terça-feira, 30 de outubro de 2018

Maratona dos Atrasados

Confesso que coloquei livros demais em desafios literários, e confesso também que não acho que conseguirei ler todos eles, mas quero me esforçar ao máximo para conseguir. Nos últimos meses, por causa da faculdade, eu tenho lido menos. 

Li 10077 páginas até o dia vinte e três de outubro, o que dá a média de 34,04 páginas por dia. É uma média boa, principalmente se contarmos que dos 296 dias do ano (até 23/10/2018), pelo menos 50 deles eu passei sem ler. Em comparação com os anos anteriores eu li mais coisas, no sentido de ter lido mais livros, e até li mais páginas do que em alguns anos desde que comecei a vida de leitora voraz. Em 2016, por exemplo, eu li cerca da metade das páginas que eu li até agora, só que em 2016 eu não havia feito tantos desafios como neste ano.

Eu coloquei muitos livros grandes nos desafios e sei que isso me atrapalhou, pois eu acabava dando preferência pra quaisquer outros livros que fossem de leitura mais rápida e agora, já nos últimos meses do ano, eu tenho quase metade dos livros ainda para ler.

Estou participando dos desafios Livrada (14 livros), Mulheres (5 livros), 1001 livros para ler antes de morrer (5 livros), 12 livros para 2018 e o Projeto Machado de Assis, que contém críticas e crônicas, textos mais rápidos, mas que eu acabo não lendo por dar preferência aos outros. Como todos os projetos estão atrasados, resolvi fazer a lista do último trimestre do projeto do Machado apenas no dia 07 de outubro, pois até lá a maratona já vai ter acontecido e eu espero conseguir desafogar um pouco as leituras.


Falando da maratona propriamente dita, vai começar às 18h do dia primeiro de novembro, e vai até as 18h do dia três. Terei então 48 horas para me dedicar à leitura e vou colocar como meta ler 500 páginas, que é um número possível, apesar de saber que não será fácil. Lembrando que vou dormir normalmente nesses dias, então, considerando que eu durmo cerca de 7 horas por noite, temos então 34 horas para a leitura, e considerando que sou um ser humano que toma banho, come e vai ao banheiro, eu terei mais ou menos 30 horas para ler durante a maratona. 

A minha média de leitura varia. Em livros da L&PM Pocket, por exemplo, eu leio cerca de 20 páginas por hora, mas em livros com tamanho normal e fontes confortáveis, eu consigo ler 30 páginas por hora. Como tudo vai depender da fonte utilizada no livro e do tipo de folha do livro (amarelada ou branca), eu vou colocar essa meta de 500 páginas. E listarei abaixo a minha TBR, lembrando que não necessariamente eu preciso concluir tudo isso, é apenas o que eu quero ler, dar andamento. E claro, lembrando que são todos livros atrasados, que eu já deveria ter lido há tempos.

Quando os Adams Saíram de Férias - 277 páginas restantes
Mãe África - 57 páginas restantes
Pareceres (Machado) - 12 páginas restantes
O Futuro (Machado) - 34 páginas restantes
O Caminho da Porta/O Protocolo (Machado) - 68 páginas restantes
Turma da Mônica - ??

Coloquei livros bem possível também. Tirando o primeiro, que pelo tema (envolve agressão e estupro) é mais denso, os outros são mais tranquilos de ler, então creio que conseguirei sim ler essas 500 páginas sem maiores problemas.

A maratona vai acontecer somente aqui no blog, pois estou sem celular e sem câmera. Porém, no vídeo de cultural de novembro eu falarei sobre a maratona em vídeo também. A programação de posts estará listada abaixo, podendo haver alterações caso haja imprevistos.

Dois de novembro - 00:30 
Dois de novembro - 12:30 
Dois de novembro - 18:30
Três de novembro - 00:30
Três de novembro - 12:30
Três de novembro - 18:30

No primeiro dia da maratona não farei atualizações no blog por que vou falar sobre o que eu li neste dia na primeira atualização do dia dois. Espero que seja uma maratona bem produtiva, eu terei bastante tempo para ler tudo que eu quero e sei que com um esforço eu consigo ler tudo e ainda aproveitar bastante o meu dia vendo filmes e me divertindo. Let's Go!



Do mês / Outubro 2018

Frase do mês
"De Pedro Cabral à Sergio Cabral, gente vocês deram Redbull à cobra" _ Favela Vive 3.


Música do mês
Eles Não Ligam Pra Gente, com certeza a música que mais ouvi e a melhor música política lançada nos últimos tempos. Mas também quero destacar a música Bota a Cara, da Gabz, um hino. A Gabz é a namorada da Ana no filme Anavitória.


Filmes do mês
Vou indicar dois.
New Life, aqui no Brasil o nome dele é Uma Razão Para Recomeçar. É super emocionante, envolve romance e um drama que é cotidiano na vida de muitas pessoas, infelizmente. Eu achei o final bem previsível e clichê, boa parte do filme é assim, mas coisas clichês também têm sua beleza.













Goosebumps 2 - Halloween Assombrado. Eu e meu namorado fomos ao cinema, escolhemos ver esse filme. É bem infantil, e estávamos procurando por isso. Tem sustos em algumas partes, e por mexer com vários monstros do Halloween, não é recomendado para crianças pequenas, ou que se assustam com facilidade. Eu recomendo bastante para pessoas maiores de 10 anos, creio que qualquer tipo de pessoa vai gostar do filme.



Canal do mês
Adam. Não conheci o canal dele agora, mas só agora estou recomendando aqui. Nos últimos tempos eu tenho preferido ver sempre os mesmos canais, por que são conteúdos que eu sei que vou gostar, e o do Adam é o único de maquiagem que eu estou conseguindo ver. Ele diz que não segue nenhum padrão de gênero, então tudo bem chamar de "ele" ou de "ela.


Livro do mês
Um Toque de Clássicos. O livro do mês seria Frankenstein, mas eu ainda não o concluí, e apenas irei concluí-lo amanhã, então vou falar de outro livro que amei. Um Toque de Clássicos fala sobre os três grandes sociólogos, Karl Marx, Émile Durkheim e Max Weber


Look do mês
Apesar de não ter um look marcante, gostaria de dizer que esse mês eu me livrei do sutiã. Resolvi não usá-lo num dia em que fui sair e estava com uma blusa que eu sabia que ficaria bonita mesmo sem sutiã. Usei a mesma blusa no dia seguinte, para ir para a faculdade, e todas as pessoas disseram que eu não precisava usar sutiã, por que meu peito fica lindo sem.


Inspiração do mês
Esse foi um mês difícil, e eu apenas quero colocar como inspiração todas as pessoas que vão seguir lutando para um país justo de verdade. Não falo sobre política aqui, mas quem acompanha minhas redes sociais sobre que entre o Coiso e o capeta, eu preferiria votar no capeta. Tive crises de pânico e já recebemos ameaças na universidade, o medo é constante, e eu espero que nós possamos resistir e continuar existindo.


