segunda-feira, 30 de abril de 2018

Leitura todo dia #51

Mais uma semana do projeto Leitura todo dia, criado pelo Nine, com o objetivo de fazer com que os participantes criem o hábito de ler todos os dias. O projeto não tem uma quantidade de páginas como meta fixa, mas eu sempre coloco uma meta semanal. Como vamos ter um feriado no início de maio e vai ter recesso, essa semana eu quero ler 400 páginas no total, o que vai dar 50 páginas por dia.


Renato Russo O Filho da Revolução 283 páginas
Meu Pai Não Mora Mais Aqui 200 páginas
Moby Dick 611 páginas
The Memoirs of Sherlock Holmes 137 páginas
Turma da Mônica 10 histórias


No dia vinte e três eu li apenas 3 páginas de Renato Russo O Filho da Revolução. Não li muita coisa por que eu estava com muito sono e acabei dormindo. No dia vinte e quatro eu li 18 páginas (duas histórias) de Turma da Mônica. Li as histórias A Turma em: Aconteceu no Carnaval e Bidu em: o Castelo mal Assombrado. Adorei ter lido essas duas histórias, principalmente por que são pequenas, então não gasta muito tempo.














No dia vinte e cinco eu li apenas 5 páginas (um capítulo) de Moby Dick. Um capítulo regular, não aconteceu nada de extraordinário. Apenas mais um capítulo da preparação para o começo a viagem de caça às baleias. E li também 3 páginas de Renato Russo O Filho da Revolução.



No dia vinte e seis eu li 26 páginas de histórias da Turma da Mônica. Li Cascão em: Presente Oculto e Cascão em: Perdidos do Meio do Nada. Foram duas histórias bem bobinhas, mas engraçadinhas. A segunda inclusive eu já havia lido na revista em formato físico e amado! É tão bom reler as histórias que fizeram parte da nossa infância.



No dia vinte e sete eu li 12 páginas de Renato Russo O Filho da Revolução e sigo gostando bastante do livro. E li também 7 páginas (dois capítulos) de Moby Dick. Estou gostando bastante do livro e espero continuar gostando. A viagem começou e agora creio que as aventuras vão realmente começar!

Tenho lido pouco nesses últimos tempos por que a faculdade está puxada. Tive provas e trabalhos nessa semana e continuarei tendo até o meio de maio, então acaba ficando mais corrido, por que, obviamente, prefiro passar meu tempo livro estudando do que lendo coisas aleatórias que não tem a ver com as matérias que preciso aprender.



No dia vinte e oito eu li 12 páginas (três capítulos) de Moby Dick e os últimos capítulos falaram sobre os colegas de navio do Ishmael, o que foi legal, já que esses personagens vão estar presentes na maior parte do livro. Li também 6 páginas de Renato Russo O Filho da Revolução, não vou ficar comentando muito sobre o livro, por que é uma biografia (romantizada), então acho que fica meio nonsense comentar sobre esse livro. Apenas vou dizer que tem bastante referência musical e cinematográfica, então quem gosta desse tipo de coisa vai amar.

Por fim, li 28 páginas de um livro chamado O Pequeno Livro de Hai-kais do Menino Maluquinho. O livro, como puderam ver, é bem pequenininho. Na verdade é um livreto, e é bastante divertido. Os temas são coisas bem bobinhas e infantis, ótimo pra passar o tempo.



No dia vinte e nove eu li 16 páginas de Renato Russo O Filho da Revolução, e agora o livro começou a falar mais sobre a formação das bandas do Renato. Li até a parte em que fala sobre os primeiros meses de "Aborto Elétrico". Li também a crítica escrita pelo Machado de Assis da peça Mãe, do José de Alencar e gostei bastante, tem 5 páginas.

Li 16 páginas (dois capítulos) de um livro chamado Dois Fragmentos. Estou fazendo betagem dele, e estou gostando bastante. Envolve transtorno de personalidade, então já estou amando. E por fim li 26 páginas (dois capítulos e meio) do livro Meu Pai Não Mora Mais Aqui, do Caio Riter. Estou adorando a história, parece bobinha, mas já vejo que tem potencial para abordar vários assuntos sérios, e muito legais.



No dia trinta de abril, último dia do mês, eu li incríveis 174 páginas (vinte e sete capítulos e meio) do livro Meu Pai Não Mora Mais Aqui e simplesmente amei! O livro é mais profundo do que eu pensei que seria, mas ainda sim é algo bem infanto-juvenil. Adolescentes de 12 à 15 anos vão amar o livro! A resenha vai sair, provavelmente, no próximo domingo.

E li também mais 27 páginas (três capítulos) de Dois Fragmentos. A história está ficando realmente interessante e tem bastante ação. Já fomos apresentados à algumas organizações criminosas, o que significa que a estória vai ir só esquentando! O livro está disponível no wattpad.




Bom, nessa última semana de abril eu consegui ler 384 páginas, o que dá 48 páginas por dia. Fiquei bem perto de atingir a minha meta, e depois das semanas ruins que eu tive nas leituras, conseguir ler isso tudo foi uma realização! Gostei bastante de tudo que li, e espero que vocês possam pegar essas dicas e ler também. Espero que a semana de vocês tenha sido incrível, e que maio seja ainda melhor que abril.


