de vestuário" Página 32.

Até agora, depois de mais de um ano e meio de Projeto Machado de Assis, esse foi o livro que eu mais gostei de ter lido! Pelo menos dos que foram escritos pelo Machado de Assis. É a primeira vez que gosto tanto de algo que ele escreveu. Isso por que Helena é um livro, com uma protagonista mulher, que não coloca a mulher em posição de submissão.

Helena é obediente aos mais velhos e tenta agradar todo mundo, mas também sabe se impôr quando percebe que é necessário. Helena luta pelo bem daqueles que ela ama com muita devoção, como se ela dependesse de cada pessoa para continuar viva. Os momentos finais do livro me emocionaram de maneiras indescritíveis, e me surpreenderam muito também.

"O desespero comprimido tumultuava no coração, prestes a irromper" Página 60.

Um dos motivos que me levou a gostar muito do livro é que o final é realmente surpreendente, em momento algum da leitura eu pensei que aquilo fosse acontecer. É um livro muito bem escrito, e para os que gostam de romance de época com personagens masculinas fortes, esse livro é pra você!

"Não são idéias, são sentimentos. Não se aprendem; trazem-se no coração" Página 25.

A escrita do Machado de Assis está impecável nesse livro, mais perto do que Dom Casmurro é. Pra mim, até agora, foi a leitura em que Machado de Assis esteve mais maduro. Já li 2 décadas (20 ANOS) de escritos do Machado de Assis, e com certeza, se for pra eu te recomendar a melhor leitura até agora, vai ser essa. Você que gosta de livros com personagens femininas fortes não pode perder!