Comida do mês
Na minha cidade tem um fast food que se chama Edi's Burguer. Os hamburgueres são enormes, do tamanho do meu rosto, e são bem baratinhos. O que eu sempre como, e vem tanta coisa que pra morder eu preciso dar uma amassadinha no pão, custa apenas 11 reais. Recomendo bastante para os que moram em Sarzedo, Ibirité e quem mora ao redor do Marilândia. Eles têm delivery, e a taxa de entrega é baratinha também, então é um ótimo custo-benefício.


Fotos do mês




















quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Leitura todo dia #73



Mais uma semana de Leitura todo dia, projeto criado pela Nine Stecanella para fazer com que a leitura se torne um hábito na vida dos participantes. Eu sempre coloco metas, em número de páginas e em livros que quero ler. Nessa semana a meta é ler 230 páginas. É uma meta bem mediana, por que vou estar um pouco atarefada nessa semana e sei que não vou conseguir ler loucamente. Apesar disso, espero conseguir bater a meta.


No dia dezesseis eu li 12 páginas (15%) de 51 Fatos - Primeira Guerra Mundial. Li apenas para não deixar o dia sem leitura.

No dia dezessete eu li 35 páginas (44%) de 51 Fatos - Primeira Guerra Mundial e concluí a leitura do livro. É um livro bem interessante, sobre fatos bem gerais. Não vai te fazer ser um expert em guerras, mas é um livro que desperta a curiosidade, então serve muito bem como porta de entrada para pessoas que querem se aprofundar no assunto, mas tem algum receio. A minha única reclamação é que existem muitos erros ortográficos, em alguns momentos isso irrita muito.

E li também 12 páginas (dois capítulos) de Frankenstein. Estou gostando bastante da leitura, apesar de achar que o livro seria mais bem detalhado. Eu estar esperando algo diferente não significa que achei ruim, apenas que está sendo algo completamente novo, o que é até positivo, por que o livro vai acabar sendo uma surpresa completa pra mim.













No dia dezoito eu li 48 páginas de De Onde Vem Nossa Comida? que é um livro que fala de agroecologia para crianças. O livro inteiro é bem ilustrado, em todas as páginas têm ilustrações que explicam o que está sendo dito, mas a escrita é de uma linguagem que crianças mesmo não conseguiriam entender. Pelas ilustrações, é de se imaginar que o livro é destinado a crianças que têm entre 7 e 10 anos de idade, mas pela escrita, provavelmente apenas crianças com mais de 12 anos conseguiriam entender tudo. Mas como as ilustrações acabam ajudando no entendimento, crianças menores vão acabar entendendo uma coisa ou outra.

Também li 22 páginas (três capítulos) de Frankenstein. Meu objetivo era ler bem mais, mas eu tive que fazer uma lista de atividades de Histologia, então só consegui ler essas vinte e duas páginas mesmo, mas adorei a leitura. Apesar de ter sim uma coisa mais sombria, o livro está sendo bem tranquilinho.


No dia dezenove não teve leitura, foi um dia muito cheio e não consegui encaixar alguma leitura em momento algum. No dia vinte eu li apenas 7 páginas (um capítulo) de Frankenstein. O dia foi bem cheio, escrevi bastante para o blog, então tive pouco tempo para ler.



No dia vinte e um eu li 19 páginas (dois capítulos) de Frankenstein e o monstro começou a matar. Apesar de ainda não ter sido comprovado que ele foi quem matou, Frankenstein, ou seja, seu criador, tem plena certeza de que foi o monstro quem fez isso. É importante frisar, sempre que Victor Frankenstein é o homem, humano, que criou o monstro, e que, pelo menos até então, o monstro não possui um nome. E também é importante frisar que Victor Frankenstein não concluiu seus estudos em Ciências Naturais, portanto não é um doutor.




No dia vinte e dois eu li 6 páginas (um capítulo) de Frankenstein enquanto eu esperava a resposta de algumas coisas pra faculdade. Li 30 páginas do plano de governo do bolsonaro e 35 páginas do plano de governo do Haddad. Tive que ler para a disciplina Agroecologia, que discute muito questões políticas, afinal, agroecologia sem política é agricultura orgânica.

Existe até a campanha "sem feminismo não há agroecologia", que foi bastante comentada há alguns meses na internet, mas que existe há anos e anos.

Eu li apenas parte que são relacionadas ao meio ambiente, e partes específicas que eu sabia que seria bom utilizar para um bom embasamento político durante a discussão dos planos na aula.



No dia vinte e três eu li 15 páginas (dois capítulos) de Frankenstein. Estava na casa de uma amiga, mas como eu não bebo, enquanto eles bebiam eu fiquei no quarto dela lendo. Os dois capítulos que li são narrados pelo monstro, o que é incrível! Ver a história pelos olhos de cada personagem é bem interessante, e até estou achando o monstro bem humano. Basicamente ele só queria companhia.





Nessa semana eu li 241 páginas, o que dá a média de 30,1 páginas lidas por dia. Consegui bater a meta de páginas, apesar de não ter conseguido bater a meta de livros. Estou bem feliz por ter conseguido ler um pouquinho mais do que eu pensei que seria capaz de ler.

Sei que na próxima semana terão alguns dias sem leitura, por causa de um evento que eu estou ajudando a organizar e vai durar 2 dias inteiros e com toda certeza eu não vou querer ler quando chegar em casa, por que vou ter que dormir cedo para acordar cedo no outro dia. Mesmo assim, espero que nos dias em que eu estiver mais desocupada tudo corra bem.


51 Fatos - Primeira Guerra Mundial - 47 páginas lidas Concluído
De Onde Vem a Nossa Comida? - 48 páginas lidas Concluído
Frankenstein - 81 páginas lidas
Plano de Governo Haddad - 35 páginas lidas
Plano de governo bolsonaro - 30 páginas lidas



domingo, 21 de outubro de 2018

Resenha: A Metamorfose de Franz Kafka





























Título: A Metamorfose
Título original: Die Verwandlung
Autor: Franz Kafka
Editora: Rideel
Ano de publicação no Brasil: 1956
Número de páginas: 32
Onde encontrar: Amazon (ebook) / Saraiva¹ / Saraiva² / Domínio Público
Nota: 5/5

QUERO DEIXAR CLARO, que a imagem da capa usada aqui é meramente ilustrativa. Eu li a versão que está disponível no Domínio Público, que está apenas traduzida, não adaptada, e não contém ilustrações. Mas como os livros do Domínio Público normalmente não tem capa, e a paginação era quase a mesma, eu escolhi essa capa para ilustrar a resenha. Enjoy!

A Metamorfose é uma releitura para mim. Já havia lido essa novela em 2015, e me lembro de, naquela época, não ter gostado da leitura. Inclusive existe uma resenha antiga desse livro, clicando aqui você terá acesso à ela. Este post vai falar sobre as minhas opiniões e pensamentos atuais sobre esse livro e sobre como a minha visão sobre ele mudou tão drasticamente em apenas 3 anos.

Em A Metamorfose, o personagem principal, Gregor, ou Gregório Sansa, que é um caixeiro viajante, o que seria como um representante de vendas hoje em dia, se torna um inseto. Ele dorme, e quando acorda percebe que há algo diferente, que agora ele está muito mais largo e possui várias pernas que ele, num primeiro momento, não consegue controlar. 