Renato Russo O Filho da Revolução - 40 páginas lidas
Dois Fragmentos - 43 páginas lidas
Crítica "Mãe" - 5 páginas lidas
Meu Pai Não Mora Mais Aqui - 200 páginas lidas Concluído
Moby Dick - 24 páginas lidas
Turma da Mônica - 44 páginas lidas Concluído
O Pequeno Livro de Hai-kais do Menino Maluquinho - 28 páginas lidas Concluído

domingo, 29 de abril de 2018

Resenha: Domelie de Fê Frederick Jhones


Título: Domelie
Autor: Fê Frederick Jhones
Editora: ??
Ano de publicação: ??
Número de páginas: 150
Preço: R$ ??
Nota: 4/5



Dom é um jovem rico que mora com seu pai e sua tia, pois sua mãe faleceu quando ele era criança. Por ter crescido sem a mãe, o pai e a tia o mimaram muito, fazendo com que ele nunca tivesse que tomar responsabilidades por seus atos, e sempre o perdoavam por tudo que ele fazia. Dom fazia coisas erradas, em parte, por que queria chamar a atenção do pai. Desde a morte da mãe, o pai não tinha tempo para ele. A família tem uma perfumaria famosa, a mãe de Dom adorava perfumes e gostava de brincar com os odores. O sonho de Dom era criar um perfume que fosse agradar o pai, e ele conseguiu, mas não ganhou nenhum crédito por isso, o pai preferiu dar a autoria à um simples funcionário da empresa.

O pai de Dom já está velho, e por causa de algumas doenças, acaba falecendo. Isso mexe muito com o protagonista, e em uma noite, depois de uma bebedeira, ele se acidenta. O corpo de Dom está relativamente bem, nada que não possa ser curado com o tempo. Exceto os olhos. Dom perde a visão.

Ele não lida bem com o acontecido, quase enlouquece, não quer mais viver. A vida perde todo o sentido quando ele perde uma das coisas que mais aprecia: a liberdade. Ele sabe que pode ter uma vida relativamente normal, sabe que com o tempo ele vai se acostumar com a falta de visão, mas ele simplesmente não quer isso, não quer se acostumar com a falta de algo que lhe é tão precioso. Dom não quer mais sair de casa, não quer receber visitas, não quer se sentir inferior, não quer ouvir as risadas das pessoas, não quer que tenham pena dele.

Com o tempo Dom vai aceitando sua nova vida, vai percebendo que a vida pode ser muito mais do que apenas ficar trancado dentro de cada fugindo de tudo e de todos. Ele ouve sua tia e tenta recomeçar a vida. Com a morte de seu pai, boa parte da empresa é dele, e agora ele finalmente resolve assumir o cargo e tentar fazer a empresa se reerguer. Para conseguir fazer isso, Dom vai precisar da ajuda de algumas pessoas, e de uma em especial, e a presença dessa pessoa vai fazer com que muitas coisas aconteçam na vida de Dom, vai fazer com que ele perceba que ser cego não significa morrer, não significa perder os sentimentos. Dom vai aprender muito sobre o que é viver de fato, viver bem, aproveitando os momentos bons, por que assim encontramos força para passarmos pelos momentos ruins sem nos rendermos.





Eu adorei o livro. A história já me conquistou logo de início por ser um drama, e as coisas acontecerem num ritmo bom. Confesso que achei o final do livro meio acelerado, como se o autor quisesse apenas terminar o livro logo, mas não é algo que estraga a experiência de leitura. Existem certos elementos nesse livro que com certeza vão fisgar os leitores que amam um bom drama.

Vamos falar primeiro sobre a perfumaria, já que é algo bem presente no livro. Quero falar mais especificamente dos perfumes. A percepção dos odores aqui no livro é algo que beira a magia! As cenas das pessoas cheirando flor por flor, por minutos, até sentir totalmente a essência do cheiro é algo lindo. Mostra que temos sentidos, nesse caso o olfato, que muitas vezes não exploramos tanto, mas que são muito importantes, e que podem nos trazer muitas lembranças boas. É comum sentirmos um determinado cheiro e nos lembrarmos de algo que nos aconteceu que tenha alguma relação com aquele cheiro, e isso acontece bastante no livro.

Outra coisa que encantou foi a forma como a cegueira é tratada. Não é o fim do mundo, e é possível ter uma vida relativamente normal mesmo sem um sentido tão importante. Isso me conquistou, e me emocionou bastante, por que eu tenho miopia degenerativa, sei que se eu viver até os 60 anos, por exemplo, vou ficar cega. Isso já me assustou bastante há um tempo, mas hoje, depois de ver e ler tantas histórias lindas de pessoas cegas, mas que vivem vidas normais e não deixam de fazer o que gostam por causa da cegueira, fico mais tranquila. Creio que esse livro vai ser ótimo para pessoas que têm risco de ficarem cegas, e principalmente creio que ler para um cego deve ser uma experiência incrível. Quando você não é uma pessoa padrão, se ver na literatura é algo que sempre trás felicidade.

Precisamos falar sobre romance. Não vou dizer como ou quando, mas acontece sim uma história de romance no livro, e que é uma parte importante da história. Não é algo meloso, mas é muito poético, o que é algo que também ganhou meu coração. O romance aqui não é algo superficial, não acontece de repente, é gradativo e isso também é um ponto a mais para o livro. Sim, alguns romances à primeira vista são lindos, nos fazem chorar, mas vamos concordar que na vida real, a maioria dos romances românticos acontecem aos poucos, com as duas partes se envolvendo aos poucos, sem pressa.

O enredo todo, exceto o final, é construído aos poucos, sem pressa, dando bastante atenção aos outros sentidos sensoriais e mostrando que apesar de não ser fácil, a vida de um cego pode ser tão prazerosa quanto a vida de uma pessoa que tem esse sentido funcionando bem. É um livro encantador, com uma história de superação super legal, e um drama super bem bolado do início ao fim. Se você for muito sensível, prepare os lencinhos. Super recomendo para quem gosta de romance dramático, a história com certeza vai te prender.


quinta-feira, 26 de abril de 2018

Resenha: Chuva de Diamantes de Gabriel Elias




Título: Chuva de Diamantes
Autor: Gabriel Elias da Silva
Editora: Editora
Ano de publicação: 2018
Número de páginas: 150
Preço: R$
Nota: 4/5


Fernanda é uma jovem universitária apaixonada por ufologia e qualquer coisa que esteja fora da atmosfera terrestre. Ela, desde criança, ama observar as estrelas e os planetas, por isso o pai lhe deu um telescópio, assim ela poderia olhar todo o universo da janela de seu quarto.

