quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

Resenha: A Cor Púrpura, de Alice Walker



Título: A Cor Púrpura
Autor: Alice Walker
Editora: Círculo do Livro
Ano de publicação desta edição: 1982
Número de páginas: 240
Onde encontrar: Skoob
Nota: 5 / 5


A Cor Púrpura é um romance epistolar, ou seja, uma história longa contada através de cartas. Celie é que narra essa história, direcionando as cartas à Deus. Ela teve uma infância difícil, seu pai era um homem terrível, e a estuprou várias vezes. Em duas dessas vezes ela ficou grávida, e nas duas vezes ele tirou as crianças dela e nunca disse o que fez. Um homem queria se casar com a irmã mais nova de Celie, e ela se ofereceu no lugar da irmã, e já que o pretendente apenas queria uma esposa por que a antiga havia morrido, e ele precisava de alguém pra cuidar as crianças, não importava quem seria.

"- Já passei pelo meu azar, - diz ela. - O bastante para ficar a rir o resto da vida." _ Página 162.

Ela vai então para a casa do novo marido, precisa cuidar dos filhos dele, cuidar da casa, e ainda precisa trabalhar na lavoura, caso contrário o homem bate nela. Celie até chama o marido de Sinhô, pois ela é mais uma escrava do que esposa, e na maioria das vezes que o chamam pelo nome, Albert, ela não se toca de que estão falando dele.

O inferno continua até que Shug aparece. Ela é uma cantora, tida como musa por uns e prostituta por outros. Ela é a "verdadeira paixão" de Albert. Ela se hospeda na casa dele por um tempo, pois está doente, e nesse período, ela e Celie ficam bem amigas, e o Sinhô vai parando de bater em sua esposa.

Shug ensina Celie o que é ser mulher. Celie sabe o que é ser escrava, mas não sabe o que é ser mulher, já que nunca foi vista assim por ninguém. Seu pai a via simplesmente como alguém que ele tem tanto poder sobre, que pode estuprar sempre que quiser. Seu marido a vida como escrava da casa. Shug a vê como uma mulher, e vai falando pra ela as maravilhas de ser uma mulher realmente livre. Não se trata de liberdade da escravidão aqui, mas da liberdade de ser quem ela realmente é, de pertencer à ela somente. Apesar de que Celie não entende muito bem isso, e vai se entregando à Shug.

"- Escuta, - diz ela, - mesmo aí na tua passarinha há um grelo que fica a ferver quando fazes aquilo que sabes com alguém. Fica cada vez mais quente e depois se derrete. Essa é a parte boa. Mas também há outras. Muito trabalho de mãos e de língua." _ Página 74.

O leitor acompanha a vida de Celie do início da adolescência até o início da velhice. Todos os desafios pelos quais ela precisa passar, e principalmente da mudança interna. No início do livro, Celie aceita tudo que fazem com ela, não grita, não reclama, e aceita a condição em que está. Os traumas a deixaram tão submissa, que ela nem sequer se lembra que é humana em muitas das vezes.




Eu devo dizer que esse livro foi uma das melhores leituras que já fiz na vida. Fala sobre opressão, machismo, sobre o que é ser mulher, sobre liberdade, sobre família, sobre sexualidade, sobre religião, sobre tudo que nos prende em caixinhas que não nos suportam.

Eu gostei muito da Shug, é com certeza minha personagem favorita desse livro. Mesmo numa sociedade extremamente machista, onde muitos a enxergam como puta, ela faz o que quer, dorme onde quer e com quem quer, canta e dança onde quiser. É realmente uma mulher livre. Por que uma coisa que o povo negro precisa entender é que ser livre é muito mais do que apenas não ser escravo, é conseguir fazer o que quiser sem ser morto por isso. Claro, mantendo o respeito aos outros e à vida.

O livro fala muito de como os negros, principalmente os retintos, são animalizados à todo custo, e como eles são vistos, perante os negros de pele clara, como pessoas "menos boas". Isso tudo por que os brancos conseguiram fazer com que os negros odiassem à si mesmos e aos outros negros.

"As gravuras que ilustram as palavras. Toda aquela gente é branca e então pensamos que toda a gente de que a Bíblia fala era branca também. Mas naquela época as pessoas brancas viviam noutros lados. É por isso que a Bíblia diz que Jesus Cristo tinha o cabelo como a lã de um cordeiro. A lã dos cordeiros não é lisa, Celie. Nem sequer só ondulada." _ Página 119.

Acompanhar Celie evoluindo como pessoa, mesmo que bem devagar, e demorando bastante pra isso começar a acontecer, é emocionante. Claro que tem tropeços e momentos em que parece que ela está estagnada, mas parte do processo de evoluir é também parar um pouco pra entender onde você está, pra onde deve ir e o que deve fazer.

É um livro que recomendo à todos, de olhos fechados, por que é muito emocionante, dramático, eu fiquei com raiva de 100% dos personagens masculinos nesse livro, por que o machismo com a mulher negra nunca vem só, sempre vem acompanhado do racismo, então tem muitas cenas revoltantes no livro. E tudo isso o torna ainda mais reflexivo e até educativo. Se você é uma pessoa negra, leia esse livro. Se você é uma pessoa branca, presenteie algum negro com esse livro. E claro, você ser de outra raça/etnia não te impede de ler esse livro, mas tome bastante cuidado pra não romancear demais, ou pra não começar a achar que a vida é uma grande merda.

"- Com as calças tiradas, - digo, - todos os homens para mim parecem rãs. Não interessa como é que eles nos beijam, quanto a mim, continuam a parecer rãs." _ Página 211.

Eu vivo uma realidade diferente da que é narrada no livro. Nunca fui estuprada, não me casei cedo, não tenho filhos, nunca trabalhei na lavoura. Mas as coisas que machucavam a Celie, os episódios de machismo, de ser vista como escrava só por que era negra, isso tudo são coisas que a maioria das mulheres negras , hoje, continuam vivendo.

Por isso, é um livro mais que recomendado, espero que leiam e que se sintam tão tocados e mexidos quanto eu me senti. É um livro bom demais pra que você perca mais um ano sem lê-lo, por isso, coloque ele nas metas desse ano, com certeza vai ser uma escolha incrível!





segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Leitura todo dia #129



Mais uma semana de leitura! O projeto Leitura todo dia foi criado pela Nine Stecanella há alguns anos, pra que a gente se una nesse propósito de ler diariamente. Minha meta pessoal para este ano de 2020 é ler 30 páginas por dia, MAS como estou participando da Maratona Literária de Verão, do Victor Almeida, minha meta é 60 páginas por dia. Vamos lá!


No dia dezesseis eu li 54 páginas (cinco capítulos) de Tempo Ruim da Anita Ganeri e concluí a leitura do livro! É um livro que fala sobre fenômenos meteorológicos, de uma forma bem didática pras crianças. Eu amei muito o livro e aprendi muito sobre furacões, ciclones, tempestades e coisas do tipo. Inclusive aprendi que raios fazem bem para a saúde do solo, então por isso depois de grandes tempestades as plantas crescem mais saudáveis e rápido! Li também 28 páginas (cinco capítulo) de Psicopata Americano.
















No dia dezessete eu li 63 páginas (cinco capítulos) de Psicopata Americano. No dia dezoito eu li 81 páginas (nove capítulos) de Psicopata Americano. É um livro que não recomendo se você for sensível. Tem muita coisa bem sinistra, ao nível de o protagonista ter colocado queijo dentro da vagina de uma mulher, e soltado uma ratazana lá dentro pro animal comer os órgãos internos da mulher. E isso é uma das coisas mais leves que tem no livro.


E no dia dezenove eu li 10 de páginas (um capítulo) de Psicopata Americano. E li também 36 páginas (dois capítulos) de Vagina - Uma Biografia. Como o título já diz, é um livro que fala sobre Vagina, e por enquanto está sendo uma abordagem mais científica, explicando sobre nervos e como isso atua no corpo feminino cis. Algo que achei importante é que a autora, Naomi Wolf, deixa claro que ela vai falar pelo ponto de vista científico e social de mulher cis hétero. Vivências de mulheres trans, lésbicas e bi merecem um livro inteiro pra elas, e ela não é a melhor mulher pra falar dessas outras vivências. Achei isso bem sincero, e fica claro que a autora considera outras vivências além da que ela descreve no livro.