O livro é dividido em três capítulos, e podemos dizer que o primeiro é sobre como o Gregor se aceita nessa nova forma e tenta continuar agindo como se nada tivesse acontecido e ele ainda estivesse na forma humana; o segundo é sobre a reação da família dele e sobre o que eles decidem fazer num primeiro momento; e o terceiro é sobre o que de fato a família dele faz e pensa sobre a nova forma do Gregor.

Gregor faz de tudo para continuar a vida como ela sempre foi. A primeira coisa que pensa é que está atrasado para o serviço, tenta se levantar e ir trabalhar. Uma das pessoas do escritório vai até a casa da família de Gregor para saber o que houve, e assim que vê o que aconteceu, sai correndo como se tivesse visto o demônio. A partir daí começamos a acompanhar as reações de cada uma das pessoas da família de Gregor, bem como suas empregadas.

Em momento algum da narrativa Gregor diz ter se transformado em barata, porém em uma cena, um dos outros personagens o chama assim, o que faz com que todas as pessoas que leem o livro também pensem dessa forma, e até mesmo antes de conhecer a história eu já tinha a imagem da barata na mente, mas isso não aconteceu dessa vez.
























Como alguns sabem, sou bióloga em formação, e isso mudou tudo. Lendo o livro eu apenas consegui imaginar o Gregor como um besouro gigante, e não como uma barata. Uma das coisas que me fez imaginá-lo assim, é o fato de ele falar que ele está bem largo, quase tampando a cama inteira (cama de casal) e não dizer que também está cumprido, o que aconteceria se fosse uma barata. E imaginar o personagem principal como besouro acabou me ajudando, já que entre besouros e baratas eu prefiro besouros. Isso fez com que eu tivesse uma empatia maior pelo personagem. Em alguns momentos Gregório fala sobre alguns líquidos meio pastosos saindo de seu corpo, o que também me faz achar que ele na verdade se tornou um besouro.

Uma boa crítica a se fazer depois da leitura desse livro é sobre como nossa forma física aproxima ou afasta as pessoas. Enquanto pessoa, todas as pessoas se aproximavam de Gregor sem medo, porém após a metamorfose, as poucas pessoas que tinham coragem de entrar em seu quarto, por exemplo, faziam isso com muito medo. A irmã sabia que era Gregor ali e sabia que ele não a faria mal, mas qualquer mínimo movimento que ele fazia, era motivo para que ela corresse.

Acompanhar a vida de Gregório enquanto inseto foi bem legal dessa vez. Achei muito interessante, mas de novo, isso provavelmente se deve ao fato de eu estar cursando biologia, então acho os comportamentos animais muito interessantes. Nesta novela é especialmente interessante por que é um ser humano, acostumado a andar e comer de formas "humanas", e que de repente passou a não conseguir mais fazer isso. Ver essa mudança e essa adaptação em tudo na vida do personagem é muito interessante.

Uma coisa que havia me incomodado bastante na primeira leitura foi o fato de em boa parte do livro os pais do Gregório simplesmente ignorarem que ele existe, o pai prefere acreditar que o filho morreu do que pensar que ele se transformou em um inseto gigante e asqueroso. Hoje eu já acho que isso é algo genial no livro. Mostrar a indiferença e a preferência da família diante da situação é o que faz o livro acabar sendo agoniante, pois vemos que Gregor quer muito o apoio da família, porém tudo que a família quer é estar longe dele.

Não apenas por medo, mas por nojo também. Podemos relacionar isso à várias outras coisas da vida. Sobre como o que nós somos faz com que a sociedade nos encare com nojo e repulsa. Esse livro pode ser, bem lá no fundo, a história de qualquer pessoa que se sentiu desencaixada, num lugar onde ninguém a quer, mesmo que seja o lugar ao qual ela sempre pertenceu. 

Gregório vai aceitando tudo que acontece com ele. As feridas, internas e externas são abraçadas por ele como suas únicas amigas, e o final é realmente muito triste. Confesso que em certos momentos eu tinha raiva da passividade do Gregor, queria que ele se fizesse ser respeitado de alguma forma, que ele lutasse pelo respeito que ele merece, mas também sei que na situação em que ele estava era algo quase impossível.

A escrita do autor, por ser um livro antigo, é rebuscada, mas não é nada impossível de ler. Pessoas que não têm costume de ler muito provavelmente vão demorar um pouco para ler o livro por causa do tipo de linguagem, mas pessoas que já leem com uma certa frequência conseguem ler o livro inteiro em um dia. Lembrando que existem várias e várias versões desse livro, já que ele é um clássico mundial da literatura.

Recomendo aos que gostam de livros que causam repulsa, que de alguma forma te fazem sentir mal, não apenas pela forma do personagem principal, mas pelo modo como ele passa a ser tratado. Também recomendo aos que querem uma leitura rápida, porém com várias reflexões que podem ser feitas. E por fim, recomendo aos que gostem de histórias de fantasia e de drama, pois são os dois elementos mais fortes da narrativa.

quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Leitura todo dia #72


E se inicia mais uma semana do projeto Leitura todo dia, criado pela Nine Stecanella, com o objetivo de fazer com que a leitura se torne um hábito. Nessa semana eu não terei aulas na faculdade, então vou conseguir produzir mais aqui para o blog, já estou arrumando vídeos novos para o canal, e espero consegui ler bastante também. Minha meta, em páginas, vai ser bem alta, já que sei que vou precisar ler muita coisa. A meta dessa semana é de 500 páginas, e espero até mesmo conseguir passar disso. Além de estar em casa essa semana, nas próximas semanas eu terei várias provas e trabalhos, então realmente vou precisar dar um gás agora, para depois ficar concentrada apenas nos estudos. E abaixo as metas por livros.

Um Toque de Clássicos - faltam 144 páginas - quero ler 144 páginas
Frankenstein - faltam 256 páginas - quero ler 150 páginas






No dia oito eu li 12 páginas (um capítulo) de A Metamorfose, do Kafka, que é o livro de agosto do meu desafio de 12 livros para 2018. Sim, comecei bem atrasada, mas o importante mesmo é ler. Me lembro de não ter gostado desse livro da primeira vez que o li, mas estou dando uma nova chance, por que sei que com o passar dos anos o nosso gosto vai amadurecendo, e mais do que isso, nossas ideias vão amadurecendo. Não estou amando, mas estou gostando.













No dia nove eu li 47 páginas (cerca de 0,7 do capítulo) de Um Toque de Clássicos, livro que preciso ler para fazer uma prova de Sociologia da Educação na faculdade. Para os que não sabem, eu curso licenciatura em biologia, então preciso ler bastante sobre educação. Esse livro fala sobre os três grandes clássicos, Marx, Durkheim e Weber, nessa ordem.

Também li 18 páginas (o conto inteiro) de Sua Nota é Dez, um conto erótico. Gostei bastante dele, apesar de hoje em dia, ser estranho ler algo que fantasie sexualmente os professores.



No dia dez eu li 13 páginas (cerca de 0,3 do capítulo) de Um Toque de Clássicos e terminei o primeiro capítulo, sobre o Marx. Como preciso ler para fazer uma prova, estou fazendo várias anotações, o que faz com que a leitura, que já não é tão fácil, fique mais demorada. Estou gostando bastante. Amo antropologia.