Em um belo dia, Fernanda acorda e observa sua tatuagem no pulso. Um diamante, com linhas bem grossas desenhas. O único problema é que Fernanda não se lembra de ter feito uma tatuagem, mas pensa que ela pode ter bebido na noite anterior e ter feito a tatuagem nessas condições. O outro problema começa aí: as amigas delas já viram a tatuagem e dizem que ela está ali há muito tempo, então por que Fernanda não se lembra dela?

As coisas estranhas continuam. Na sala de aula as luzes começam a piscar, queimam e as janelas explodem. Fernanda faz uma brincadeira dizendo que são os alienígenas, os colegas de sala não curtem, mas relevam. O detalhe aqui é que quando isso aconteceu, a tatuagem de Fernanda começou a brilhar.

Começam boatos na cidade de que os alienígenas estão realmente aqui, estão visitando a Terra. Duas pessoas alegam ter visto uma nave, pessoas saem nas ruas olhando para o céu, esperando que algo aconteça, esperando a chegada dos tão esperados visitantes, mas nada acontece. As duas pessoas são tidas como mentirosas e acabam sendo presas. Mas por que elas foram presas? Elas não fizeram nada de errado, afinal, um boato sobre alienígenas não é algo que influencie a vida das pessoas. Ou é?

Em meio à todas essas coisas estranhas, noites mal dormidas, perda de memória recente e a expectativa de finalmente ver um alienígena, algo com que Fernanda sempre sonhou, ela tenta viver sua vida normalmente, indo para a faculdade e conversando bastante com suas amigas. Mas tudo isso muda quando ela realmente encontra um alienígena perto de casa. Ou pensa ter visto um. Ela não sabe mais o que é real ou não, se deve acreditar nos boatos ou na palavra da polícia. Se pode acreditar no que ela viu, ou se aquilo foi obra de sua mente que estava focada no assunto.

Quais motivos trariam um extraterrestre para a Terra? E por que ele se mostraria à Fernanda? Ele sabe que ela é apaixonada por ufologia ou seria apenas uma coincidência? Fernanda está ficando louca ou realmente viu um extraterrestre bem em frente à sua casa? As perguntas são muitas, e as respostas são surpreendentes.


"- Amor, se um dia eu morrer, toda vez que chover você vai se lembrar de mim. Eu vou estar no céu e vou fazer chover diamantes, só para você." _ Página 109


Esse livro foi uma surpresa enorme! Eu espero muito que ele seja publicado em breve, por que preciso, necessito de alguém para comentar aquele final comigo! Me diverti bastante lendo o livro, o início tem um clima leve, apesar de tratar de ufologia. Além de leve, o início é bem divertido. Do meio para o final o clima mais ficando pesado, mas a qualidade só vai aumentando. O autor conseguiu criar uma história que prende o leitor desde o primeiro momento, pois já no primeiro capítulo temos o mistério da tatuagem "nova" da protagonista. Mais e mais mistérios vão surgindo, fazendo com que o leitor fique realmente preso à história e não queira parar de ler.

É um livro que recomendo bastante para jovens-adultos. Não recomendaria para menores de 14 anos, por exemplo, por que o final é realmente pesado, além de que é preciso um raciocínio rápido para entender tudo que está acontecendo com a protagonista, é preciso estar imerso e entender um pouco sobre alguns processos sociais que provavelmente pessoas muito novas não entenderão, o que vai fazer com que o adolescente possa ficar perdido na história. Mas é claro que isso é apenas umas sugestão, afinal com 14 anos eu estava lendo O Colecionador de Ossos! Então a sugestão é de que você tenha o psicológico forte e um raciocínio rápido para entender o final.

Existe sim uma pegada de romance romântico no livro, que faz com que várias coisas aconteçam com a personagem, mas não chega a ser o tema principal em momento algum do livro, o que me agradou bastante. Não que romance romântico dentro de um livro me incomode, mas como nesse caso o tema principal inicial é a ufologia, ficaria forçado demais colocar um super romance romântico nesse meio.

Eu gostei bastante de como a psicologia e psiquiatria foi abordada no livro e foi com toda certeza o melhor do livro para mim. Descobertas podem ter efeitos bons ou ruins na nossa mente. Nem sempre algo que sempre ansiamos vai ser algo realmente positivo, podemos passar a vida inteira esperando por algo, e quando isso acontece, perceber que é horrível, que nos faz mal. O questionamento do que é real ou não no livro também me fez ficar apaixonada pela história, pois o que de fato é a realidade? Até que ponto nossos anseios, medos, a nossa mente pode interferir no modo como enxergamos o mundo?

O único motivo que me fez dar 4 estrelas para o livro é que achei o final corrido e aberto demais. Não foi um final ruim, mas eu esperava ter algumas perguntas respondidas e elas não foram, o que quebrou um pouco o clima, mas de forma alguma faz com que o livro seja ruim.

Como, até a publicação dessa resenha, o livro ainda não foi lançado, não posso falar muito sobre o livro enquanto objeto. A diagramação do ebook está boa, a fonte é grande e o espaçamento também é bom. A revisão também foi bem feita. Não sei se houve o trabalho de algum revisor além do autor, mas foi bem feita. Espero que o livro possa ser publicado em breve, e quando isso aconteceu, anunciarei a publicação aqui no blog, pois é um livro pelo qual torço muito!



segunda-feira, 23 de abril de 2018

Leitura todo dia #50


Mais uma semana do belíssimo projeto Leitura todo dia, criado pela Nine, com o objetivo de fazer com que os participantes criem o hábito de ler todos os dias. O projeto não tem uma meta pré-estabelecida, mas eu sempre coloco uma meta semanal, e nessa semana a minha meta é ler 35 páginas por dia, o que vai dar 280 páginas ao final dessa semana. Vou ter prova prática de Anatomia Humana na faculdade, um trabalho de Citologia para entregar, vários textos para ler e muitas atividades para fazer, mas de acordo com meu cronograma semanal que já está montado, vai dar pra fazer tudo e conseguir ler pelo menos essas 35 páginas diárias.