No dia vinte eu li 13 páginas (um capítulo) de Vagina. E li 10 páginas (dois capítulos) de Psicopata Americano. Li bem pouco, estava meio desanimada no dia, mas não queria ficar sem ler, então li um pouquinho de cada livro!



Já no dia vinte e um eu li 124 páginas (vinte e dois capítulos) de Psicopata Americano e concluí a leitura do livro! Foi uma leitura bem pesada, que não recomendo pra qualquer pessoa. Só recomendo se você acha que consegue ler o livro MESMO, de boa. A maioria das vítimas do protagonistas são mulheres, o livro é bem detalhado sobre a tortura e a morte delas, então não recomendo que você leia se for uma pessoa sensível.

Também li 21 páginas (meio capítulo) de Vagina. E segue tendo bastante conteúdo científico, mesclado com experiências da autora com a sexualidade. Algo interessante que o livro aborda é falar que mulheres que estão bem com a vida sexual ficam mais felizes, e mostrar biologicamente que isso realmente acontece, por causa do hormônio chamado dopamina, que é liberado quando fazemos atividades felizes, sendo que o sexo é uma dessas atividades felizes.


No dia vinte e dois eu li 15 páginas do ebook Guia do Lettering. Foi meio decepcionante. A autora do ebook é Marina Viabone, que manda super bem no leterring, que é a arte de desenhar com palavras. Eu esperava encontrar dicas de como fazer lettering legais, já que eu uso isso na faculdade, no meu bullet journal e em alguns desenhos meus, mas encontrei folhas com aquilo de "passe por cima". Sabe quando você é criança e compra caderno com a forma das letras já escritas, só pra você passar por cima? É isso que tem no ebook. Páginas de dicas tem umas 5 só, e são basicamente falando sobre cada tipo de letra que existe formalmente, e que elas são a base para o lettering, algo meio óbvio, por que a menos que você invente um alfabeto, você tem que usar uma letra/fonte como base pro lettering. Ok, foi um ebook gratuito, pra divulgar o curso que ela vai dar, e até tem uma ou duas dicas legais, mas foi bem decepcionante pra mim.

E li 9 páginas (continuei o capítulo) de Vagina, que foi uma leitura bem melhor.


E finalmente, no dia vinte e três eu li 24 páginas (meio capítulo + meio capítulo) de Vagina. Estou gostando bastante do livro, apesar de achar que ele tem muita informação técnica demais, que apenas pessoas mais estudadas vão entender. Pessoas mais estudadas em biológicas, claro, já que é um livro que mistura biologia e sociologia. Tem muitos termos técnicos de biologia que nem eu, que faço graduação em biologia sei, então eu sei que muitas pessoas podem ter dificuldade com isso. Mas acho que é um livro bem válido, junta várias ideias de vários cientistas, o que torna o acesso à essas informações mais facilitado.

Li 7 páginas de Comunicação Não Violenta em Sala de Aula, que é um ebook curtíssimo sobre como devemos nos comunicar com alunos, focando em crianças. São coisas bem básicas, do tipo: não julgar, procurar entender o aluno, ser gentil; mas a gente precisa ler que PRECISA fazer isso, de vez em quando. É como a maioria dos livros de auto ajuda. Quando a gente lê, parece mais real e palpável, né?

E por fim, li 21 páginas de Como se Manter em Equilíbrio em Uma Sociedade Catatótica. Que é um ebook rapidinho de auto ajuda. As dicas não são super inovadoras, mas são coisas que vieram no momento certo: criar laços mais fortes com a espiritualidade, entender mais sobre quem eu sou à partir da espiritualidade. Sei que não é uma coisa que ateus vão gostar, ne? Mas como eu amo Jesus acima de todas as coisas, ler que preciso me esforçar pra manter laços com Ele, é bom. 



Li 516 páginas nessa semana, o que dá uma média diária de 64,5 páginas. Foi uma semana incrível de leituras, mesmo eu tendo lendo pouco em alguns dias. Em comparação com a semana anterior, eu li -36 páginas, o que é super ok, considerando que semana passada eu li muito. E já aviso que provavelmente na última semana do ano eu vou ler mais ou menos essas 500 páginas, ou até menos, e tá tudo bem. Eu li bastante nos últimos dias por que estou participando da Maratona Literária de Verão, organizada pelo Geek Freak. Em dias normais, minha meta é ler 30 páginas por dia mesmo.









quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Resenha: Iaiá Garcia, de Machado de Assis


























Título: Iaiá Garcia
Autor: Machado de Asiss
Editora: Domínio Público
Ano de publicação desta edição: 1878
Número de páginas: 107
Onde encontrar: Skoob / Machado de Assis (MEC)
Nota: 5 / 5



Iaiá é filha de Luis Garcia. Ela é criança no início do livro, e seu pai vive exclusivamente para que sua filha seja feliz, afinal, ela perdeu a mãe, e para compensar isso, faz o possível para que a filha tenha tudo do bom e do melhor. Há um escravo alforriado, Raimundo, vivendo na casa de Luis Garcia, que não o trata como escravo, e sim como um amigo, apesar de sim, Raimundo ser a pessoa que faz as tarefas de casa.

Por causa da relação de amizade estabelecida por seus pais, Luis frequenta a casa de Valéria, já que ela se encontra numa situação difícil. Seu filho, Jorge, está apaixonado e ela não aprova a paixão, então pede que ele vá para a guerra. Luis então é encarregado da tarefa de fazer com que Jorge aceite melhor a ideia de ir pra guerra, ou que desista do romance impossível.

"Foi um capricho que passou, como todos os caprichos; foi como a chuva de ontem, que deu apenas alguns salpicos de nada. E contudo parecia que vinha abaixo o Céu. Não é? a paixão dele não é como a trovoada?"

Jorge não desiste da romance e vai pra guerra. Sempre escreve cartas à Luis, falando da paixão que ainda nutre, da paixão que a guerra não conseguiu matar. Só que um dia ele recebe uma carta de Luis. Ele se casou com Estela, e Valéria foi a mediadora. Acontece que Estela era justamente esse amor proibido de Jorge.

"Jardim fechado, como a esposa do Cântico, viu subitamente rasgar-se-lhe uma porta, e esses dez minutos foram a sua puberdade moral. A criança acabara; principiava a mulher."

O livro foi uma surpresa pra mim! O início não me animou tanto, e com início devo dizer que foram os primeiros capítulos, já que eles foram focados em Luis e Iaiá dentro de casa. Assim que o foco do livro saiu desses dois personagens e foi para cenários com mais pessoas, eu passei a amar o livro, e seguiu assim até o final!

É um livro com bastante romance, mas com muito drama também, já que todos os romances ao longo do livro parecem impossíveis, ou bagunçados, mas o desenvolvimento desses aspectos é muito gostoso de acompanhar. O desenvolvimento de Iaiá também é algo muito interessante de ler, por que o livro começa quando ela é bem criança, e vai até a fase adulta, onde ele já tem responsabilidades e precisa ser uma mulher de fato.

É um livro que recomendo muito, um dos melhores livros do Machado de Assis que li até agora, e considerando que já li metade do que ele escreveu, é um título bastante bom, ne? Se o início te desanimar, continue mesmo assim. É um livro meio "Casos de Família", então se você gosta desse estilo, continue, e vai ter muita diversão na maior parte do livro!



terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Leitura todo dia #128

Mais uma semana de Leitura todo dia! O projeto foi criado pela Nine Stecanella. Se você não conhece, clique aqui para conhecer o canal da Nine e conhecer o projeto. Minha meta para esse ano é ler 30 páginas por dia, porém, como vou participar de uma maratona, quero conseguir ler ao menos 60 páginas por dia! Vamos lá!


