sexta-feira, 11 de maio de 2018

Citologia: Anatomia da célula eucarionte animal



O post de hoje é sobre células eucariontes animais, ou seja, as células que nós temos no nosso corpo.  Algumas das estruturas presentes nas células animais também estão presentes nas células vegetais e já foram apresentadas aqui no blog.



Todas as células eucariontes possuem envoltório nuclear, ou seja, a carioteca, que é a membrana que envolve o núcleo. Os cromossomos, estruturas responsáveis por fazer perpetuar os genes das células, contém DNA e proteína, e por isso, essas células conseguem realizar meiose (tipo de divisão em que a célula literalmente se divide ao meio, criando duas células menores) e mitose (tipo de divisão em que as células filhas têm o mesmo tamanho que a célula mãe). Como as células eucariontes possuem várias organelas, a replicação do gene é mais lenta que nas células procariontes.

A primeira parte das células eucariontes é a membrana plasmática, que faz contato com o meio externo e é a estrutura que permite a entrada e saída de substâncias da célula. A membrana plasmática é uma membrana dupla e cada face é formada por lipídios e proteínas. Quando há muito colesterol na membrana plasmática a célula pode ficar rígida e sem movimento. Já as proteínas da membrana fazem com que a aderência célula-célula aumente, fazendo com que o tecido fique firme. As proteínas também podem ter função de transporterecepção e ancoramento de substâncias, além da função enzimática, que acelera o metabolismo celular. Existem também as glicoproteínas, que são a junção de carboidrato e proteína, que identificam seres estranhos.

Todas as células possuem citoplasma, que também pode ser chamado de citosol, que é o espaço entre a membrana e o núcleo da célula, ou somente o espaço aquoso dentro da célula. A parte do citosol que fica mais próximo a membrana plasmática tem aparência de gel, enquanto a parte mais interna tem a aparência super fluida, isso por que o citoplasma tem em sua composição 80% de água. No citoplasma da célula animal está presente o citoesqueleto, ou seja, o esqueleto da da célula, que tem a função de garantir a sustentação e proteção da célula. O citoesqueleto é formado por proteínas em três tipos: microtúbulos, que são os mais grossos, filamentos intermediários e microfilamentos que são os mais finos. Todas essas estruturas são formadas por proteínas.

Falemos agora sobre os ribossomos, que fazem síntese proteica, ou seja, fabricam a proteína que a célula irá utilizar. Os ribossomos são formados por duas esferas, uma menor que a outra. Essa organela não possui membrana, e pode ser encontrada de forma livre do citoplasma, em filas chamadas polirribossomos, ou aderidas ao retículo endoplasmático rugoso. O retículo endoplasmático rugoso faz síntese e armazenamento de proteínas. A célula possui também o retículo endoplasmático liso, que faz síntese e armazenamento de lipídeos. O RER e o REL, como são chamados os retículos, são responsáveis pela comunicação intracelular, já que eles são bem grandes e fazem comunicação com as outras organelas.

Agora passemos ao complexo de Golgi, que possui esse nome pois é o sobrenome do cientista que descobriu essa organela. Possui membrana lipoproteica, ou seja, os lipídeos são em maior quantidade que as proteínas. O complexo de Golgi, também chamado de dictiossoma, é composto por cinco sacos achatados, um em cima do outro e fica próximo ao núcleo da célula. A parte mais próxima do núcleo é chamada de parte cis, e a mais próxima das outras organelas é chamada de parte trans. O complexo de Golgi é responsável por formar vesículas de armazenamento de algumas substâncias, como o lisossomo, que é responsável pela digestão intracelular.

A próxima organela é a mitocôndria, responsável pela respiração celular e produção de energia. Ela possui DNA próprio, o que comprova a teoria da endossimbiose, e esse material genético fica em sua matriz. Ela possui duas membranas, sendo a interna enrugada. Esses enrugamentos são chamados de cristas. Mitocôndrias são vistas em maiores quantidades em células formadoras de órgãos que possuem movimentos involuntários, como o coração. A célula também possui vacúolos, que são espaços dentro da célula onde não há nada. Esse espaço é responsável por manter o controle osmótico. Quanto mais velha for a célula, maiores serão os vacúolos.

As células animais possuem peroxissomos, que são vesículas do complexo de Golgi responsáveis por fazer desintoxicação oxidativa, ou Beta-oxidação. Possuem apenas uma membrana e não tem as proteínas presentes no citosol. Há também os lisossomos, que fazem digestão intracelular. Quando o lisossomo digere substâncias que vêm de fora da célula é chamado de heterofagia e quando ela digere partes da própria célula é chamado de autofagia, que acontece quando alguma organela morre dentro da célula. Existe também o caso de autólise, que acontece quando o lisossomo, sem motivo, digere as estruturas da célula até matá-la. Isso acontece bastante em doenças auto-imunes, onde o próprio organismo se ataca. E por fim temos os centríolos que são formados por nove tríades de túbulos, e ajudam na movimentação da célula.

Essas são as estruturas presentes nas células eucariontes animais.

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