A primeira é a Teoria da Endossimbiose. Segundo essa teoria, nas células vegetais, uma célula procarionte autotrófica, ou seja, uma célula simples que consegue produzir seu próprio alimento a partir da fotossíntese, se alojou dentro de uma célula procarionte heterotrófica, que passou a usar como alimento o que a célula autotrófica liberasse em seu interior.
A célula autotrófica fazia a fotossíntese, ou seja, absorvia a luz solar e carbono e liberava O2 na atmosfera. A partir do momento em que ela estava dentro de uma célula heterotrófica, ela liberava esse O2 no citoplasma da célula heterotrófica, que utilizava esse oxigênio nos processos metabólicos da célula. Ou seja, era uma relação benéfica para as duas células.
A relação foi tão benéfica que a célula autotrófica passou a realmente morar dentro da célula heterotrófica e ao longo dos anos essas duas células formaram uma célula só: a célula eucarionte fotossintetizante, ou seja, uma célula complexa capaz de fazer fotossíntese. A partir do momento em que as duas células se tornaram uma só, a célula procarionte autotrófica passou a ser uma organela chamada cloroplasto, que é a organela presente nas células vegetais, responsáveis pelo processo de fotossíntese.
Esse processo nas células animais é bem parecido. Uma célula procarionte aeróbica entrou em uma célula procarionte heterotrófica maior e passou a usar a célula heterotrófica como uma maneira de proteção, e em troca, ela recolhia oxigênio suficiente para as duas células. Com o passar dos anos, essa célula menor, que tinha como função recolher o oxigênio para as atividades metabólicas da célula, se transformou no que chamamos de mitocôndria, organela que é responsável pela respiração celular.
Foi dessa forma que as organelas responsáveis pela respiração celular das plantas e dos animais, respectivamente, foram criadas, agora vamos ver como as outras organelas surgiram, estudando a Teoria da Invaginação da Membrana Plasmática. Membrana plasmática é como uma capa, que envolve a célula e permite ou não a entrada de substâncias.
O termo invaginação se refere ao fato de que a célula foi criando dobras internas, como veremos na figura abaixo, e cada uma dessas dobras, ao longo do tempo, se tornou uma organela diferente, com funções diferentes dentro da célula. Esse processo também serviu para separar o núcleo, contendo o material genético, do restante da célula.
A célula não se dividiu ou se separou em pedaços, mas cada um dos espaços entre os "pedaços" mostrados na figura se tornou uma organela. Os "pedaços" maiores, em branco, são na verdade preenchidos pelo citoplasma, líquido da célula, onde as organelas ficam mergulhadas. O produto final do processo de invaginação da membrana plasmática é algo parecido com isto:
As partes brancas são as novas organelas da célula eucarionte, que vão ir se juntando até formar uma membrana ao redor do material genético, o núcleo. Essa é a teoria mais bem aceita sobre como as organelas como Complexo de Golgi, organela de armazenamento, Retículo Endoplasmático Liso, organela de síntese lipídica, Retículo Endoplasmático Rugoso, organela de síntese proteica e a Carioteca, a membrana nuclear, foram formados.
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