No dia oito eu li 50 páginas de Mistérios e Práticas na Lei de Umbanda. Não anotei quantos capítulos foram. Concluí a leitura desse livro, e foi uma leitura regular. Eu não recomendaria esse livro pra pessoas que não conhecem a religião, por que ele pode dar várias ideias erradas. Umbanda é uma religião que respeita o livre arbítrio, então não vai ter essa coisa de ficar julgando o que você escolhe fazer da sua vida, desde que isso não interfira no livre arbítrio de outras pessoas. Então assim, você ser gay não te faz uma pessoa ruim, você ser do candomblé não te faz uma pessoa ruim, e você ser mulher não te faz uma pessoa ruim. E esse livro fala isso, e é o motivo pelo qual eu não consegui gostar do livro, mesmo ele tendo coisas legais sobre umbanda que realmente me ajudaram a entender melhor a religião. Esse livro foi escrito em 1962, então é compreensível essa visão retrógrada do autor, mas foi algo que me incomodou muito, então não consigo dizer que gostei realmente da leitura.

Para os que não sabem, meu TCC vai ser sobre educação na cultura afro-brasileira, e uma das coisas que quero fazer é pesquisar os terreiros, mas quero ter bastante conhecimento teórico pra isso.

Li também 22 páginas do conto The Resident Pacient do livro The Adventures and Memoirs of Sherlock Holmes. Se tudo der certo, nessa semana sai meu comentário sobre esse conto. Gostei bastante, foi um dos melhores que li até o momento.

Li 37 páginas (sete capítulos) de Moby Dick. Finalmente voltei a ler esse livro! E por fim li 20 páginas de Doce Princesa Negra, que é um livro infantil sobre negritude. Não tem bem uma história, cada página tem uma coisa diferente da cultura negra, e fica tudo "unido" por que é sempre com a mesma protagonista.

















No dia nove eu li 10 páginas (vinte capítulos) de Salmos. Eu quero realmente terminar esse livro esse mês. É um livro bíblico bem grande, ne? Mas estou amando a leitura, é muito edificante. Tem algumas coisas que eu não concordo, do tipo "oh, Senhor, mate meus inimigos". Por que nem sempre seus inimigos são pessoas ruins, às vezes a pessoa ruim é você. E acho bem ruim oração contrária, que é aquela que faz com que alguém saia prejudicado. Pra mim, Deus só escuta a sua oração e responde, se todo mundo sair bem com o seu pedido.

Li 29 páginas (cinco capítulos) de Moby Dick. Eu quero muito terminar a leitura desse livro até março. Comecei a lê-lo em 2018, li umas 100 páginas e parei. Em 2019 eu li 30 páginas e parei. Esse ano essa leitura tem que dar certo. Como eu tenho fobia de mar, e obviamente não curto muito livros que se passam nesse cenário, é difícil pra mim ler, mas já que comecei, vou terminar. Estou lendo em inglês, o que deixa a leitura mais lenta, mas tudo está indo conforme o desejado.

E por fim, li 39 páginas (um capítulo) de Psicopata Americano. O livro começou bem diferente do que pensei que seria. Aparentemente é um homem normal, rico, machista pra caramba, que trabalha numa empresa enorme, vivendo sua vida. Aguardemos os próximos capítulos. Mas algo que devo ressaltar aqui é que a primeira frase do livro é "PERCA TODA A ESPERANÇA AQUELE QUE AQUI ENTRAR", que é uma adaptação de "Deixai toda esperança, ó vós que entrais", que é uma referência ao Inferno, de Dante, primeira parte de A Divina Comédia. É simplesmente incrível que o autor tenha feito essa referência, e já prepara o leitor pra possíveis atrocidades.


No dia dez eu li 70 páginas (cinquenta e seis capítulos) de Melhores Dicas Para Emagrecer Sem Sacrifício. É um livro que parece besta? Sim, mas tem dicas de alimentos que ajudam a emagrecer, como chá de canela (é abortivo, então cuidado), chá de gengibre e fibras. Comecei a tomar chá de gengibre, por que ele aumenta o metabolismo, isso significa, resumindo, que o corpo absorve menos gordura, por que não tem tempo pra isso. E gengibre também é ótimo contra resfriados, então é sempre bom consumir, mas sem excessos!

E li também 3 páginas (onze capítulos) de Salmos.


No dia onze, início da Maratona Literária de Verão, organizada pelo Victor do Geek Frek, eu li 33 páginas (três capítulos) de Psicopata Americano. Devo dizer que o livro não é nada como eu esperava que fosse. Tem muita coisa de roupas, o protagonista é rico e sabe o nome de todas as marcas chiques, e faz questão de ficar comparando quem se veste melhor. É meio esquadrão da moda. Não me incomoda, mas não acho que adiciona algo realmente à história.


No dia doze eu li 44 páginas (seis capítulos) de Psicopata Americano. No dia treze eu li 48 páginas (seis capítulos) de Psicopata Americano e ele finalmente começou a matar. Todo o início do livro é importante por que serve como uma belíssima introdução à mente do personagem e dos motivos que o levam a matar. E assim, é bem cruel. Pessoas que tem gatilho ou sensibilidade com tortura, não leiam esse livro!

Li também o conto de terror Quarta-feira Treze, que tem 7 páginas. Eu pensei que ia ser um conto "ok", por ser pequeno, né? Mas é um conto INCRÍVEL! Eu amei essa leitura. O conto em si é bem brisado, com coisas fantásticas (no sentido de fantasia) acontecendo, mas o final dá o tom do conto. O final é o que define tudo. E quando digo o final, é realmente isso, a última frase.

E por fim, li 28 páginas do ebook Não Sol Mais Céu. Quando eu percebi o trocadilho do título eu simplesmente não acreditei no clichê haha. É um livro ótimo se você quer só ler coisas bobas, sem se esforçar, e marcar algumas frases clichês pra colocar no status quando você se apaixonar ou quando terminar com alguém.


No dia quatorze eu li 51 páginas (três capítulos e meio) de Tempo Ruim. É um livro sobre furacões, tempestades, raios e tudo que envolve chuva. Ou seja, é um livro sobre meteorologia, só que pra crianças. É bem ilustrado, tem palavras bem fáceis de entender, explica tudo muito bem explicadinho. E tem testemunhos de pessoas que passaram por esses eventos traumáticos.


No dia quinze eu li 55 páginas (dois capítulos e meio) de Tempo Ruim. É incrível, e horroroso, o que um tornado é. E gente, mesmo que pareça estranho ler um livro sobre esse assunto, eu estou adquirindo tanto conhecimento prático sobre isso, e é magnífico. Mesmo que aqui no Brasil a gente não passe por isso, é importante saber, principalmente se você tem costume de viajar para os Estados Unidos ou Ásia.

E li 6 páginas de Bote de Rapé, que é um teatro super curto do Machado de Assis, sobre, literalmente, comprar rapé. Para os que não sabem, rapé é um pó de tabaco e outras folhas. Indígenas usam muito em seus rituais, mas no caso do rapé que era vendido na época, era basicamente tabaco e folhas com propriedades alucinógenas, ou seja, seria como ir comprar cocaína hoje em dia.


Li 552 páginas, o que dá uma média de 69 páginas por dia. É uma média ótima, acima do que eu queria, e espero que continue assim pelo restante do mês! Os livros que li para a maratona, especificamente foram: Psicopata Americano e Tempo Ruim. Moby Dick também está nos meus planos, pra eu li antes de começar a maratona de fato.



Mistérios e Práticas na Lei de Umbanda - 50 páginas lidas
Quarta-feira Treze - 7 páginas lidas
Não Sol Mais Céu - 28 páginas lidas
Doce Princesa Negra - 20 páginas lidas
Melhores Dicas Para Emagrecer Sem Sacrifício - 70 páginas lidas
Bote de Rapé - 6 páginas lidas
Salmos - 13 páginas lidas
Moby Dick - 66 páginas lidas
The Adventures and Memoirs of Sherlock Holmes - 22 páginas lidas
Psicopata Americano - 164 páginas lidas
Tempo Ruim - 106 páginas lidas












segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

Resenha: Holocausto Brasileiro de Daniela Arbex






























Título: Holocausto Brasileiro
Autor: Daniela Arbex
Editora: Geração Editorial
Ano de publicação no Brasil: 2013
Número de páginas: 256 páginas
Onde encontrar: Skoob
Nota: 5 / 5


Holocausto Brasileiro é um livro de não-ficção, jornalístico, sendo um compilado de fatos, entrevistas e fotos do que aconteceu no Colônia, hospício que ficava em Barbacena, Minas Gerais. A autora começa dando o contexto histórico da época. O hospital foi fundado em 1903, que possuía um cemitério próprio, o Cemitério da Paz, onde os internos eram enterrados.