Renato Russo O Filho da Revolução 302 páginas
Moby Dick 611 páginas
The Memoirs of Sherlock Holmes 137 páginas
Mãe 111 páginas
Turma da Mônica 10 histórias



No dia quinze eu li incríveis 35 páginas (3 histórias) de Turma da Mônica, li as histórias Cascão em: no parquinho, diversão só com imaginação, Cascão e Mônica em: moscas, pra que te quero, Cascão em: histórias para dormir. Ler HQ é uma ótima forma de sair da ressaca literária, fica a dica. Adorei ler essas histórias. Também li 19 páginas de Renato Russo O Filho da Revolução e sigo amando a leitura. É um livro com muito conteúdo e letras pequenas, então a leitura acaba sendo mais arrastada.















No dia dezesseis eu li 24 páginas (um ato) de Mãe do José de Alencar, para o Projeto Machado de Assis, já que o Machado escreveu uma crítica sobre essa peça. Estou adorando até aqui, já começou falando de um tema forte, que eu não esperava. A figura da mãe ainda não apareceu, mas com certeza já é um livro/peça que tenho certeza que vou gostar.


No dia dezessete li apenas 6 páginas de uma resenha sobre a obra do Foucault, mais focado em um livro sobre biopolítica. A resenha é ótima, a obra do Foucault parece ser super interessante e tenho muita vontade de lê-la. Foi um dia super cansativo e eu li a resenha e apaguei, então não consegui ler outras coisas.


No dia dezoito eu li uma história de Turma da Mônica chamada Tina em: eu já procurei direito e só me acho defeitos, que tem 4 páginas. É uma ótima história, que abre espaço para muitas reflexões e discussões. Até onde uma pessoa consegue aguentar o namoro com uma pessoa que tem a autoestima muito baixa? E até onde é culpa dessa pessoa se ela não aguentar. Pessoalmente eu acho que as pessoas precisam ter uma certa paciência, principalmente se existe amor envolvido, mas também acho que a partir do momento em que não está mais sendo legal pra você, você não tem que continuar ali, apenas por aparência ou para parecer uma boa pessoa.

E li também 46 páginas de um projeto pedagógico sobre o ensino de Citologia e Histologia. Como alguns já sabem, faço licenciatura em Ciências Biológicas, então preciso ler artigos sobre docência. Foi um bom artigo, sobre como os professores podem e devem usar a tecnologia para aumentar o interesse dos alunos pelo conteúdo.


No dia dezenove eu li 17 páginas (meio ato) de Mãe e agora a figura da mãe já apareceu e a história por trás dessa figura é bem triste. Escravidão não é (ou não deveria ser) uma realidade atual, mas dá pra ver essa figura, a de uma escrava negra, em muitos lugares. Não vou dar spoilers, mas é basicamente sobre a vergonha que um filho pode ter de uma mãe que é uma escrava negra, e podemos ver isso nos dias atuais quando filhos têm vergonha da mãe doméstica, da mãe que trabalha com reciclagem, da mãe que varre ruas, da mãe que tem sua própria lojinha pequena no bairro. Senti uma tristeza tão grande dentro do texto, como se fosse a biografia de alguém. É uma história muito real.


No dia vinte não teve leitura por um bom motivo: participo de um projeto de Pesquisa e Extensão da faculdade chamado AdoCÃO, que como o nome sugere, é sobre adoção de cães. Eu estudo na UEMG de Ibirité, que fica dentro da Fundação Helena Antipoff, e infelizmente todos os dias soltam cachorros lá dentro ou na região, e eles acabam indo para algum dos prédios da fundação. Estamos fazendo exames, tratando os que precisam de tratamento e preparando os cães para adoção, e no dia vinte foi o dia de dar banho neles. Demos banho em cerca de 20 cachorros, 5 foram para a feira de adoção e dois foram adotados. Não demos banho em todos por que muitos ficam soltos, então é difícil pegá-los, demos banho em alguns dos que ficam dentro do canil. Eu espero que mais deles sejam adotados ao longo do semestre, para que ao final do projeto nós tenhamos pelo menos metade deles em novos lares. Foi um dia cansativo, mas foi incrível!


No dia vinte e um eu li 18 páginas (meio ato) de Mãe e está ficando cada vez mais triste, mas também está ficando muito interessante e já é um livro/peça 5 estrelas com certeza! É super curtinho, tem 111 páginas e está no Domínio Público, então não tem desculpas para não ler. Nem terminei e já sinto que é mais um daqueles livros obrigatórios pra vida.

Li também duas resenhas para a disciplina Leitura e Produção Textual, A Sociedade Contra o Estado e Resenha Bibliográfica, as duas têm 3 páginas, então no total foram 6 páginas lidas. Eu sinceramente estou amando ter uma disciplina que me ensina a fazer resenhas, isso vai fazer com que as resenhas aqui no blog aumentem bastante em qualidade!



No dia vinte e dois eu li 52 páginas (dois atos) de Mãe e concluí a leitura do livro. Que livro! Deve ser incrível ver a peça ao vivo. Muitas emoções misturadas, um enredo muito forte e personagens que ganham o leitor. Espero ler mais de José de Alencar e sei que comecei com o livro certo. Recomendo que leiam, é um livro incrível que tem uma escrava preta como personagem, então creio que quem gosta desse período da História (gostar de estudar, não dos acontecimentos, ok?) vai gostar bastante do livro e quem sabe, de ver a peça.