No dia onze eu li 36 páginas (um capítulo) de Um Toque de Clássicos e comecei a parte do Durkheim. Eu melhorei muito a minha nota na redação do ENEM de 2017 usando uma citação do Durkheim como base para escrever. Vou deixar a citação aqui, por que ela serve em literalmente qualquer contexto em que estivermos falando sobre sociedade.

"De acordo com Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e pensar, dotada de exterioridade, generalidade e coercitividade. Seguindo essa linha de pensamento, o (INSIRA AQUI A PROBLEMÁTICA DO TEMA) encaixa-se na teoria do autor, uma vez que, se uma criança vive em uma família na qual (INSIRA AQUI O QUE ESSA FAMÍLIA ENSINOU POR MEIO DO CONVÍVIO PARA ESSA PESSOA SE COMPORTAR DA FORMA QUE GERA A PROBLEMÁTICA), esse indivíduo em formação tende a repetir esse comportamento, transmitindo-o de geração em geração."

Créditos ao canal ASMR lá nas alturas, que eu vi 30 minutos antes de sair de casa, para ficar calma, e consegui pegar essa super dica que aumentou bastante minha nota na redação.

Li também 22 páginas (dois capítulos) de A Metamorfose e concluí a leitura do livro. Ele é bem curtinho, e li numa versão em que só tem o texto do Kafka mesmo, sem introdução nem nada. Gostei bastante da leitura dessa vez, pude aproveitar bem mais. Não amei, mas gostei bastante.




No dia doze eu li 17 páginas (introdução e prólogo) de Frankenstein da Mary Shelley, que é o livro do mês de outubro no desafio de 12 livros para 2018. Ou seja, com esse livro eu estou em dia. Li as partes em que a autora fala sobre o livro e adorei saber sobre como o livro foi criado. Apesar de já saber por alto qual era a história, ler a autora falando sobre isso é sempre melhor.

Também li 23 páginas de O Lucro ou as Pessoas e li 8 páginas (cerca de 0,3 do capítulo) de Sociologia da Educação do Bourdieu, também para a prova de Sociologia da Educação. Eu simplesmente amei o texto do Bourdieu, que fala bastante sobre a desigualdade social promovida pelas instituições educacionais.



No dia treze eu li 17 páginas (cerca de 0,3 do capítulo) de Um Toque de Clássicos e sigo gostando bastante do livro. E também li 7 páginas de Condição de Classe do Bourdieu, que obviamente também é para a prova. Eu também preciso fazer um trabalho, relacionando todos os textos que li, então eu preciso lê-los com calma e entender tudo direitinho. São textos ótimos, mas são densos, então não são leituras nada rápidas.



No dia quatorze eu li 31 páginas (cerca de 0,7 do capítulo) de Um Toque de Clássicos e concluí a leitura do livro. Estou feliz por ter feito essa leitura. Não me fez realmente entender por que a nossa sociedade está onde está, mas saber que não começou agora e que ela vai estar em constante mudança, sejam mudanças boas ou ruins,  de certa forma alivia. Apesar de também dar um certo medo.

Li 30 páginas de As Prisões da Miséria e é uma leitura que realmente recomendo a todas as pessoas. Fala muito sobre o preconceito etnorracial por parte da polícia e por parte da sociedade, que faz de tudo para que os guetos saiam da "sociedade" e sejam encarcerados. É um livro maravilhoso. Obviamente eu não o li inteiro, li apenas as partes que julguei ser mais importantes.

Também li 20 páginas de A Social-Democracia, que é um texto mais denso, e fala bastante sobre política, obviamente, e usa muito das teorias do Marx para explicar por que a política está um caos na sociedade atualmente. Fala sobre votos comprados, promessas de eleição que nunca são cumpridas e sobre muitas coisas que estamos vivendo no Brasil atualmente.

Li 33 páginas (41%) de 51 Fatos da Primeira Guerra Mundial. Confesso que só comecei a ler esse livro por que estava sem nada para ler. Foi a minha primeira leitura do dia. Eu acordei pela madrugada, e como não consegui dormir novamente, comecei a ler o que já estava baixado no kindle do celular do meu namorado.

E por fim li 15 páginas (um capítulo) de Frankenstein e agora eu sei que quem conta a história não é o próprio doutor, e sim o capitão de um navio. O doutor vai conversando com esse capitão, e esse capitão vai anotando as conversas, e assim o livro é escrito. Eu li muito nesse dia, o que eu achei ótimo e espero que se repita ainda esse mês. Como sei que a próxima semana vai ser corrida, já que eu vou ter que ficar todos os dias na faculdade, aproveitei pra ler mais nesse domingo.



No dia quinze não houve leitura. Não teve clima para leitura e não me forcei. Cheguei em casa cansada da faculdade, tive que fazer algumas coisas, e depois eu só dormi. Precisava disso.



Nessa semana eu consegui ler 349 páginas, o que dá 43,6 páginas por dia, e é a minha maior média dos últimos meses. Estou bem feliz com essa média. Sei que não consegui ler tudo que queria, li 151 páginas a menos e não consegui ler a quantidade de páginas que eu queria ler de Frankenstein, mas fico feliz por pelo menos ter lido muitas páginas. A próxima semana vai ser mais cheia e não sei se vou conseguir ler tanto, mas vou tentar pelo menos ler todo dia.


A Metamorfose - 34 páginas lidas Concluído
Um Toque de Clássicos - 144 páginas lidas  Concluído
Sua Nota é Dez - 18 páginas lidas Concluído
Frankenstein - 32 páginas lidas
51 Fatos Primeira Guerra Mundial - 33 páginas lidas
O Lucro ou as Pessoas - 23 páginas lidas
A Sociologia da Educação - 8 páginas lidas
Condição de Classe - 7 páginas lidas
As Prisões da Miséria - 30 páginas lidas
A Social-Democracia - 20 páginas lidas

terça-feira, 16 de outubro de 2018

o horror do suicida



Estamos em outubro, também conhecido como mês do horror. Os posts aqui no blog estão sendo temáticos, exceto os posts do Leitura todo dia. Hoje eu vejo com um texto que descreve minha vida, e descreve alguns perrengues que passei nas últimas semanas. Eu espero que possa ajudar alguém de alguma forma, e que ao menos seja um texto bom de se ler. 