Tinha 16 pavilhões, todos eles com nomes de grandes personalidades, como Afonso Pena e Zoroastro Passos. Cada pavilhão continha um tipo específico de pessoas: alguns eram destinados às mulheres, outros aos indigentes, outros ao que pagavam a pelo tratamento. Bom ressaltar que poucas pessoas pagavam a internação ali, o Estado pagava para a grande maioria.

A maioria dos internos eram negros e/ou pobres, a maioria era tratada como lixo, ou até mesmo pior. O fato de a maioria dos internos serem negros me faz pensar em algo que li recentemente. Uma moça do candomblé foi internada há algumas décadas por que dizia ouvir a voz de Oyá. Quantas pessoas espiritualistas não foram internadas como se fossem loucos? E quantas pessoas de religião de matriz africana não foi internada com a desculpa de que ouviam vozes de demônios?

Além disso, várias mulheres foram internadas ali por que desobedeceram o marido, ou por que eram prometidas em casamento e não aceitavam. Ou seja, a mulher, por querer decidir o melhor caminho para sua vida, era tida como louca, e era jogava no Colônia.

"Ou ainda Antônio Gomes da Silva, sem diagnóstico, que ficou vinte e um dos trinta e quatro anos de internação mudo porque ninguém se lembrou de perguntar se ele falava" _ Página 13.

O livro é composto de relatos dos sobreviventes e pesquisas da autora. Não falarei aqui de nenhuma história de vida específica, mas irei falar de coisas que as pessoas viveram lá dentro. Primeiramente, todos perdiam seus nomes e passavam a ser reconhecidos como números, muitas vezes nem isso. Como tinham muitos internos, não cabiam camas no local, então as pessoas dormiam em um monte de palha jogada no chão.

Muitos não tomavam banho, eles bebiam água do esgoto à céu aberto que havia no hospital, viviam em meio à sujeira, e obviamente isso tudo trazia muitos animais e muitas doenças. Muitos acabavam sendo comido pelos animais, durante a noite, enquanto tentavam dormir e ter algum momento de paz naquele inferno.

Mulheres que entravam no hospital grávidas, ou que engravidavam ali, tinham seus bebês tomados ao nascer. Muitas delas eram obrigadas a abortar, e para evitar isso, começaram a passar fezes na barriga, pois isso afastava os funcionários. Muitos internos eram tidos como escravos, realizavam trabalhos braçais a troco de nada, e o pior disso, é que os trabalhos eram feitos para a prefeitura. Ou seja, a todo momento o governo sabia do que acontecia ali, e concordava.

"A psiquiatria biológica não pode continuar centrada num biologicismo redutivista e prioritariamente medicalizador" _ Página 230.

As coisas já mudaram quando um fotógrafo entrou lá dentro, fotografou toda a miséria e tristeza do lugar, e expôs tudo. Isso atraiu os olhos da mídia, inclusive da mídia estrangeira, e por causa disso tiveram que modificar toda a estrutura social do "hospital". Foi um caso importante para a reforma psiquiátrica no Brasil. Mais de 60 mil pessoas morreram no Colônia.


Fonte da foto: Gazeta do Povo






























O livro trás as histórias dos poucos que sobreviveram ao Colônia. Boa parte deles estão em outros institutos. No livro conta que alguns institutos psiquiátricos de internação cede ao interno uma casa (que ele pode ou não dividir com outros internos) e eles é que devem tomar conta da casa. Isso trás mais conforto, e a sensação de que eles estão em casa, e não em um inferno. Eles também tem maior liberdade para decidir o que irão fazer, e isso faz com que o tratamento seja mais eficaz.

Alguns se conheceram lá dentro e se casaram, e hoje vivem bem em suas casas, com a família que construíram. Outros voltaram para suas famílias. No livro também há relatos de alguns funcionários, sobre como o hospital funcionava, e são relatos horríveis. Enfermeiras que eram obrigadas a aplicar eletrochoques fortíssimos em pessoas perfeitamente saudáveis, por exemplo, sendo que muitas dessas pessoas morriam ao receber o choque.

"- Como ele não absorvia mais a demanda, nós o desativamos. O cemitério foi criado praticamente junto com o hospital, por isso, a leitura que faço é que os doidos, assim como os negros, não eram enterrados junto com os normais - acredita Toledo, ao se referir à discriminação importa àquela população" _ Página 66.

O livro é bem forte, mesmo sendo narrado em terceira pessoa, passa bem o horror que as pessoas viviam naquele lugar. Eu chorei em diversos momentos, li o livro bem lentamente por que era tudo muito forte pra mim. Recomendo muito a leitura do livro, mas não para pessoas sensíveis que podem sentir gatilho em algo que falei aqui na resenha.

"Alegando estar faminta, ela pegou uma pomba no pátio, estraçalhou e comeu na frente de todos, dizendo que era seu único alimento. A cena chocante foi vista por centenas de pessoas, inclusive pelos atendentes, mas ninguém conseguiu enxergar o óbvio: em que a jovem paciente havia se transformado em uma década de internação. Tratada como bicho, ela comportava-se como um." _ Página 125.

O livro fala muito da importância do cuidado. O tratamento errado pode transformar a pessoa na pior coisa já vista no mundo, mas o tratamento com amor e cuidado transforma a vida da pessoa de uma forma tão única, boa, que não pode ser descrita de outra maneira que não algo divino.

Hoje, parte do Colônia foi transformado em museu, onde conta a história do hospital, fala dos horrores que aconteceram ali, e aponta para a importância da reforma psiquiátrica e como isso mudou muito os hospícios de todo o país. Claro que ainda existem hospitais psiquiátricos horríveis, que usam técnicas desumanas, principalmente em cidades pequenas, mas saber que atualmente isso é punível de formas mais severas, já é um avanço.

Recomendo que todos leiam o livro. Se alguma coisa citada aqui é um gatilho pra você, não leia em momento de fragilidade. Compre o livro e espere ficar bem, e então comece a leitura. É um retrato histórico do nosso país, e com certeza eu saí da leitura sabendo muito mais da História de Minas Gerais, estado em que vivo e amo. A história de um lugar não é somente as coisas boas, mas também as coisas ruins que aconteceram. Sabendo a história, a gente não repete, não sofre tanto e não causa sofrimento. Que nós, enquanto seres humanos, possamo continuar lutando todos os dias para que as pessoas sejam saudáveis, mentalmente e fisicamente, de uma forma humanizada. Pessoas que gostam de História e jornalismo, é um livro necessário.

domingo, 19 de janeiro de 2020

Resenha: Tiago (Bíblia)


























Título: Epístola de Tiago
Autor: Tiago
Editora: Editora Luz e Vida
Ano de publicação desta edição: 1998
Número de páginas: 3 páginas
Onde encontrar: Bíblia Online
Nota: 5 / 5


Atenção: Este post é uma resenha, não um estudo bíblico sobre o livro. Se procura um estudo bíblico, recomendo que vá até o meu blog de devocionais.

A Epístola de Tiago é uma carta, escrita por Tiago, para todas as igrejas. São conselhos e exortações, todos bem práticos, mas bem profundos também. É importante saber, desde o início, que esse Tiago que escreveu a carta, muitas vezes é identificado como o irmão de Jesus. Irmão no sentido de ser filho de Maria e José, assim como Jesus. 

Algo muito inteligente, dito já no primeiro capítulo é que Deus não envia nada que te faça mal. Quando é uma provação, você sempre vai perceber que tem alguma lição pra ser aprendida. Por exemplo, você estar numa dieta, e aparecer pessoas te chamando pra comer pizza de chocolate seria uma provação. Nas tentações, além de as propostas parecerem mais irrecusáveis, ela vem até você. Uma tentação seria seus amigos levarem a pizza até a sua casa e comerem na sua frente. As duas coisas vão te deixar mais forte, se você conseguir resistir, mas na provação é como se tivéssemos mais caminhos, mais opções. 

Deus prova, e sempre vai enviar provações, mas sempre teremos mais opções na nossa frente. Deus não nos tenta, não nos deixa em uma situação ruim de "sim" ou "não", onde ou você ganha tudo, ou perde tudo. Deus não vai te mandar coisas pra te fazerem mal, isso é responsabilidade sua, das suas escolhas, e das coisas ruins que você deixa ficarem perto de você.