Bom, nessa terceira semana de abril eu consegui ler 227 páginas, o que dá 28,3 páginas por dia. É menos do que eu queria? Sim, mas acreditem, foi mais do que eu pensei que leria. Eu sinceramente pensei que não chegaria às 200 páginas lidas, e ter conseguido foi uma vitória! Esses dias tem sido difíceis, muita coisa pra fazer e meu corpo não está acostumado com isso tudo. Em um dia eu dormia 4 horas por noite e no dia seguinte dormia 10 horas, então acabou sendo difícil conseguir um tempo para leitura. Como teremos um feriado no dia primeiro de maio e minha faculdade vai emendar, vou ficar quatro dias em casa e pretendo fazer desses quatro dias os melhores dias de leitura do mês!



Turma da Mônica 39 páginas lidas
Renato 19 páginas lidas
Mãe 111 páginas lidas Conclúido
Resenha sobre Foucault 6 páginas lidas Conclúido
Projeto Pedagógico Para o Ensino de Citologia e Histologia 46 páginas lidas Conclúido
A Sociedade Contra o Estado 3 páginas lidas Conclúido
Resenha Bibliográfica 3 páginas lidas Conclúido

domingo, 22 de abril de 2018

Resenha: Um Canto à Meia-noite de Marco Antônio Peixoto























Título: Um Canto à Meia-noite
Autor: Marco Antônio Peixoto
Ano de publicação: 2005
Editora: Editora Proclama
Número de páginas: 80
Onde encontrar: Skoob / Estante Virtual
Nota: 4/5

Ganhei esse livro de uma prima, não dei muita bola, mas quando li percebi que é um livro realmente bom. Há algumas coisas que poderiam ser melhoradas, encheção de linguiça, mas creio que o livro em si é algo bom. O tema principal do livro é a prisão de Paulo e Silas (Atos 16), por isso o nome do livro é Um Canto à Meia-noite, pois foi nesse horário que as cadeias que prendiam Paulo e Silas se quebraram.

Aos que não conhecem a história, vou fazer um resumo. Paulo era um apóstolo de Jesus, e Silas era seu companheiro de viagem, juntos eles foram pregar o evangelho. Em um determinado lugar, havia uma mulher com um espírito de adivinhação, e os senhores dessa mulher a estavam usando para ganhar dinheiro. Paulo orou pela libertação da mulher e expulsou esse espírito, fazendo com que ela pudesse ser uma mulher livre tanto do espírito quanto dos senhores que a usavam. Isso deixou os senhores nervosos, e eles então denunciaram Paulo e Silas, que foram açoitados por varas e presos na pior cela da prisão, que segundo diz o Pr. Marco Antônio, ficava abaixo do banheiro e os restos fisiológicos dos presos caíam na cela onde eles estavam.

Mesmo passando por tudo isso apenas por terem feito o que Deus havia mandado, ou seja, pregar e expulsar espíritos, Paulo e Silas começaram a cantar alto, tão alto que todos os prisioneiros conseguiram ouvir. À meia-noite todas as portas das celas, ou seja, todas as cadeias que prendiam os prisioneiros, inclusive Paulo e Silas, se abriram e todos puderam ser livres.

O livro fala sobre adorarmos a Deus nos momentos difíceis, quando a escuridão for total e não houver mais esperanças visíveis. O Pr. Marco conta em 6 capítulos a história completa de Paulo e Silas, o que aconteceu antes, durante e depois desse episódio específico e intercala isso com depoimentos, testemunhos próprios, contando sobre os milagres que Deus operou na vida dele, sendo esses milagres grandiosos ou não.

Uma coisa que me agradou é que no final de cada parte sempre têm algumas perguntas reflexivas, e creio que isso é muito útil para avaliarmos como anda nossa vida espiritual, principalmente se você for uma daquelas pessoas que quer sempre estar certa com Deus e fazer a vontade Dele à todo momento. Caso você seja apenas uma pessoa que crê, mas não participa de nenhum culto específico, também aconselho a leitura, e as perguntas irão lhe servir para saber se você está bem assim, ou se vai precisar de alguma ajuda externa para seguir bem com Deus e com você mesmo.

Uma das perguntas que mais me impactou foi "O que estamos dispostos a enfrentar por amor à Deus?". Sei que muitas pessoas responderiam "tudo", mas também sei que apenas uma parcela mínima dessas pessoas realmente faria tudo por Deus. Tudo incluiu entrar em lugares perigosos para ajudar alguém, tudo inclui amar os homossexuais e trans, inclui não ser injusto, inclui não comemorar a derrota de alguém. Fazer tudo por amor a Deus é bem mais do que morrer em nome Dele, é viver o como Ele viveu aqui na terra: em santidade.





















O livro também cita a adoração por conveniência, ou seja, aquele louvor que sai das nossas bocas apenas quando precisamos de algo, aquela oração que só é feita nos momentos de dificuldades, e principalmente a falta de adoração quando está tudo bem. É triste pensar nisso, mas podemos observar que muitos só se lembram de Deus quando as coisas saem do caminho que eles planejaram. Por isso existem pessoas que aceitam Jesus várias e várias vezes durante a vida, pois eles nunca levam a sério. Entregam a vida à Ele e pegam de volta na saída do culto.

Sou uma pessoa que acredita muito que a intimidade e vida com Deus não depende de ir ao culto, pois Deus opera no secreto e fala conosco no secreto, mas creio que quando entregamos a vida à  Ele, somos Dele, não de nós mesmos. Eu, por exemplo, não vou mais aos cultos, por que percebi que não me sinto bem cercada de hipocrisia, aquele famoso "ame ao próximo como a ti mesmo, mas só quem você quer", então eu simplesmente não vou mais, mas tenho minha vida com Deus bem ativa, por que a minha espiritualidade depende apenas de mim, e não de questões externas.

