Título: Suplício de Uma Mulher
Autores: Emile de Gerardin e Alexandre Dumas Filho
Editora: Domínio Público
Ano de publicação no Brasil: 1865
Número de páginas: 29
Nota: 4/5
Suplício de Uma Mulher é uma peça de teatro em três atos traduzida pelo Machado de Assis, e por esse motivo faz parte do Projeto Machado de Assis (e por isso a foto dele ali em cima). O enredo parece bem simples de primeira, mas ao longo da leitura as coisas vão de aprofundando. Vou falar aqui apenas sobre o primeiro ato da peça.
Dumont e Mathilde têm uma filha chamada Joana. É aniversário da menina e nas primeiras cenas Dumont lhe dá uma boneca como presente. Ela fica muito feliz e vai brincar na parte de fora da casa com a boneca. Sua mãe, Mathilde, aparece bem abatida, e para lhe deixar feliz Dumont propõe uma viagem à Europa, para passarem dois ou três meses em lugares gelados e ela poder ficar feliz novamente com novos ares.
"Quando a gente gasta um dia inteiro em negócios, é um raio de sol o sorriso de uma criança"
Apesar de trabalhar no Brasil, Dumont diz que o trabalho não será problema, e que faria tudo para ver Mathilde feliz. A viagem acaba chegando aos ouvidos de Alvarez, sócio de Dumont e padrinho de Joana, que não fica nada feliz e vai tirar satisfações com Mathilde. Há quase uma década Alvarez salvou Dumont, emprestando-lhe o dinheiro que este usou para não falir, mas parece que o preço cobrado por isso foi caro demais.
É um drama muito bom, e todos os atos são ótimos, coisa que nem sempre acontece nas peças de teatro. Eu gostei muito da forma como a história termina, por não ter sido um final tão injusto com as partes femininas. Concordo que sim, duas mulheres sofreram um pouco por que foram separadas, mas dos males o menor. Eu gostei também dos personagens, por que são todos completos, não foram apenas jogados ali. Confesso que sim, alguns personagens de apoio aparecem uma vez só e pronto, mas os personagens principais são bem completinhos.
O Machado foi tradutor dessa peça aqui no Brasil, então não vou levar tanto em consideração a crítica que ele fez, por que eu acho que ele não falaria mal de um trabalho que o envolve. De qualquer forma, ele traz informações muito legais para os leitores. Por exemplo, Gerardin havia escrito a peça e todos odiaram, e ela precisou passar por inúmeras adaptações para conseguir ser aceita pelo teatro francês.
Recomendo muitíssimo à todos que gostam de drama, é uma coisa bem casos de família e creio que a maioria que ler vai gostar. Também recomendo aos que querem uma leitura rápida, já que é uma peça bem curta e construída por diálogos quase sempre bem curtos de apenas uma frase.
Suplício de Uma Mulher é uma peça de teatro em três atos traduzida pelo Machado de Assis, e por esse motivo faz parte do Projeto Machado de Assis (e por isso a foto dele ali em cima). O enredo parece bem simples de primeira, mas ao longo da leitura as coisas vão de aprofundando. Vou falar aqui apenas sobre o primeiro ato da peça.
Dumont e Mathilde têm uma filha chamada Joana. É aniversário da menina e nas primeiras cenas Dumont lhe dá uma boneca como presente. Ela fica muito feliz e vai brincar na parte de fora da casa com a boneca. Sua mãe, Mathilde, aparece bem abatida, e para lhe deixar feliz Dumont propõe uma viagem à Europa, para passarem dois ou três meses em lugares gelados e ela poder ficar feliz novamente com novos ares.
"Quando a gente gasta um dia inteiro em negócios, é um raio de sol o sorriso de uma criança"
Apesar de trabalhar no Brasil, Dumont diz que o trabalho não será problema, e que faria tudo para ver Mathilde feliz. A viagem acaba chegando aos ouvidos de Alvarez, sócio de Dumont e padrinho de Joana, que não fica nada feliz e vai tirar satisfações com Mathilde. Há quase uma década Alvarez salvou Dumont, emprestando-lhe o dinheiro que este usou para não falir, mas parece que o preço cobrado por isso foi caro demais.
É um drama muito bom, e todos os atos são ótimos, coisa que nem sempre acontece nas peças de teatro. Eu gostei muito da forma como a história termina, por não ter sido um final tão injusto com as partes femininas. Concordo que sim, duas mulheres sofreram um pouco por que foram separadas, mas dos males o menor. Eu gostei também dos personagens, por que são todos completos, não foram apenas jogados ali. Confesso que sim, alguns personagens de apoio aparecem uma vez só e pronto, mas os personagens principais são bem completinhos.
O Machado foi tradutor dessa peça aqui no Brasil, então não vou levar tanto em consideração a crítica que ele fez, por que eu acho que ele não falaria mal de um trabalho que o envolve. De qualquer forma, ele traz informações muito legais para os leitores. Por exemplo, Gerardin havia escrito a peça e todos odiaram, e ela precisou passar por inúmeras adaptações para conseguir ser aceita pelo teatro francês.
Recomendo muitíssimo à todos que gostam de drama, é uma coisa bem casos de família e creio que a maioria que ler vai gostar. Também recomendo aos que querem uma leitura rápida, já que é uma peça bem curta e construída por diálogos quase sempre bem curtos de apenas uma frase.
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