"Se alguém entre vós cuida ser religioso, e não refreia a sua língua, antes engana o seu coração, a religião desse é vã." Tiago 1:26.

Essa citação é algo que amei. De que adianta você ter uma religião, seja ela qual for, se ela não te torna uma pessoa melhor? Tiago também fala sobre tratarmos todos de forma igual. Ou seja, tratar homens, mulheres, gays, trans, pobres, ricos, pedreiros, donos de empresas, negros, asiáticos, indígenas, todos da mesma forma: com amor. Não adianta nada acreditar em Deus, se essa crença não te transforma, não te torna uma pessoa melhor e mais inclusiva a cada dia. Não adianta levantar a voz pra falar que seu Deus cura e faz aquilo e aquilo outro, se você depois bate na sua esposa, bate no seu filho gay, se olha pras trans com nojo, se finge que os mendigos não existem. Deus não é isso, Deus é amor.

"Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta." Tiago 2:26.

Tiago também fala sobre algo que eu sempre falo: se você realmente tem Deus em você, as pessoas vão perceber, por que o que você faz vai ser diferente. As obras não são apenas ir até a igreja, ou ir até os presídios falar de Jesus. As obras são você ser um bom profissional, você ser honesto, você falar de Jesus com a sua vida. Se você realmente tem Deus, as pessoas ao redor vão ver, vão perceber isso. E não as pessoas da igreja, por que a conclusão mais rápida que elas vão ter é que, por estar ali, você tem Deus. Mas quando as pessoas de fora da igreja dizem que você tem Deus, aí sim você sabe que está no caminho certo, e é ótimo que isso esteja na bíblia, mesmo que seja uma passagem pouco pregada. Será por quê?

E a carta termina com conselhos mais gerais. Como ter paciência e saber que cada coisa tem seu tempo, e que apenas devemos ir plantando, regando, que alguma hora toda a água que colocamos, juntamente com a energia do sol, vai fazer com que cresça algo pra poder colhermos. O momento do plantio (começar a agir), rega (continuar) e espera é importante pra que nós possamos colher coisas boas no final. Sabe, não adianta muito você plantar algo, colocar algum tipo de fertilizante ruim (talvez dinheiro, ganância, ajuda de pessoas erradas), colher logo, mas esses frutos não matarem a sua fome, não serem o suficiente, ou te trazerem problemas depois.

Um dos últimos conselhos é sobre ajudarmos as pessoas e ter mais empatia. Chorar quando alguém está sofrendo, e gargalhar quando alguém está feliz. Sabe aquele seu amigo que estava mal ontem? Tente ajudá-lo. Se você não souber como, apenas seja um bom ouvinte. Ouça tudo e continue repetindo que Deus está no controle de tudo, e que Ele sabe o que é melhor. É importante que nós sejamos uma grande comunidade e rede de apoio, não importa qual seja a nossa religião, mas que essa empatia esteja em todos nós.

"Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis. A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos." Tiago 5:16

Recomendo muito a leitura à todos os cristãos e até aos que não são cristãos, mas simpatizam com os ensinamentos. A todos os protestantes, católicos, umbandistas, espíritas e quaisquer outras religiões cristãs espalhadas aí pelo mundo. É um livro bem curtinho, só tem 5 capítulos curtos e com certeza vai te trazer ensinamentos bons. Mas claro, leia com o coração aberto. E se analise também. Alguma coisa ali falou com você? Anote isso, pra que os ensinamentos trazidos na carta de Tiago possam mudar a sua vida de verdade. Que todos tenham uma ótima semana, e que janeiro seja um mês principalmente de reflexões e de mudança de vida!




sábado, 18 de janeiro de 2020

Leitura todo dia #127



Mais um post de Leitura todo dia! O projeto foi criado pela Nine Stecanella, com o objetivo de tornar a leitura um hábito diário. Eu já participo do projeto há quase 3 anos, basicamente desde que foi criado. Esse é o primeiro post do projeto em 2020, e sim, está saindo um pouco atrasado, por que eu realmente vivi coisas intensas nos últimos tempos, e não consegui me dedicar completamente ao blog, mas aqui estamos!

A minha meta de leitura para esse ano é de 30 páginas por dia. Ano passado foi 35, e tirei essas 5 páginas diárias por que, acredite, faz bastante diferença no final. Esse ano eu vou me focar mais no meu TCC, vou ter que ler e escrever muito pra que no final do ano que vem ele esteja perfeitinho do jeito que sempre sonhei, então tirei essas 5 páginas. Inclusive, aviso de que vou fazer pelo menos umas 10 leituras referentes ao TCC esse ano, então me aguentem falando sobre livros teóricos.

A meta, até o final do ano, é ler 10980 páginas. No ano passado a meta foi ler 12775. Consegui bater essa meta, fiquei bem acima até. Perceberam a diferença que faz, no final do ano, ler 5 páginas a menos por dia? Mesmo com a meta menor, e portanto, sabendo que vou ler menos livros ao longo do ano, eu espero ler coisas boas, e ler tudo que preciso ler! Eu mudei o arranjo floral do leitura todo dia, e cada semana vai ter uma cor. Agora, vamos às primeiras leituras de 2020.















No dia primeiro eu li 2 páginas (sete capítulos) de Salmos. Eu queria que o meu primeiro livro terminado no ano fosse um livro bíblico. Já estava lendo Salmos há um tempo, apesar de estar lendo beeeem devagar e não estar lendo todos os dias. Eu li esses capítulos e aí percebi que eu ia demorar bastante lendo todos os 150 capítulos. Eu acho chique quem consegue ler vários capítulos da Bíblia num único dia, por que a cada capítulo que eu leio, eu fico parada, olhando pro nada, pensando sobre o que li.



No dia dois eu li 2 páginas (cinco capítulos) de Tiago, livro bíblico. E foi o primeiro livro finalizado em 2020! Sim, é um livro de duas páginas, mas continua sendo um livro bíblico. A resenha desse livro sai aqui no blog amanhã, às 8h, então estejam ligados! Já adiando que amei a leitura, principalmente por que são conselhos que servem para todas as pessoas, do tipo "não fique falando mal das pessoas, ame todo mundo, não seja hipócrita". E a gente precisa ouvir isso às vezes pra acordar pra vida.

Li também 28 páginas (um conto) de No Seu Pescoço, mais especificamente o conto A Historiadora Obstinada, que fala sobre uma família, em que os homens eram conhecidos por serem amaldiçoados, e aí as mulheres deles só tinham um filho, e todos os outros não se desenvolviam a ponto de nascer. Fala sobre a história da família e como essa "maldição" foi quebrada. Finalizei a leitura do livro. Eu quis mesmo finalizar essa leitura em 2019, mas eu achei que faria mais sentido passar os últimos 10 minutos do ano estando realmente presente com meu namorado, do que lendo.



No dia três eu li 25 páginas (um capítulo e meio) de Mistérios e Práticas na Lei de Umbanda, um dos livros que preciso ler para o meu TCC, e está na meta de leitura desse mês. Como o nome diz, ele fala sobre a doutrina da umbanda, PORÉM é um livro escrito em 1962, quando a religião ainda era bem nova (tinha cerca de 40 anos). E como todo livro acaba sendo um retrato histórico da época em que foi escrito, nesse livro tem algumas coisas racistas escritas. O que é ridículo, já que umbanda é uma religião afro-ameríndia, ou seja, possui elementos africanos e indígenas.



No dia quatro eu não li nada. Esse foi com certeza um dos piores dias vividos nos últimos tempos. Meu cachorro Fofucho, que esteve conosco por 14 anos, faleceu. Foi um dia horrível pra mim, e a única coisa que eu fiz foi ficar deitada e/ou dormindo. Estou escrevendo um post sobre a dor do luto de perder um animalzinho, mas não sei quando sai. Quero esperar um pouco mais pra prosseguir na escrita, por que a realidade ainda tá bem manchada pela dor da perda, então não sei até que ponto escrever nesse momento vai ser bom ou não pra quem for ler.



