domingo, 12 de maio de 2019

Resenha: O Amor Tudo Crê de Crys Carvalho





























Título: O Amor Tudo Crê
Autor: Crys Carvalho
Editora: Publicação Independente
Ano de publicação no Brasil: 2017
Número de páginas: 25 páginas
Onde encontrar: Amazon / Skoob
Nota: 4 / 5

O Amor Tudo Crê é um conto narrado pelo ponto de vista da Mia, uma criança que tem por volta os seis anos. Mia está na escola, na época do Natal, e quando sua professora pergunta o que cada um da turma quer ganhar no natal, ela começa a pensar no que ela realmente quer. Como o conto é narrado por uma criança, e ela nem sempre entende tudo que está acontecendo, as coisas ficam bem subententidas. 

Por exemplo, sabemos que Mia não vê sua mãe há um tempo, e que elas estão longe uma da outra por que sua mãe está fazendo um tratamento contra algum tipo de câncer. E sabemos disso por que Mia diz que ela está no hospital, que está bem fraca, e que usa lenços. O pai de Mia é médico, e está cuidando de sua mãe em tempo integral, por isso ela mora com os avós paternos.

"Acabei o desenho e coloquei o nome deles. Meu pai tem o nome daqueles homens das novelas que a vovó vê na televisão, ele chama Álvaro e minha mãe tem um nome delicado - foi a vovó que me disse-, ela se chama Taís.

Eles dão muito amor à menina, e fazem o possível para que ela esteja sempre feliz, mesmo estando longe dos pais e não entendendo muito bem a gravidade das coisas. Mia ainda não entende o que é a morte, então não consegue ter medo disso, mas sabe que é algo ruim, por que houve seus avós falando do medo constante da morte e chorando. O pedido que Mia faz ao Papai Noel é que seus pais estejam com a família para comemorar o natal, e ela sabe que só precisa ter fé para que o desejo se realize.





























Eu gostei bastante do conto, principalmente por causa da ingenuidade de Mia em não saber coisas que eu, como adulta, considero básicas, mas sei que quando eu era criança também não entendia. Mia não entende muito da vida, mas já entende muito de fé, e é a fé dela que vai levá-la à certos lugares durante o conto. 

Gostei desse aspecto religioso, da família de Mia ser religiosa, e gostei muito por não ter notado nenhum tipo de preconceito (algo que infelizmente acaba sendo esperado de pessoas religiosas muito tradicionais). Mas algo que com certeza me fez não amar o conto foi o fato de que Mia é uma criança que nem sequer sabe o que é morte, mas prega (faz pregações) como uma adulta. Entendo que as palavras que ela usa podem vir do fato de ela ouvir o avô pregando, mas continua sendo muito irreal uma criança tão pequena usar palavras difíceis numa pregação, principalmente devido à ingenuidade que ela apresenta no conto até então.

Recomendo bastante a leitura aos que querem ler algo fofo e emocionante nesse dia das mães, principalmente àqueles que tem fé e creem que a fé é a base pra tudo na vida. Creio que todos que procuram uma história que aquece o coração vão gostar desse conto, e claro, pessoas que gostam de drama vão amá-lo! Também recomendo para que a gente consiga entender a importância de ter nossas mães (e pais) conosco, e do quão especiais nós somos por termos os pais que temos!




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