quinta-feira. mais choro. não era pra ser assim, pelo menos não aqui. eu tentei tanto me controlar, por que nunca nada dá certo? preciso parar de chorar. o pulmão tá doendo, o ar tá entrando quente demais, parece que vai queimar. ele me viu chorando. ele tá chegando perto. me abraçou. é um abraço tão gostoso, mas não me acalma, não leva embora os meus pensamentos. tá tudo uma bagunça. não consigo fixar num pensamento. são pensamentos demais, indo e voltando, sem uma ordem lógica, apenas aparecem e no instante depois não estão mais aqui. tudo é desordem. eu não vou conseguir. não deveria nem ter tentado. eu sabia que não ia conseguir chegar ao fim, por que comecei? por que vim atrás dessa humilhação toda? mas eu preciso ficar calma, vai dar tudo certo. mas eu sou bem burra, né? pensar que conseguiria me conter depois de tudo aquilo. eu sabia que não teria preparo pra assistir uma palestra sobre suicídio e mesmo assim eu fui. eu queria poder entender mais sobre o assunto, mas parece que eu sei bem até demais. e isso me assusta. mas talvez eu mereça mesmo morrer. não. sábado. madrugada. tá acontecendo de novo. que desespero. eu sou mesmo burra. não vou conseguir passar em matemática. não sei pra que tanta matemática em biologia. eu vou desistir. não posso desistir. se eu não conseguir agora não vou conseguir depois também. não tem jeito. eu vou mesmo ter que desistir. nem vou ir pra aula hoje. eu sou burra. idiota. feia. ridícula. eu vou me matar. vou? eu vou. sei que vou. não posso deixar isso acontecer. preciso segurar minhas próprias mãos. se eu soltar, me mato. eu vou me matar. ele tá do meu lado. do meu lado. não posso fazer isso com ele. eu amo ele. como eu posso pensar em me matar estando no quarto dele, deitada ao lado dele? ele não merece isso. acordar e encontrar a namorada morta. é cruel demais. mas se eu ficar assim eu vou me matar. anjo, pega água pra mim? será que foi certo acordar ele? eu tava assustada demais sozinha. ele tá olhando pra mim, tá com medo. tá passando as mãos nas minhas costas. vai ficar tudo bem. deita aqui comigo. vai ficar tudo bem. não vai. vai sim. anjo, eu quero morrer. fica calma. se eu ficar sozinha eu vou me matar. só fica calma, vai ficar tudo bem. e ficou tudo bem depois. mas naqueles momentos eu pensei que fosse morrer. pensei que fosse me matar. e isso me assustou por que eu sabia que eu tinha coragem suficiente pra isso. mas eu não morri. pelo menos não agora. obrigada anjo, você me salvou.



Eu coloquei ações, pensamentos, falas minhas, falas de outras pessoas, tudo junto e misturado. Porque sim, o intuito é que fique bem confuso, por que o maior sentimento que eu senti nesses momentos, depois do medo, foi confusão. Aos que estão passando por um momento difícil, liguem para 188, Centro de Valorização da Vida. Sua vida importa.

segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Leitura todo dia #71

Mais uma semana do projeto Leitura todo dia, criado pela Nine Stecanella, com o objetivo de fazer com que a leitura se torne um hábito. Minhas metas sempre variam, e nos últimos tempos eu não tenho conseguido alcançar todas elas, mas sempre tento colocar metas para não ficar muito solto, e eu ler o que realmente preciso ler. Nessa semana a meta de páginas é de 200 páginas, e abaixo segue a meta por livros. Em outubro está acontecendo o Mês do Horror aqui no blog, e também vai rolar lá no canal, então as minhas leituras vão acabar sendo temáticas.


Alameda dos Pesadelos - faltam 107 páginas - quero ler 107 páginas
A Metamorfose - faltam 32 páginas - quero ler 32 páginas



No dia primeiro não teve leitura. Fiquei o dia inteiro na faculdade, e de noite eu fui fazer minhas primeiras tatuagens. No dia dois eu li 11 páginas (um capítulo) de Alameda dos Pesadelos. Já passei da metade do livro e estou encontrando coisas que eu sinceramente não esperava encontrar, mas que são muito boas. Estou amando a experiência de leitura desse livro.













No dia três eu li 52 páginas (quatro capítulos) de Alameda dos Pesadelos e já estou na reta final do livro. Estou gostando muito, e já recomendo muito que todos façam a leitura do livro. O livro coloca horror/terror em situações do dia a dia, e em crenças, o que eu acho genial, pois nos faz ver que muitas vezes a nossa esperança é o desespero de alguém.


No dia quatro eu li 44 páginas (dois capítulos) de Alameda dos Pesadelos e concluí a leitura do livro. Recomendadíssimo. Creio que todas as pessoas, maiores de 16 anos (ou que consigam ler esse tipo de história e dormir de noite), vão gostar de ler este livro. É incrível como a autora consegue fazer com que todos os personagens sejam interligados e não deixar a história confusa. O livro tem poucos personagens, mas todos tem histórias bem densas.


No dia cinco eu li apenas 6 páginas (25% do conto) de Este Conto não tem Título. Eu confesso que não entendi muita coisa do que li até agora, fiquei boiando, mas não quero desistir do livro. Li também 6 páginas (15% do livro) de Conta Gotas: Máximas e Reflexões, e para ser bem sincera, estou achando ruim. A maioria das frases são sem sentido ou preconceituosas de alguma forma. Confesso que marquei algumas frases, mas elas não compensam as frases ruins.



No dia seis eu li 11 páginas (48% do conto) de Este Conto não tem Título e agora eu estou entendendo e gostando do conto, mas nem parece ser o mesmo conto que eu estava lendo no dia anterior.



No dia sete eu li 32 páginas (85% do livro) de Conta Gotas: Máximas e Reflexões e realmente o livro é horrível! Na minha vida inteira eu dei 2 estrelas pra menos de 5 livros, e esse livro conseguiu ganhar só duas estrelas. Eu até fiz algumas marcações, mas como eu disse, 10 frases boas em 100 é perda de tempo e papel. Sério, é muito ruim. Há várias frases preconceituosas, algumas não fazem o mínimo sentido e muitas delas são confusas. O autor é professor em algum lugar e tenho dó dos alunos dele.

Li também 6 páginas (27% do conto) de Este Conto não tem Título e gostei do conto. Dou 3,5 estrelas para ele. É um conto bom, mas o início é muito confuso. Na verdade o conto inteiro é confuso, mas no início ele é confuso ruim, mas a partir de um certo momento ele passa a ser um confuso que faz sentido.

E por fim, li 3 páginas de Carta ao Sr. Bispo do Rio de Janeiro, do Machado de Assis. Na carta ele faz uma crítica incrível ao clero da época, que podemos facilmente associar aos cristãos de hoje. É uma leitura que eu recomendo, não somente pro ser extremamente curta, mas por trazer boas reflexões. Lembrando que o Machado era político e cristão, então ele tem propriedade para falar do clero, que estava direta ou indiretamente ligado à política.




Na primeira semana de outubro eu consegui ler 171 páginas, o que dá 24,4 páginas por dia. Não consegui alcançar todas as minhas metas, mas fico extremamente feliz por ter conseguido ler o livro principal da semana. Aconteceram algumas coisas nessa semana que me tiraram do foco em tudo na vida, mas na segunda semana de outubro eu não terei aulas na faculdade, então vou poder me dedicar totalmente à leitura e espero conseguir ler bastante.