No dia cinco, como eu ainda estava sofrendo horrores, não quis ler muito, e li apenas 27 páginas (meio + meio capítulo) de Mistérios e Práticas na Lei de Umbanda.  No dia seis eu li 20 páginas de The Crooked Man, que é um conto do Sherlock Holmes, especificamente do livro Memórias de Sherlock Holmes, que estou lendo em inglês. Já tem post aqui no blog falando sobre essa leitura, então se você quiser saber tudo o que achei, clica aqui pra ver!



No dia sete eu li 70 páginas de Mistérios e Práticas na Lei de Umbanda. Eu percebi que eu tinha lido bem pouco, e tentei dar uma corridinha e ler bastante. Esse foi o máximo que consegui, mas fico feliz por que consegui ler mais do dobro da meta diária!



Li 174 páginas na primeira semana de janeiro de 2020! Isso dá uma média de 24,8 páginas por dia. Foi uma semana difícil, o ano já começou com uma tragédia pessoal, mas espero que isso não afete o restante do ano pra mim. Claro que isso me afetou e vai continuar afetando por alguns dias, talvez semanas, mas espero que isso não interfira muito no meu emocional. Mesmo com dias ruins, a vida é bela. Fofucho viveu incríveis 14 anos com a gente, nos deu muito amor e recebeu muito amor. Tenho uma cachorra, Princesa, e preciso estar bem pra cuidar dela também. Apenas agradeço a Deus pela oportunidade de ter vivido tanto tempo com meu bebezinho Fofucho, e por agora poder cuidar da Princesa com todo amor do mundo!



Tiago - 2 páginas lidas Concluído
Salmos - 2 páginas lidas
The Adventures and Memoirs of Sherlock Holmes - 20 páginas lidas
No Seu Pescoço - 28 páginas lidas Concluído
Mistérios e Práticas na Lei de Umbanda - 122 páginas lidas











quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

Resenha: Meu Policial, de Emily Viana




























Título: Meu Policial: A Viajem em que me Vinguei do Meu Ex
Autor: Emily Viana
Editora: Gata Sado
Ano de publicação desta edição: 2018
Número de páginas: 39
Onde encontrar: Amazon
Nota: 5 / 5



Julia está voltando pra universidade e descobre que seu namorado a estava traindo e resolve terminar com ele. No ônibus, no meio da viagem, ela recebe mensagens dizendo que fotos dela nua vazaram. O ex resolveu que terminaria o namoro da forma mais infantil e tola possível: humilhando Julia. Ela está dentro do ônibus, começa a ficar desesperada, não sabe o que fazer, e ainda por cima, o homem que está sentado ao lado dela fica se esfregando nela. Abrindo as pernas pra poder tocar as pernas dela com as pernas dele. 

Ela acaba compartilhando com o homem ao lado o que está acontecendo, e acontece que ele é um policial, e acaba convencendo-a que ela precisa dar um troco à altura, enquanto ele cuida da parte mais jurídica da coisa. E ela então pegunta se ele não quer ajudar ela a dar o troco, transando com ela enquanto o namorado ouve, numa ligação por celular.



Esse conto é bem explícito, já fica aqui o aviso. Eu gostei muito por que não é só o sexo, tem uma história por trás, e uma história que a autora nara de uma forma tão boa que faz o leitor acreditar que seria possível, mesmo que lendo a sinopse você pense "não é possível". Julia está tomada pela raiva, e tudo que ela quer é uma chance de humilhar o ex namorado da mesma forma como ele a humilhou, então por que não transar com o homem que vai prendê-lo se o processe der certo?

"Ele entrou no carro e se sentou no meio do banco traseiro, com força e rapidez ele me pegou pela cintura me colocando em seu colo. Nos beijamos loucamente, e nesse ponto eu já estava completamente molhada, eu queria ser desejada, ser dominada, ser comida por aquele homem o quanto antes."

Sério, pare e pense nisso. Se coloque no lugar do ex dela. Ele espalha um nude, provando que é infantil e babaca. Aí do nada ela te liga, e na ligação dá pra ver que ela claramente está transando com alguém. E aí meses depois, o cara com quem ela transou aparece na sua casa pra te prender. Claro que não tem a parte da prisão no conto, mas é algo que fica subentendido. Só por isso ele já merece o prêmio de melhor conto erótico de vingança. O cenário é perfeito!

Recomendo que leiam, principalmente se gostam de literatura erótica, e se acham legais histórias que envolvam erotismo e vingança. Eu gostei muito do conto, e sei que o enredo dele vai agradar muita gente que gosta de contos eróticos, inclusive você!



segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

Diário de Leitura - Sherlock Holmes #19 - The Crooked Man




Primeiro diário de leitura de Sherlock Holmes de 2020, e eu espero que seja o ano em que eu termine de ler esse livro. Tem lindos 3 anos que estou lendo ele, e sinceramente me dá muita agonia ver esse livro não marcado como "lido" ainda. Mas vamos lá.

O último conto lido até agora foi "The Crooked Man". Um coronel importante morreu, e ninguém sabe muito bem  o que aconteceu. O que sabem é que ele estava discutindo com a esposa, que ela gritou com algum "David", e que depois ela gritou de horror. A porta estava trancada, então quando o socorro chegou, tiveram que entrar pela janela. 

Encontraram a mulher desmaiada e o coronel morto. Obviamente a mulher é tida como suspeita, mas nada na investigação faz sentido. Quem é esse David? A porta estava trancada, mas a chave não estava em lugar algum, onde está?

Para responder a maior pergunta da investigação "Quem matou?", Sherlock Holmes vai até Watson e pede ajuda para ver o caso por outros ângulos e finalmente ajudar a resolver o caso. Watson apenas vai fazendo algumas reflexões, que ao leitor parecem até bobas, mas que pra Holmes ajudam demais.

O inglês do conto não foi realmente difícil, principalmente por que já estou no final do livro, e já me acostumei com a linguagem usada, mas pra quem for ler esse conto somente, a menos que você já tenha um nível bom de inglês, você pode ter dificuldade. Mas é só ler com o dicionário ou um tradutor aberto.

Foi um conto mediano, pra mim. No final tem uma super revelação de quem realmente matou o coronel, mas eu achei meio anticlímax demais, sabe? É um conto bom se você, assim como eu, tem interesse de ler todos os contos do Arthur Conan Doyle em que o Sherlock Holmes e o Watson são protagonistas. Mas se você apenas quer ler um conto bom de Sherlock Holmes, não recomendo muito esse não. É um conto bom, mas não é nada de grandioso.

domingo, 12 de janeiro de 2020

Resenha: Iracema, de José de Alencar

























Título: Iracema
Autor: José de Alencar
Editora: Domínio Público
Ano de publicação desta edição: 1865
Número de páginas: 75
Onde encontrar: Skoob 
Nota: 4 / 5


Iracema é uma jovem indígena da etnia Tabajara, que vive em sua aldeia com todo o povo da sua etnia. Martin é um homem branco, que resolve explorar além do local que vive, e acaba encontrando Iracema no rio. Iracema o leva até sua casa, e lá ele fica por algum tempo.

Esse tempo juntos faz com que eles se apaixonem. O problema é que Iracema é uma menina virgem consagrada à Tupã, ou seja, a vida dela deve ser para servir à Tupã, e não para viver romances. A partir daí, é uma longa história de desobediência e castigo.

































Iracema é um livro que mostra bastante da cultura Tabajara, principalmente sobre ritos sagrados e como eles são sérios. Num dado momento do livro, Iracema e Martin usam a Jurema sagrada fora do contexto, e logo após começam os problemas de Iracema, mostrando que desobedecer ao sagrado é uma coisa muito grave. E devo alertar que: como José de Alencar é um homem branco, então os indígenas do livro são bem estereotipados, são bem aqueles indígenas "tradicionais" que vivem em aldeias e tem toda uma cultura que não interage com outras.

"Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna e mais longos que seu talhe de palmeira"

Sei que muitas pessoas indígenas não curtem muito esse livro justamente por isso. Mas devo dizer que o problema não está tanto no livro! O que acontece é que a história narrada no livro se passa em 1604, o que significa que os portugueses estavam no Brasil há "apenas" um século e haviam inúmeras aldeias e etnias que ainda não haviam sido descobertas. É natural que o indígena desse livro seja mais estereotipado, por que é como se fosse os primeiros contatos dos indígenas com o "mundo branco".