E a última pergunta que quero falar sobre é "Que testemunho você tem dado a respeito de Deus?". Uma coisa que sempre me pergunto é se as pessoas conseguem ver Deus em mim, se sabem que eu sou cristã sem eu precisar dizer isso. Um amigo meu, ateu, diz que eu sou uma das poucas cristã que ele conhece que realmente levam o nome de Cristo estampado no modo de viver, e isso é algo que me deixa muito feliz, pois se um ateu consegue ver Deus em mim, ou seja, se ele entende que eu sirvo a Deus, mesmo não acreditando que esse Deus exista, significa que de alguma forma eu estou fazendo as coisas certas. Não vejo sentindo em ir aos cultos e não carregar o nome de Jesus na vivência, não carregar o nome de Jesus nas palavras e nos atos, por isso devemos pensar bem no que falamos.

Agora preciso falar sobre coisas que me incomodaram MUITO sobre o livro. A primeira coisa é que a fonte é extremamente grande pelo único motivo de que eles queriam um livro mais cheio, mais gordo, então eles aumentaram a fonte para caber poucas palavras em cada página e assim ter mais páginas. E a segunda é que têm muita repetição desnecessária. Ele fala uma frase em um parágrafo e na página seguinte ele fala a mesma frase, da mesma forma, novamente, sem necessidade alguma, e isso acontece no livro inteiro. Ou seja, tudo para encher linguiça, para deixar o livro com mais páginas. Ele tem 80 páginas e poderia facilmente ter entre 45 e 50 páginas.

Outra coisa que me incomodou é o fato de o Pr. Marco Antônio dizer que adoração é cantar, e sabemos que isso não é verdade, pois Deus nos diz para adorarmos enquanto fazemos tudo, ou seja, podemos adorar apenas andando, comendo, lendo algo, se tivermos Deus no nosso coração e estivermos fazendo aquilo para Ele. Adoração e louvor são coisas diferentes, e ele mesmo diz no livro que podemos adorar fazendo várias coisas, ou seja, temos uma contradição bem feia aqui.

Tirando essas reclamações, é um livro bom, por isso dei uma nota alta para ele. Recomendo apenas para as pessoas que realmente quererem ler algo que anime seu espírito a adorar a Deus, não recomendo apenas para curiosos, pois o livro tem tom de pregação, e não tom de texto teórico. Inclusive esse livro poderia muito bem ser uma pregação, pois a linguagem é realmente as que os pastores usam enquanto pregam, por isso apenas recomendo para quem procura esse tipo de conteúdo.

sexta-feira, 20 de abril de 2018

Anatomia: Sistema Digestório - Órgãos da cavidade abdominal

Dando continuidade ao estudo do sistema digestório, falaremos agora sobre os órgãos presentes na cavidade abdominal por onde o bolo alimentar passa.

O primeiro deles é o estômago. Já vimos que existe uma estrutura que separa a cavidade torácica da abdominal, que é o músculo diafragma. O esôfago perpassa esse músculo e faz ligação com o estômago. O estômago produz o suco gástrico, que junto com o movimento de mistura, que são movimentos desordenados e fortes, quebram o alimento em pedaços menores para que a digestão possa ser feita.

O estômago possui o óstio cárdico, que é a estrutura que faz a ligação do esôfago com o estômago. Possui também a cárdia, que é um estreitamento e que é onde de fato começa o estômago. Na parte superior do estômago temos o fundo, que é o primeiro a se esvaziar quando o processo de digestão começa, logo após temos o corpo do estômago, depois vem o antro pilórico e por último o óstio pilórico. O antro pilórico, assim como a cárdia, também é um estreitamento e é formado por vários feixes musculosos e fibrosos, para que haja o controle da quantidade de bolo alimentar que entra e sai do órgão. O estômago possui também duas curvaturas, uma menor e outra maior. E possui também as pregas, que fazem com que o alimento tenha maior adesão ao órgão e auxilia no movimento de mistura.








































O estômago estabelece ligação com o intestino delgado. O intestino delgado possui três porções: duodeno, jejuno e íleo. O duodeno, por ser a primeira porção, estabelece conexão com o estômago e com alguns órgãos anexos, que veremos no próximo post. As porções jejuno e íleo são muito parecidas, anatomicamente falando, por isso são comumente chamadas de jejuno-íleo. O intestino delgado de um humano adulto mexe de 6 à 9 metros.






























O intestino delgado faz ligação com o intestino grosso, que está em volta do delgado. A parte em que eles fazem conexão se chama óstio íleo-cecal, pois a última parte do intestino delgado é o íleo, e a primeira parte do intestino grosso é o ceco. O intestino grosso começa então com o ceco, que faz parte do cólon ascendente, que é justamente a parte que sobe. Devemos saber também que esse cólon, e o começo do intestino grosso, está na porção direita do corpo humano. Depois temos o cólon transverso, que fica na horizontal, passando por cima do intestino delgado. Logo depois temos o cólon descendente, que desce pelo lado esquerdo do corpo e por fim, o cólon sigmóide, que faz conexão com o reto. Em todos os quatro cólons podemos ver uma estrutura fina, como uma linha, que é chamada de tênia. O intestino grosso é formado por sáculos, que fazem com que o alimento tenha maior aderência à parede do órgão. É no intestino grosso que se dá a maior absorção de líquidos.






















Como já foi dito, depois do intestino grosso temos o reto, que na verdade é a parte final do intestino grosso, e que faz conexão com o ânus. O ânus nada mais é que o orifício que faz contato com o meu externo.