Alameda dos Pesadelos - 107 páginas lidas Concluído
Este Conto não tem Título - 23 páginas lidas Concluído
Conta Gotas - 38 páginas lidas Concluído
Carta ao Sr. Bispo do Rio de Janeiro - 3 páginas lidas Concluído




domingo, 7 de outubro de 2018

Resenha: Alameda dos Pesadelos de Karen Alvares























Título: Alameda dos Pesadelos
Autor: Karen Alvares
Editora: Editora Cata-vento
Ano de publicação no Brasil: 2014
Número de páginas: 268
Preço: R$ 14,90 (ebook)
Onde encontrar: AmazonSkoob
Nota: 4/5



Vivian  é filha e mãe. Mora com seu pai e seu filho, Lucas, e vive uma vida relativamente boa. Trabalha em um escritório e volta todos os dias bem cansada para a casa. Neste dia, ela acaba voltando para casa bem atrasada e acaba pegando uma chuva bem forte. Chega em casa estressada com tudo e todos, mas vai se acalmando quando resolve brincar com Lucas. Mas o que ela não conta para ninguém, é que no caminho ela havia visto aquele homem.

Aquele homem que era o pai biológico de Lucas, mas que nunca foi um pai de verdade. O homem que sumiu de sua vida assim que descobriu que uma criança viria, e a deixou sofrendo sozinha. Vivian sempre teve ajuda dos pais, especificamente de seu pai, já que sua mãe faleceu antes mesmo de Lucas nascer, mas sabia que o sonho dos pais era que ela se casasse com um homem exemplar e então tivesse filhos, o que não aconteceu. Vivian era a decepção da família, ou pelo menos se sentia assim.

Gabriel, o pai de Lucas, apareceu novamente. Ele começou a perseguir Vivian e até mesmo o filho Lucas, e ela sabia que isso era impossível. Gabriel estava morto. Mas o filho havia dito que um homem com a jaqueta com desenho de corvo nas costas havia aparecido, e Vivian sabia que era Gabriel. Novamente com aquela maldita jaqueta que ela tanto odiava. 

Vivian sabia que era loucura, mas também sabia que era real. Ela viu Gabriel, Lucas também o viu, e em todas as situações ele parecia nervoso, buscando vingança por algo que Vivian não sabia o que era, afinal, foi ele quem a abandonou. Tudo isso por ciúme. Vivian, um ano antes de conhecer Gabriel, havia perdido o amor de sua vida, Joshua, e ainda guardava tudo que havia ganhado dele. Gabriel ficou louco de ciúmes de Joshua, um rapaz morto, e então o namoro dele com Vivian terminou. Mas terminou tarde demais, ela já estava grávida.

Agora Vivian vai precisar entender seu propósito na vida, proteger o filho e o pai, proteger a si mesma, e fazer o possível para que Gabriel fique longe. Como o pai dela é espírita, fala bastante sobre concertarmos nesta vida o que fizemos de ruim em vidas passadas, e não cometermos novos erros, pois apenas assim conseguiremos viver em paz, mas Vivian não acredita que haja um deus, ou espíritos, e muito menos que algum deles se importe com o que ela passa todos os dias, então a única coisa que ela consegue fazer é fugir


























Alameda dos Pesadelos é um livro de terror, mas que envolve muitas outras questões além do horror puro. Envolve relacionamento abusivo, tragédias familiares, laços de outras vidas, inferno e céu. 

Eu confesso que esperava algo totalmente diferente do que encontrei lendo o livro. Esperava algo mais terror e não tanto horror, ou seja, esperava mais cenas de agressão ou momentos mais agressivos, e o que encontrei foi mais horror psicológico, traumas que foram usados contra os personagens para os fazerem sofrer por dentro. Apesar disso, à medida que o livro vai caminhando, as cenas de terror, onde há sofrimento físico e carnal nos personagens acontecem mais frequentemente e são realmente horríveis. São imagens que passam por nossas cabeças ao longo da vida, mas quando vemos isto num livro nos dá um sentimento diferente. 

A quantidade de vezes em que o sangue é mencionado e esparramado no livro é enorme, e essas cenas são incríveis. Além de muito bem escritas, são cenas de filme, daquelas em que o sangue toma todo o lugar, o cheiro de sangue podre incomoda só de ler. Em momentos específicos do livro, ler essas cenas chega a ser agoniantes, o que é ótimo, já que esse é o objetivo maior dos livros de horror e terror: causar agonia e medo.

Creio que o que pode impedir algumas pessoas de gostar do livro é o fato de envolver crenças, e envolver essas crenças de uma forma nada aprofundada. Ou seja, no livro a autora utiliza o senso comum sobre determinada crença para construir o enredo, e sei que algumas pessoas podem se sentir incomodadas com isso, não por ser errado usar o senso comum, mas por que muitas outras coisas poderiam ser abordadas e deixar o livro ainda mais horripilante. Além de que algumas coisas poderiam sim ter sido abordadas de forma diferente, o que não faz o livro ser ruim, mas faz com que ele seja menos profundo.

A escrita da autora foi algo que me incomodou em algumas partes. É difícil explicar, mas muitas vezes o livro foi escrito de uma forma que não me fazia acreditar no que estava acontecendo, no sentindo de não conseguir comprar a ideia. Creio que o legal dos livros de terror e horror é surpreender o leitor, e em momento nenhum acontecem surpresas. Não acho que isso seja um grande defeito, já que a escrita da autora, por ser bem fácil, faz com que a leitura seja bem rápida, então a leitura não fica empacada, mas pode ser outra coisa que faça com que os leitores não gostem tanto da história. Eu particularmente gosto bastante de escritas rápidas, creio que na maioria dos casos elas funcionam melhor, já que muita descrição acaba ficando cansativo, mas também é preciso saber até que ponto sua escrita é rápida e onde ela começa a ser pobre de detalhes.

Eu gostei do livro por ele envolver vários temas, principalmente por ele envolver céu e inferno. Apesar de entender que algumas pessoas podem não gostar tanto dessa parte, por ser mais filosófica e envolver crenças, eu adorei. Não costumo ler livros que envolvam especificamente essa crença, então ler sobre ela, mesmo que fosse de uma forma mais comum e popular, me deixou feliz. Acho que além de apenas envolver essa crença, a autora conseguiu fazer horror com isso, o que obviamente é o mais legal do livro, pegar algo que deveria ser esperançoso e transformar em puro horror.

Também gostei bastante da construção dos personagens. Mesmo o enredo sendo previsível, creio que os personagens serem exatamente quem são, fez com que o enredo acabasse se tornando interessante e gostoso de acompanhar. É bem mais do que apenas saber ou não o que vai acontecer, mas é viver tudo aquilo junto com os personagens, algo que eu consegui, e foi isso que me fez gostar tanto do livro.

Recomendo muito a leitura de Alameda dos Pesadelos, e creio que é uma boa introdução à obra da autora. Recomendo essa história para amantes do horror, pessoas que gostam de livros que envolvem crenças de uma forma não tão esperançosa. Também para quem gosta de livros que abordem inferno e céu no geral, mas que não esperam grandes surpresas sobre esses temas. E por fim, recomendo para os que querem ler uma boa história que flua e seja rápida na medida certa.

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Resenha: Indigesto de Flávio Karras




Título: Indigesto
Autor: Flávio Karras
Editora: Publicação Independente 
Ano de publicação no Brasil: 2018
Número de páginas: 185
Onde encontrar: Amazon / Skoob
Nota: 5/5



A primeira resenha do Mês do Horror 2018. O Mês do Horror foi criado pela Tatiana Feltrin. Todas as resenhas de outubro, exceto a do dia 11, serão temáticas de horror e terror. A resenha é grande pois possui um parágrafo para cada um dos contos + comentários no fim. Aproveitem.