O que acontece, é que escolas e faculdades cobram a leitura de Iracema sem contextualizar, e o pior: deixam os leitores acreditaram que os indígenas de hoje são Iracema. Indígenas de hoje não são Iracema! Existem sim muitos indígenas que vivem aldeados, que prezam pela tradicionalidade, que amam sua cultura e que renegam a cultura trazida pelos brancos. Mas hoje também existem diversos indígenas vivendo nas cidades, que são de diversas religiões (inclusive religiões afro-brasileiras), que se vestem com as mais variadas roupas, que usam e abusam da tecnologia. Então não leia achando que isso é um retrato dos indígenas. Iracema é um retrato histórico e estereotipado dos indígenas de 1600, e não representa a História indígena, e sim uma pequena parte dela, pela visão de um homem branco.

O livro fala bastante sobre miscigenação. E devo dizer que não é algo explícito, é algo que fica nas entrelinhas, mas quem entende o que foi o fenômeno da miscigenação aqui no Brasil entende todo o peso que isso tem. Contextualizando, a miscigenação aqui no Brasil foi algo apoiado e incentivado pelo governo, pra que, ao longo dos séculos, o Brasil fosse um país de pessoas brancas somente. Ou seja, indígenas e africanas foram (e continuam sendo) estupradas por brancos para que daqui 400 anos, seus descendentes sejam brancos também. E é esse o peso que tem esse livro, o peso da desumanização dos povos indígenas

Eu amei o fato de a espiritualidade ser levada bem à sério no livro, apesar de ter a consciência de que também tem uma leve forçação de barra nisso. Mas eu amo ritualistas diferentes, e ler um livro que fala sobre como nossas crenças afetam a nossa vida, e a vida de quem se envolve com a gente, é algo quase que mágico.

"Verdes mares bravios de minha terra natal, onde canta a jandaia nas frondes da carnaúba; verdes mares, que brilhais como líquida esmeralda aos raios do sol nascente, perlongando as alvas praias ensombradas de coqueiros."

Recomendo sim a leitura do livro, mas recomendo que você leia com a consciência de que Iracema NÃO É um retrato dos indígenas brasileiros. É um retrato estereotipado de uma etnia, o que significa que claramente tem costumes, linguagem e modo de viver diferente de outras etnias. E agora uma dica da tia: não chame mulheres indígenas de Iracema, pode soar ofensivo, como se todas fossem iguais. Vamos ler mais livros sobre indígenas sim! Mas que leiamos ainda mais livros escritos por indígenas.





sábado, 11 de janeiro de 2020

Lidos em 2020



  1. Tiago (Bíblia)
  2. No Seu Pescoço de Chimamanda Ngozi Adiche 
  3. Mistérios e Práticas na Lei de Umbanda de W.W. da Matta e Silva
  4. Doce Princesa Negra de Solange Cianni
  5. Melhores Dicas Para Emagrecer Sem Sacrifício
  6. A Quarta-feira 13 de Luana Mercurio (conto) 
  7. Não Sol Mais Céu de Guilherme Oliveira
  8. Bote de Rapé de Machado de Assis
  9. Tempo Ruim de Anita Ganeri 
  10. Psicopata Americano de Bret Easton Ellis 
  11. Guia de Lettering de Mariana Viabone (ebook promocional)
  12. Comunicação Não Violenta em Sala de Aula de Estante Mágica (ebook promocional)
  13. Como se Manter em Equilíbrio em uma Sociedade Caótica de Ahyala Martelo e Marcus Forte (ebook promocional)
  14. O Jardim Secreto de Frances Hodgson Burnett 
  15. Cinco Passos Para Criar Vídeos Incríveis de Gabi Ferreira (ebook promocional)
  16. Dez Crenças Limitantes de Marina Carvalho (ebook promocional)
  17. O Mistério do Cavalo Cor de Prata de Ana Maria de Almeida
  18. Astrologia Básica de Ananda Sueyoshi
  19. Ah! Um Bumbum de Heldslaiene Braian
  20. Aliens de Vários Autores
  21. The Fluency Hacking Method de Ravi
  22. Lipidose Hepática Felina de Secad (ebook promocional)
  23. Turma da Mônica Jovem 1 - Eles Cresceram! de Maurício de Souza
  24. Vagina de Naomi Wolf 
  25. Turma da Mônica Jovem 2 - A Aventura Continua! de Maurício de Souza
  26. Como Escrever um Livro de Clube de Autores (ebook promocional)
  27. Checklist de Marketing Para Divulgação de Cursos Online de Sapium (ebook promocional)
  28. Seis Passos Para um Quarto Saudável e um Sono de Qualidade de Paulo Henrique de Melo (ebook promocional)
  29. Harmonias Errantes de Francisco de Castro
  30. O que é Umbanda I de Padrinho Juruá
  31. Turma da Mônica Jovem 3 - Novos Desafios de Maurício de Souza
  32. Guia do Autoconhecimento de ??
  33. Como se Autoconhecer de Haroldo Dutra Dias (ebook promocional)
  34. Um Guia Para Otimizar e Qualificar os Seus Estudos de Secad (ebook promocional)
  35. El Gato Con Bótas de Charles Perrault
  36. Passo a Passo Para Realizar Vendas Diárias
  37. Poesia que Transforma de Bráulio Bessa 
  38. Tokyo Ghoul de Sui Ishida
  39. O Regresso de Michael Punke
  40. O Livro dos Ressignificados de João Doederlein 
  41. Vamos dar a Volta ao Mundo? de Marina Klink
  42. Her Big Stuffing de Mis Behaving
  43. Aliviei Meu Professor de A. P. Wilson
  44. O Guia das Pedras e Cristais de Cristais Aquárius
  45. Riacho do Jerimum de Jadna Alana 
  46. Na Batalha Contra o Coronavírus, Faltam Líderes à Humanidade de Yuval Noah Harari
  47. Tu, Só, Puro amor de Machado de Assis
  48. A Bruxa não vai Para Fogueira Neste Livro de Amanda Lovelace
  49. A Princesa Salva a si Mesma Neste Livro de Amanda Lovelace 
  50. Magia Natural de Vijaya Devi (ebook promocional)
  51. O Amanhã Não Está à Venda de Ailton Krenak 
  52. 21 Lições Para o Século 21 de Yuval Noah Harari
  53. Leitura Eficiente de Renato Alves
  54. Rotina Capitar Natural de Thanile Reis
  55. Chakras de Fabiana Gama
  56. O Guia Prático da Beleza de Juliana Neiva, Paula Neiva e Carolina Ribeiro
  57. Dora Fantasmagórica de Abby Hanlon
  58. Salmos (Bíblia) de Davi, Moises, Asafe e Salomão
  59. As Alegrias da Maternidade de Buchi Emecheta 
  60. The Adventures And Memoirs of Sherlock Holmes de Arthur Conan Doyle
  61. Frozen da Disney
  62. Dândis de Selma de Nicolás Irurzun
  63. O Livro dos Espíritos de Allan Kardec
  64. 3036 de Marianne Cei & Heldslaiene Braian
  65. Os Reis da Festa de Henri B. Neto 
  66. Meu Mimado de Isabela Gonçalves
  67. Racismo e Fascismo de Toni Morrison
  68. Anne e Dylan de Bella Blair 
  69. Primeiros Clássicos da Disney
  70. Organização na Prática de Micaela Góes
  71. Dúvida Cruel do Manual do Mundo 
  72. O Dia em que Minha Vida Mudou de Keka Reis
  73. Fetiches de Diany Cardoso e Mari Moura
  74. Bioinovação de Descola e Novozymes
  75. Dicas e Métodos de Estudar e Aprender Pra Valer de Nágela Colaço
  76. Manhãs Floridas de Rubia Barbosa L.
  77. Coração-granada de João Doederlein (@akapoeta)
  78. Meditação: guia completo
  79. Oi, Vizinha de Raquel Costa 
  80. Aluga-se um Namorado de Dayana Simões
  81. Revista Terçarau 1 de UEMG-Ibirité
  82. Moby Dick de Herman Melville
  83. Viva a Vagina (trecho gratuito na Amazon) de Nina Brochmann & Ellen Støkken Dahl 
  84. Hábitos Ruins Nunca Mais de S. J Scott
  85. Diáspora Negra no Brasil de Linda M. Heywood (organizadora)
  86. Luz e Sombra de Emma Costet de Mascheville
  87. Em Seus Passos Que Faria Jesus? de Charles M. Sheldon 
  88. Memórias Póstumas de Brás Cubas de Machado de Assis 
  89. Se Não Fosse Por Você, eu Não Estaria Aqui de Vários autores (Editora Seguinte)
  90. 49 Dicas Fabulosas de Economia Doméstica de Organizze
  91. O Poder da Esposa Que Ora de Stormie Omartian
  92. Revista Terçarau 2 de UEMG-Ibirité
  93. Na Minha Pele de Lázaro Ramos 
  94. Empatia de Descola
  95. O Método Bullet Journal de Ryder Carroll 
  96. I'm my Neighbour Sex Slave de V. Vivienne
  97. Calma, Mila de Raquel Costa 
  98. A Arte do Terror de Vários autores
  99. Papéis Avulsos de Machado de Assis
  100. O Apelo do Dalai Lama de Dalai Lama (Tenzin Gyatso)
  101. O (ex) atual do meu ex de Alan Silva
  102. Emma, Cobra e a Criatura da Parede de Maria Freitas
  103. O Cemitério de Stephen King 
  104. Triângulo
  105. O que os Olhos Não Veem de Kamyla Lima
  106. Paraíso na Terra de T. S. Stephens
  107. Ensaios Sobre Racismos de Vários autores
  108. As Bruxas de Oxford de Larissa Siriani 
  109. Lótus de Bruna Theodora
  110. Uma Poção de Amor Para o CEO de Manu Valcan
  111. Coisas Que eu Nunca Direi de Gui Zambonini
  112. Últimas Mensagens Recebidas de Emily Trunko 
  113. O Genocídio do Negro Brasileiro de Abdias Nascimento
  114. A Grande Chance de Ana Luna de Thati Machado
  115. O Auto da Compadecida de Ariano Suassuna
  116. Amélia Sem Filtro de Mariana Mortani
  117. Me Diga o Que Fazer de Isabella Clouddie
  118. Um Papai Noel Só Pra Mim de Julia Rietjens
  119. Antes Que as Luzes se Apaguem de Jay Asher

sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

Análise de livros lidos em 2019


Vamos então àquele post de análise das minhas leituras do ano! Faço isso desde 2017, e acho que é bem esclarecedor, mostra não só a minha evolução como leitora, mas meus gostos do ano. Vou fazer uma comparação com os anos anterior, lá no final do post! Pra quem nunca viu um post desse antes, vou mostrar, em gráficos, como foram as minhas leituras. Separei as categorias "Desafios", "Idioma", "Gênero do autore", "Nacionalidade do autore", "Gênero literário" e "Subgênero literário". Vou explicar mais em cada gênero. É importante ter em mente que li 98 livros nesse ano, e que além do número exato, vou colocar a porcentagem, já que a porcentagem vai ser o mais importante pra fazermos as comparações no final.

Outra informação importante é que eu li 13.452 páginas esse ano, o que dá uma média de 36,8 páginas por dia! Isso é ótimo, já que a minha meta era ler 35 páginas por dia em 2019. Agora, vamos começar!


A primeira categoria é Desafios. E aqui separei quantos livros de cada desafio eu li, e ainda livros que não estavam dentro de desafio algum. Vocês vão perceber, se somarem, que tem mais que 98 livros ali, mas isso é por que alguns livros se repetiram dentro dos desafios. Apenas quis deixar claro quais desafios eu consegui cumprir. E claro, os livros fora dos desafios são realmente os números absolutos. O único desafio que não consegui cumprir foi o "Mulheres", por que ficou faltando ler 30 páginas de No Seu Pescoço. Como sempre, eu li mais livros de fora dos desafios. 


































A segunda categoria é Idioma. Li poucos livros em inglês, e na realidade todos foram contos. Eu até comecei (e continuei) alguns livros em inglês, mas não cheguei nem perto de terminar. Pelo menos, ao que tudo indica, se eu conseguir terminar esses livros logo, 2020 vai ter mais livros em inglês do que 2019. E não teve leitura em japonês, mas elas vão voltar em 2020!





































Terceira categoria é Gênero des autores. E aqui devo dizer que, obviamente, considerei o gênero com o qual eles se identificam. Alguns autores eu simplesmente não achei nada sobre, então não teria como obter essa informação, mas coloquei eles no gráfico também. Li mais homens do que mulheres, mas tudo bem. Li bastante livro de mulher também, e meu esforço pra 2020 vai ser tentar deixar tudo mais equilibrado nesse gráfico. Não vou dizer que vou passar a ler só mulheres, mas ler mulheres é muito importante. Principalmente pra quem é mulher.





































A quarta categoria é Nacionalidade. Estou muito feliz por que a maioria esmagadora de livros que eu li são de autores brasileiros. Não teve uma variedade tão grande assim nos outros países, mas o que importa é que li muitos autores brasileiros. Nesse gráfico não tem porcentagem, por que ficou muito bagunçado quando tentei colocar. Mas dá pra ver que 3/5 do gráfico está ocupado com o amarelo, que representa o Brasil.

































Quinta categoria é gênero literário. E aqui quero dizer gênero de narrativa, e preciso explicar algumas coisas. "Capítulos" são majoritariamente livros de curiosidades, que eu não soube bem onde encaixar e criei essa categoria. Separei os livros bíblicos, por que acho que eles não se encaixam nas outras categorias também, por que cada um tem tamanhos bem diferentes, alguns livros são cartas, estão deixei eles separados. Li muitos romances e contos, o que já era de se esperar. Eu esperava ler mais livros bíblicos e mais HQ também. Ficam aí como metas.
































E a sexta e última categoria é subgênero literário, que é o que chamamos de "romance romântico", "terror" e por aí vai. Pelo gráfico dá pra ver que eu li os gêneros bem balanceados, né? Os gêneros que fiquei em dívida foram Terror, Distopia, Biografia, Aventura, Suspense e Esotérico. São gêneros que normalmente eu realmente leio pouco, mas que vou me esforçar pra ler mais. Já em janeiro, na minha pilha de livros pra ler, tem uma biografia e um suspense, então já estamos começando 2020 mudando essas estatísticas.

























Agora fazendo as comparações com 2017 e 2018. Eu continuo lendo mais livros de fora de desafios, o que é bom, por que significa que eu sempre dou mais importância pra livros que eu QUERO ler naquele momento. Continuo lendo muitos livros em português, e vai ser assim provavelmente pelo resto da minha vida, porém pretendo ler mais livros em inglês em 2020. 

Em 2017 eu li muitos livros escritos por mulheres (45%), em 2018 isso mudou totalmente eu li muitos livros escritos por homens, chegando a mais de 70%. Já em 2019 eu consegui mudar isso um pouco, apesar de ainda não estar equilibrado como eu gostaria. Então a meta pra 2020 é ler pelo menos 2 livros escritos por mulheres por mês!

Também continuei lendo mais livros escritos por brasileiros. apesar de ter perdido um pouco de diversidade, se compararmos com 2018. Li menos livros escritos por estadunidenses e acho isso uma grande vitória, por que significa que não me sinto mais tão dependente da literatura deles como eu era até 2015. Nesse quesito, em 2020, eu quero ler bastante autores brasileiros, mas também autores de pelo menos mais 14 países.

Sobre gêneros narrativos, continuei lendo mais romance, e o segundo colocado continua sendo conto. Eu li bem menos livros bíblicos e menos teatros do que li em 2018, e quero mudar isso aí. Então, mais uma meta pra 2020, é ler mais teatro. Sei que só com o projeto Machado de Assis eu consigo ler alguns, mas vou procurar outros além desses. 

E por fim, um dos subgêneros mais lidos continua sendo romance romântico. Mas esse ano drama e ficção também surgiram bem fortes. Gostei bastante disso. Os gêneros que eu quero ler mais, pra que no gráfico de 2020 ocupe mais espaço, são Terror/Horror, Distopia e Suspense. São 3 subgêneros que eu espero ler pelo menos 8, 3 e 5 livros, respectivamente. 

Espero que tenha gostado do post, e se gostou, dá uma passada lá no meu canal. Eu falo sobre literatura e outras coisinhas mais sobre minha vida!