Não retire as fotos do site sem autorização e/ou sem dar os devidos créditos. Modelos pertencentes à UEMG de Ibirité.

quarta-feira, 18 de abril de 2018

Anatomia: Sistema Digestório - Boca e esôfago



Vamos dar continuidade ao estudo anatômico do Sistema Digestório. Nesse post veremos a primeira parte do sistema, que vai da boca até a cavidade cervical, ou seja, até o pescoço.
A primeira parte do sistema digestório é a boca, que é onde temos o primeiro contato com o alimento. Os lábios superior e inferior formam o que chamamos de rima bucal, que é a abertura que os lábios fazem quando falamos, por exemplo. Após a rima bucal, temos o espaço entre os lábios e os dentes, ou seja, as gengivas, que chamamos de vestíbulo bucal. As bochechas também fazem parte do vestíbulo bucal. Depois temos os dentes.

Dentes são estruturas rígidas, implantados em uma cavidade chamada alvéolo dentário. Esses alvéolos, ou seja, os buraquinhos onde os dentes ficam encaixados, estão na maxila, osso que fica acima do lábio superior e abaixo do nariz. Os alvéolos da parte de baixo estão na mandíbula, osso que forma o queixo. Os dentes têm estruturas chamadas de esmalte, que é a camada que dá a cor esbranquiçada ao dente, a dentina, que é a estrutura que faz com que o dente seja duro. Polpa, que é onde temos grande concentração de nervos e vasos sanguíneos e cemento, que é onde ficam os nervos principais, que fazem com que os dentes sejam sensíveis, apesar de rígidos. Os dentes também têm outra divisão. A parte que vemos é chamada de coroa, e dentro da gengiva temos colo e raiz



























Temos dentes incisivos, que são os primeiros quatro dentes da frente, o dente canino, dois pré-molares que ficam logo atrás dos caninos, e todos os dentes restantes são chamados de molares. Os incisivos são usados para morder, os caninos perfuram alimentos ou quaisquer outras coisas que sejam mais duras, porém não duras o suficiente para quebrar o dente. Os pré-molares e molares são usados na mastigação.

Depois dos dentes temos a área chamada de palato duro, que nada mais é que o céu da boca. Logo atrás temos o palato mole, e nele temos o arco palatoglosso, que é a estrutura onde a úvula está. A úvula é responsável pela vibração, e consequentemente pela articulação das palavras. Repare que quando você fala uma letra- por muito tempo, conseguimos sentir a úvula vibrando. Atrás dessa estrutura temos o arco palatofaríngeo, e nele estão as amígdalas, que são estruturas que armazenam células de defesa. A região que compreende os arcos palatoglosso e palatofaríngeo é chamada de istmo das fauces.

Agora vamos entrar na cavidade cervical, ou seja, nas estruturas que estão no pescoço. Após e abaixo do istmo das fauces, temos a estrutura chamada faringe, que é um tubo muscular por onde passa o alimento. A faringe possui três porções: nasofaringe, que tem ligação direta com o a cavidade nasal, orofaringe que tem ligação direta com a cavidade bucal, e hipofaringe que está na cavidade cervical.

A faringe estabelece ligação com a laringe, que também é um tubo muscular, que está à frente da faringe, rodeada pela traqueia, porém a laringe não faz parte do sistema digestório, e sim do sistema respiratório, pois por ela passa somente ar. Por estabelecerem essa ligação, existe uma estrutura cartilaginosa chamada epiglote, que tampa a entrada na laringe quando o alimento está passando pela faringe, para que não aconteça de o alimento ir para a laringe e consequentemente, para os pulmões.

Abaixo da faringe temos o esôfago, que é a última estrutura do sistema digestório presente na porção cervical. O esôfago também é um tubo muscular, porém é bem mais fino que a faringe, e nele acontecem movimentos peristálticos, que são movimentos regulares que empurram o bolo alimentar para baixo, fazendo com que possamos realizar o ato de deglutição. E esôfago está presente nas cavidades cervical, torácica e abdominal, sendo esta última sua menor porção.

Modelo sintético com tamanho não-reais. Pertence à UEMG - Ibirité.


domingo, 15 de abril de 2018

Leitura todo dia #49


Mais um post do projeto Leitura todo dia, criado pela Nine com o objetivo de fazer com que os participantes leiam todos os dias, mesmo que sejam poucas páginas por dia. Minha meta pessoal para essa semana é de 30 páginas por dia, o que vai dar no final das duas primeiras semanas de abril, 420 páginas. Porém, já aviso que por causa dos vários trabalhos e projetos ligados à faculdade, vai ficar um pouco difícil ler "tudo isso".



Renato Russo O Filho da Revolução 316 páginas
Moby Dick 611 páginas
The Memoirs of Sherlock Holmes 137 páginas
Mãe 111 páginas
Turma da Mônica 10 histórias



No dia primeiro de abril eu li apenas 15 páginas (um capítulo) do livro A História da Filosofia. Sim, é um livro teórico, mas eu já havia dito que iria contabilizar as páginas de livros teóricos, apenas não vou contabilizar quando for um livro didático. Li um pouco sobre Protágoras e acho as opiniões dele incríveis! A questão de a verdade ser relativa e não existir uma Verdade absoluta é a coisa mais real que podemos ver no mundo. Para quem crê, é verdade, e para os que não creem, não é.













No dia dois não houve leitura. No dia três eu li apenas 2 páginas, sim, duas páginas. Li uma resenha chamada "Da ciência à literatura / escrever a leitura" do Ricardo Vigna sobre os textos do Barthes, para a aula de Leitura e Produção Textual.




No dia quatro não houve leitura novamente. No dia cinco eu li 8 páginas do conto Urashimatarou. É mais uma lenda japonesa, gostei bastante, principalmente por que envolve o fundo do mar, que é algo que me fascina!



