sábado, 8 de setembro de 2018

O amor nos muda



Não queria ser a pessoa que fica fazendo texto brega, mas infelizmente eu sou essa pessoa. Então, lá vamos nós.

Eu sempre vi os casais sendo melosos e achava estranho. Me lembro que no ensino médio tinha um casal na minha sala e eu simplesmente não conseguia entender como eles conseguiam se ver todos os dias e continuarem se amando tanto. Todos os dias, quando se viam, era como se tivessem passado semanas sem se ver. Eu sempre disse para todos e para mim mesma que quando eu namorasse, não iria vê-lo mais do que duas vezes na semana. Ver todo dia não é namoro, é casamento. Eu pensava assim.

Comecei a namorar. Hoje faz um mês. Em um mês de namoro nós nos vimos dezessete vezes, sem contar de segunda à sexta que nos vemos na faculdade. E eu gosto disso. Eu comecei a perceber que estávamos nos vendo quase todos os dias, e sempre ficamos grudados o tempo inteiro quando estamos juntos, mas ao invés de isso me agoniar, eu queria mais. Eu poderia ficar o dia inteiro no abraço dele, mesmo achando isso brega e meloso. Mesmo sendo totalmente o contrário do que eu pensava que seria.

Sempre achei "too much" casais que conversam falando com aquela vozinha irritante que usamos para falar com animais e bebês. Sempre fiquei com vergonha alheia vendo esses casais, por que eu achava forçado demais. Não falo com aquela voz sempre, e não falamos assim quando outras pessoas estão por perto, mas acontece. Também ficamos nos olhando por minutos, apenas sorrindo, coisa que eu sempre achei fofo com os outros, mas nunca pensei que eu faria isso.

E isso tudo não é "pagar a língua", e muito menos hipocrisia, é que o amor foi tão forte e intenso que me fez perceber que tudo bem ser bobinha, tudo bem ser besta e tudo bem ser melosa com quem eu amo e me ama também. O amor está sendo tão intenso que todos os dias eu sinto que vou explodir, que não cabe tudo isso dentro de mim, e a forma que eu encontro de fazer sair tudo de uma vez, é ficando pertinho, é falando com aquela vozinha chata, é ficar falando que amo toda hora, e é escrever sobre isso.

Além disso, é sempre recíproco, e isso é importante. O amor não apenas sai de mim, o amor percorre um caminho. Sai de mim e vai para ele, e sai dele e vem para mim. Nós nos recarregamos todos os dias com o nosso amor. Amor é o nosso combustível, e esse combustível vai ser utilizado em forma de abraços, beijos, dormir no colo do outro, mexer no cabelo, ficar olhando um para o outro sorrindo, em andar de mãos dadas, em orar juntos. Ele precisa ser utilizado em coisas boas, que façam que os dois se sintam bem, e se for para falarem como dois idiotas, tudo bem.

Isso tudo significa que me sinto tão bem com ele que não me importo de ser besta, de ser infantil, de ser fofa com ele de uma maneira um pouco exagerada, e ele também se sente assim. O bom, o certo, é o casal se sentir bem. Que os outros pensem que é exagerado, que é bobo demais, mas que o casal aproveite cada momento juntos e que grave eles eternamente no coração.

Tá tudo bem ser bobo, é permitido ser um apaixonado brega. É permitido fazer coisas que as outras pessoas não achem tão legal. Não há nada melhor do que se sentir bem, feliz, radiante perto da pessoa que você ama, o objetivo é não deixar que a opinião das outras pessoas atrapalhe isso. Que o casal viva pelo casal, e não pelas outras pessoas. E que a gente também consiga parar de julgar os casais que são diferente de nós. Cada um expressa seu amor de uma forma única, e isso é lindo. 

O amor nos muda, nos faz ser melhores, por que amor é se doar todos os dias e receber tudo de melhor que o outro pode nos dar. Precisamos viver intensamente o amor, por que sem amor, nada seríamos.

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