Indigesto é um livro composto por 13 contos de horror, tendo como temática o ato de engolir. Alguns contos são maiores e outros menores, então o ritmo de cada um deles é diferente, mas no geral, são contos rápidos de serem lidos. Vou falar sobre o enredo de cada conto, sem spoilers, e na parte final falo sobre a escrita do autor e minhas opiniões. Para começar quero deixar claro que terror é o que te assusta ou te enoja, horror é o que te faz ter medo.

O primeiro conto do livro é Asa de Barata. Um homem tem TOC com limpeza, a sua cada precisa estar sempre 100% limpa. Ele não recebe visitas, não tem animais de estimação e nem filhos pois sabe que com isso em casa não seria possível mantê-la sempre limpa. Sua esposa já é acostumada ao jeito dele, então acaba não ligando, apesar de eles gastarem uma quantia bem alta apenas com produtos de limpeza cada vez mais fortes. A esposa o convence a receberem a família dela para uma visita, e depois de muita conversa ele acaba cedendo. Ele prepara várias toalhas e sabonetes para que as visitas possam estar sempre limpas, mas ele mesmo as utiliza. Quando os parentes da esposa chegam, ele vê uma asa de barata no quintal, tira ela dali com as mãos e acaba ficando vários minutos lavando-as por causa do TOC. Depois desse momento ele fica paranoico, pensando que a barata vai voltar para matá-lo, e enquanto os parentes da esposa comem, felizes, ele apenas consegue pensar em como será a vingança da barata.

Depois temos Miau, um conto narrado por um gato. No início é narrado em terceira pessoa, e o narrador não é um personagem, é apenas um observador. Uma senhora é encontrada morta já com partes do corpo faltando. Depois passamos ao gato narrador e personagem principal. Ele está conversando com outros gatos e revela que foi ele quem matou a senhora. Matou-a de susto, e depois comeu partes da carne dela. Como se fosse uma bola de pelos, ele coloca para fora um olho e pede que algum dos outros gatos coma. A partir daí a turma de gatos começa a planejar vários assassinatos no prédio para poder comer a carne dos humanos.

Onde está o horror? narra a difícil noite de um autor de livros de horror que precisa escrever uma boa história logo. Ele acaba tendo um bloqueio, acha que todas as ideias que está tendo são bobas demais. Seu namorado abre uma garrafa de rum, o autor diz que precisa dela e sai. A passagem de tempo no conto é marcado pela quantidade de mls que ainda restam na garrafa. Começa com 750ml e vai até zero. Para tentar achar sua inspiração, entre outras coisas, o autor rouba um cadáver do cemitério, e como já está bêbado, começa a tratar o esqueleto como sua namorada.

O conto Hora do Cafezinho é um dos mais reais, na minha opinião. Um funcionário com fobia social sabe que todos os dias, na hora do café, vai ser obrigado a conversar com as pessoas, ou ao menos escutá-las falando, coisa que ele odeia. Neste dia em específico, é aniversário de algum funcionário, o que faz com que o horror e estresse do personagem principal vá aumentando cada vez mais. Ele vai traçando planos mentais de matar todos os outros funcionários e sair dali o mais rápido possível, enquanto todos estão felizes comendo o bolo.

Comida Orgânica é o conto que mais me impactou e me marcou. Neste conto os humanos tidos como irracionais, são criados como gado ou como animais de estimação, e são os animais que criam esses humanos. Os animais são diversos, desde jacarés até leões. Um jacaré é funcionário de uma empresa que faz com que as humanas fiquem grávidas a todo momento para produzirem leite, tiram suas crias e as matam para fazer carne. É melhor que os partos sejam normais, já que há menos risco de a mãe morrer e eles perderem sua produção, mas os últimos partos têm sido cesárea. O jacaré acaba ficando incomodado depois de anos trabalhando ali, diz que não é certo fazer isso com os humanos, e acaba montando uma fazenda orgânica, onde segundo ele os humanos são tratados de uma forma que os fazem bem, mas não é bem assim.

Em meio aos contos em texto corrido há um poema, A triste sina do homem embaralhado, que conta a história de um homem que nasceu com o corpo inteiro fora do lugar. Ele cheira pelo ouvido, respira pelo ânus e tudo no corpo dele é assim, com as funções embaralhadas.

Temos o conto O brigadeiro, em que os personagens principais são os ingredientes que nós colocamos no brigadeiro, e todos tem sentimentos e falam. Os personagens são Achocolatada, Margarina e Farinha. Para eles, o ato de serem misturados um no outro é sexo. E esse conto chega a ter um toquezinho erótico, já que para o brigadeiro ser formado, é preciso que o preparador mexa bastante os ingredientes até ficarem homogêneos. Só podem participar desse sexo os ingredientes que forem convidados.

Provavelmente o conto mais repugnante do livro é Os dois lados da mesa. Um mendigo, que deve ter perto de cinquenta anos, vai tomar café no lugar de costume, de graça. Chegando lá ele descobre que o pão que ganhava agora passa a ser apenas meio, a prefeitura precisa cortar gastos. Depois a prefeitura vai tomando várias medidas horrorosas, desumanas. A primeira é fazer com que todos os mendigos virem números e passem a ser conhecidos como "números", depois começa a dar ração nutritiva, que provoca diarreia. Como solução, é implantada uma política de dar banho e tosa nos "números" periodicamente, já que eles acabam ficando fedidos por causa da diarreia. Não vou dizer quais são outras medidas, mas a final é tão repugnante que provavelmente pessoas sensíveis vão passar mal lendo. E veja que a prefeitura poderia apenas ter voltado ao pão com manteiga e café, mas continuaram dando a ração, e por causa disso tiveram que ir implantando mais e mais medidas desumanas.

Sem açúcar, por favor conta história de um adolescente obeso. Ele não tem problemas com o peso, ou pelo menos diz não ter. Ele gosta de games, fica o dia inteiro no computador jogando um jogo de RPG estratégico e não liga para nada. Um dia, indo à doceria que sempre frequenta, encontra uma garota linda e resolve que para conquistá-la ele precisa emagrecer. Mas ele precisa disso com urgência, precisa emagrecer mais de 10kgs em menos de uma semana. Para acelerar o processo ele compra remédios pela internet, toma duas pílulas de cada um, mas acaba não se importando muito com os efeitos colaterais. O que acontece é que ele começa a alucinar, a imaginar que a vida é o RPG que estava jogando e começa a literalmente matar todos que pareçam ser inimigos de formas horríveis.

Viver de sol narra a história de Margarida. Ela é auxiliar da cozinha de um programa matinal, onde uma apresentadora conversa com um fantoche de pássaro. Soa familiar? Sempre que a apresentadora erra ela acaba colocando a culpa em Margarida, e como é ao vivo, os telespectadores acham que realmente Margarida é a culpada, o que faz com que ela seja demitida. Depois disso ela começa a ficar estranha, passa a agir como uma flor, se alimentando apenas da energia do sol, mas como ela é humana, vai definhando.

