segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Resenha: 1922 (filme)



Nome do filme:1922
Duração do filme:1 hora e 41 minutos
Onde encontrá-lo: Netflix
Diretor: Zak Hilditch
Atores principais: Thomas Jane (Wilfred James)
Molly Parker (Arlette James)
Dylan Schmid (Henry James)
Nota geral: 3,5/5




Eu gostei do filme, apesar de não ter dado uma nota realmente grande, ele está acima da média. Vou falar primeiro das coisas que eu gostei, e depois falar sobre o que não me agradou. Gostei da escolha dos atores, eles realmente se encaixam nos personagens, nem parecem que estão atuando, parece um documentário. Enquanto eu lia o conto, eu imaginei Arlette diferente do que é no filme, mas a atriz realmente ficou incrível no papel. Gostei muito do fato de Wilf ser realmente um caipira e ter o sotaque bem carregado, o que pode dificultar quem quer ver o filme em inglês e sem legenda, mas é uma boa forma de ir estudando o listening.

Também gostei bastante do figurino, bem rústico e simples, e até os vestidos da Arlette, que eram mais vivos, coloridos e com estampas, eram bem rústicos. Não parecia que eram roupas inspiradas na década de 1920, pareciam que eram roupas realmente feitas em 1920. Não vou falar muito do cenário, por que é uma fazenda com um grande campo de plantação de milho e um celeiro onde ficam as vacas, mas gostei bastante do cenário, principalmente por que foi um cenário real, inclusive há várias cenas nas plantações.

Agora preciso falar sobre detalhes que me incomodaram. Uma coisa que ficou diferente do livro, e que nos é dito assim que o livro começa, é que o tamanho das fazendas são diferentes. Não me lembro os tamanhos exatos, mas no filme, as fazendas são menores, o que não interfere em nada, mas é algo que ficou diferente. Uma coisa que me deixou decepcionada, é que o assassinato da Arlette não foi tão brutal como deveria ser. Se não me engano, o assassinato dela demorou menos de dois minutos, e no livro é dito que levou bastante tempo, por que Arlette lutou bastante contra Wilf e Henry.

O que realmente mais me incomodou é que as cenas em que o corpo da Arlette deveria ser mostrado, as várias cenas com ratos cobrindo-a, com ratos ao redor, todas as cenas que acontecem antes de Wilf ter a ideia de tapar o poço, não aconteceram. Apenas uma única vez o corpo dela foi mostrado no poço e não foi tão horrível como no livro, o que me decepcionou bastante, pois no livro, isso é um dos focos: em como Arlette ficou depois de morta, e no filme eles simplesmente não mostraram isso como deveriam. É um conto de horror/terror, e o filme não pareceu um filme de terror, pareceu apenas um filme de suspense onde o climax seria saber se o Wilf foi preso ou não, quando na verdade o conto é bem mais que isso.

O filme tem pontos fracos e fortes. A paleta de cores, o cenário e o figurino são coisas que contam bastante para mim. Sou dessas que se o filme não for visualmente bonito, eu já não acho tão bom, mas como eu sei que essas coisas não contam muito na avaliação de outras pessoas, não sei se é um livro que eu deva recomendar. Se você gosta de um terror que não vai te assustar tanto, mas que tem suspense, recomendo, mas se você procura um filme de terror que realmente seja aquele terror que te deixa assustado e te faz ficar com medo de dormir depois, passe longe. Recomendo para pessoas que gostam de suspense sobre crime, para pessoas que gostam de dramas familiares e para pessoas que gostam da década de 1920.

Na minha humilde opinião, é um filme bem feito, mas o enredo não é a coisa mais forte do mundo, e se você já viu outros filmes baseados em obras do Stephen King, provavelmente vai se decepcionar um pouco. Enfim, quando forem assistir, não coloquem muitas expectativas. O filme está bem avaliado na maioria dos lugares, então é um filme bom, mas por ter lido o conto antes, eu acabei ficando frustrada quando não vi aquela violência toda acontecendo. Mas quem nunca leu o conto, se não for ver o filme esperando grandes cenas de violência, vai conseguir gostar bastante.

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