Agora o que eu não gostei tanto, Rebobinando. É bem curto. Fala sobre relacionamento abusivo, mas fala de uma forma tão rasa que não consegui gostar. A mulher, para se vingar, coloca sangue de rato nas comidas com molho, mas em um dia ela acaba deixando o marido ver o rato. Acho que não gostei tanto por que a mulher continua com o marido depois de tudo. Coisa que acontece muito, por vário motivos, mas que sabemos que não é o recomendado. E o título dá a ideia de que isso acontece sempre.




























Promessa. Uma família linda e grande, mas descobrem que o filho mais novo tem câncer. A família é toda muito religiosa e ativa na igreja, mas uma das filhas é ateia. Então enquanto todos rezam, ela apenas sofre e se pergunta por que as pessoas acreditam que algum deus irá salvar seu irmão. Um dia, em uma festa da igreja, uma moça a pergunta qual promessa ela fez a deus para que o irmão dela fique bem, e como ela não tinha preparado nada sobre isso, diz que não irá mais comer chocolate. A partir daí tudo começa a ficar muito estranho, todas as pessoas começam a passar mal, menos ela, e o motivo é bobo, e ao mesmo tempo sobrenatural.

E agora um dos mais bizarros, o melhor fechamento possível. Descomendo Alice. Um homem marca um encontro com uma mulher que conheceu em apps de namoro. A mulher não aparece, então ele começa a flertar com a garçonete. O flerte dá certo e os dois saem. Ele coloca sonífero na água dela, a leva para casa e a coloca em uma mesa de metal. Ele é canibal. Vai comer ela, e vai arrancando parte por parte do corpo dela para guardar e manter a carne conservada por uma semana, que é o tempo que ele leva comendo um corpo humano feminino padrão. Mas uma hora a comida acaba...


Agora vou falar sobre minhas opiniões sobre os contos. Gostei bastante do primeiro, com certeza é uma boa introdução. Gosto da forma como o livro todo foi escrito, por que cada conto brinca com alguma possível fobia do leitor. Muitas pessoas têm fobia de barata, outras pessoas têm nojo, e ler uma cena em que uma pessoa engole a barata pode causar desconforto, o que é ótimo em livros de horror/terror. Eu não tenho medo ou nojo de baratas, essa é uma parte boa em ser bióloga (em formação), raramente tenho medo real de algum bicho. Gostei bastante do final, por que é o mais impactante.

Sobre Miau, só tenho elogios. Aqui temos um felino como personagem principal e narrador da história, o que torna tudo mais legal, por que nos leva a pensar de maneira diferente. Meus sentimentos lendo Miau e Descomendo Alice foram muito diferentes, apesar de os dois contos serem sobre humanos sendo comidos. Isso é estranho, mas é verdade. Quando vemos um animal irracional comendo algum humano, chamamos isso de instinto de caça, mas se vemos um humano comendo outro humano achamos repugnante, asqueroso, um crime.

Em Miau há várias referências literárias. Os gatos se chamam Poe, Dickens, Magdalena, Alencar e Hércules, que é um cachorro, apesar de o gato principal apenas se chamar Rosado. E em outros contos do livro também vemos várias referências de personagens da cultura, principalmente estadunidense e inglesa.

Onde está o horror? é mais um conto que mexe com o corpo humano de certa forma, já que o personagem principal do conto rouba um cadáver. No geral, os contos falam muito sobre violação dos corpos humanos, podemos perceber isso em todos eles, seja com uma barata entrando na boca de um homem, pessoas se comendo, pessoas sendo assassinadas, ou pessoas mortas sendo levadas. O conto que menos mostra isso, ou que talvez mostre isso de uma forma mais amena, é Hora do cafezinho, pois, apesar de ter uma briga, não há invasão de corpos realmente.

Os dois lados da mesa e Sem açúcar, por favor são dois contos que me marcaram muito pelo nível de loucura envolvido ali. No primeiro, os sem teto vão sendo reduzidos até virarem lixo, serem tratados e vistos como lixo, de uma forma grotesca e desumana. No segundo, a obsessão por algo leva um adolescente a fazer coisas horríveis.

O conto que realmente mais me marcou foi Comida Orgânica, por que além de mostrar todo o horror que é ver humanos sendo vendidos, mortos e sendo abatidos, nos leva a fazer uma reflexão mais profunda sobre a carne que comemos. Não tem como termos certeza de que os animais gostam de ficar nas fazendas mais calmas que se dizem ser corretas, muito menos que eles não sofrem naqueles lugares, muito menos que o horror vivido por aqueles animais é menor do que os que são abatidos de forma mais bruta ou com o preparo diferente para o abate. É como pensar que se alguém mostrar que você será morto em uma hora, mas te deixar comer antes disso, você vai morrer super feliz. Além disso, muitos dos animais têm filhotes e se preocupam com eles, e sabendo que vão morrer, sabem também que os filhotes ficarão sem seus cuidados. A indústria de carnes é cruel.

Não sou vegetariana, e confesso que tenho comido bastante carne, mas também sei que quando eu não vejo de onde veio a carne, eu sofro menos pensando nisso. Apesar de tudo, creio que o importante é nos conscientizamos sobre todo o processo pelo qual a carne passa até chegar na nossa mesa, e ver se conseguiremos dormir tranquilos sabendo que estamos fazendo crescer um mercado de crueldade. Infelizmente ou felizmente, eu sou uma das pessoas que na maioria dos dias consegue dormir plena e feliz, mesmo sabendo que comi uma vida.

Eu gostei muito da escrita do autor por que é nua e crua. Também gosto de escritas bem detalhadas, mas acho que para essas histórias, uma escrita com muito detalhes poderia deixar elas estranhas ou alongadas demais. A maioria dos contos são escritos em primeira pessoa, o que torna tudo mais divertido e horrível de ser lido, pois nós lemos o terror vivido pelos personagens, fazendo com que tudo se torne mais palpável, mais real.

Recomendo o livro para todos os que gostam de desafios, que gostam de livros que te causem sentimentos adversos e/ou estranhos, e principalmente para os que querem ler algum livro que seja tão forte que te cause mal estar físico. Também recomendo aos que gostam de contos, pois assim você pode ler uma história por dia, com começo, meio e fim. Geralmente livros de contos não exigem tanto do leitor, justamente por serem histórias mais curtas, então se você procura por uma leitura assim, fica a super fica de leitura.

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Mês do Horror 2018


O projeto Mês do Horror foi criado pela Tatiana Feltrin. Aqui no blog, durante o mês de outubro, a maioria dos posts serão temáticos de halloween, ou seja, serão posts sobre horror e terror. Serão várias resenhas, de livros completos e contos separados, posts com poemas e contos rápidos e algumas listas de dicas de livros.

Estou preparando uma estética diferente para as resenhas e creio que vai ficar bem legal para os leitores, e espero que os que ainda não conhecem minha escrita possam gostar dos contos e poemas desse mês, já que é algo diferente do que eu costumo postar. Eu escrevo bastante horror e terror, mas posto pouco por que no geral não acho que vai ser atrativo para os leitores, mas como outubro é um mês especial, vou postar o que eu escrever.

Lembrando que os posts com resenhas saem aos domingos e quintas, e os poemas e contos saem às segundas. Espero que todos gostem e que visitem o blog sempre para conferir os posts novos no Mês do Horror.