Nos dias seis e sete não houve leitura novamente. Dias puxados na faculdade, coisa demais para fazer, vários filmes para ver, inúmeros artigos para serem lidos, e muita matéria para ser estudada. Infelizmente eu vou passar a ler bem menos, por que não tenho tempo e quando tenho qualquer tempo, minha prioridade é dormir.



No dia oito eu li 30 tirinhas de Turma da Mônica. Cada tirinha tem uma página, então li 30 páginas nesse dia. Adorei as tirinhas, são bem rapidinhas, a maioria têm três quadrinhos, então o raciocínio é rápido e você não gasta tempo, por que o início, meio e fim da história estão ali. Recomendo para os dias estressantes, vai ajudar bastante!



No dia nove, novamente, não houve leitura. No dia dez eu li 8 páginas de Renato Russo O Filho da Revolução e li um pouco sobre o interesse inicial do Júnior por instrumentos, principalmente por violão e guitarra. E também li 2 páginas de Foucault e a escola, que preciso ler para um trabalho de Leitura e Produção Textual, que obviamente tem foco na questão didática. Faço licenciatura em Ciências Biológicas, então é algo muito importante. Li apenas duas páginas por que, pasmem, dormi enquanto lia e só acordei 4 horas depois, às 2 da manhã.



No dia onze, sim, novamente, não houve leitura. Não sei o que está acontecendo comigo. Na verdade é um início de crise depressiva, e juntando com todo o trabalho que estou tendo por causa da faculdade, eu simplesmente não estou conseguindo ler, o que é horrível, mas ainda tenho fé de que vou conseguir pelo menos as coisas mais importantes.



No dia doze eu li 19 páginas de um texto de Eiserberg sobre plágio. Texto acadêmico, novamente. Eu adorei ter lido esse texto, e quem puder, por favor, procure, principalmente se você produz conteúdo para a internet. Muitas vezes plagiamos sem nem perceber que estamos fazendo isso, por isso, vamos nos preocupar em sempre dar crédito às pessoas das quais usamos alguma frase.

Li também 8 páginas de um texto chamado Foucault e a escola, e novamente, é um texto acadêmico. Li para fazer o trabalho de Leitura e Produção Textual. O tema do meu trabalho é Emancipação para educar, e fala sobre docência. Como eu faço licenciatura, é algo super importante e estou achando o texto incrível. Além disso, também estou vendo alguns filmes que foram pedidos para o trabalho, então aqui vai mais um motivo para a pouca leitura.

Também li mais um conto, 8 páginas, de lenda japonesa, chamado Omusubi Kororin, que é basicamente a história de um homem velho que estava comendo, seu bolinho de arroz rolou e foi parar na toca de alguns ratos. É uma lenda bobinha, mas é divertidinha.

E finalmente, li 5 páginas de Concepções de aprendizagem, mais um texto acadêmico para o trabalho de Leitura e Produção Textual. Mais um texto super interessante. Acho que todo professor ou licenciando deve lê-lo.




No dia treze eu li 16 páginas e Foucault e a escola e terminei a parte do texto que eu deveria ter para o trabalho. O texto inteiro, o "livro" inteiro, tem quase 100 páginas, mas eu precisava ler apenas o segundo capítulo. Como o trabalho ainda não foi dividido, e não sei qual dos temas será o meu tema de pesquisa, resolvi não ler o livro inteiro.

Li também 10 páginas de Concepções de aprendizagem e também terminei de ler o artigo. Adorei, fala sobre várias teorias de disciplinação e, assim como no texto sobre o Foucault, fala sobre o poder que a escola exerce sobre os alunos.

E ainda consegui ler 6 páginas de Renato Russo O Filho da Revolução. Sei que foi pouco, mas se formos levar em conta que eu praticamente não li durante a semana, conseguir ler mais de 30 páginas em um dia foi uma super vitória!



No dia quatorze não houve leitura. Eu estava indo bem e estava muito feliz por ter conseguido "voltar ao ritmo", mas o dia acabou sendo mais corrido do que eu pensei que seria. Tive que sair com minha mãe, ver o último filme para o trabalho de Leitura e Produção Textual, e como estou participando de um projeto de Pesquisa e Extensão da faculdade, tive que fazer algumas pesquisas e elaborar uma carta para pedido de doação. O projeto é sobre adoção dos cachorros que ficam na Fundação Helena Antipoff, local onde a UEMG da minha cidade fica. Isso tudo me tomou bastante tempo, e não consegui ler, mas fico feliz por ter sido um dia produtivo.



Bom, nas duas primeiras semanas de abril de 2018 eu li apenas 137 páginas, ou seja, 9,7 páginas por dia, o que está beeeeem abaixo da média que eu queria. Apesar de tudo, foram semanas bem produtivas, consegui editar alguns vídeos, fazer alguns posts aqui para o blog, estudei bastante, participei ativamente do projeto, consegui ver os filmes e ler os livros que precisava para a faculdade, então foi uma semana boa. Não foi a melhor semana no quesito leituras, mas foi uma semana boa, com toda certeza! Espero que a próxima semana seja melhor, e que eu consiga atingir minha meta!




Renato Russo O Filho da Revolução - 14 páginas lidas
Turma da Mônica 10 histórias - 30 páginas lidas Conclúido
A História da Filosofia - 15 páginas lidas
Resenha Sobre Barthes - 2 páginas lidas Conclúido
Urashima Tarou - 8 páginas lidas Conclúido
Omusubi Kororin - 8 páginas lidas Conclúido
Foucault e a escola - 26 páginas lidas
Concepções de aprendizagem - 15 páginas lidas
Plágio - 19 páginas lidas Conclúido

sexta-feira, 13 de abril de 2018

Anatomia: Introdução ao Sistema Digestório



A função do sistema digestório é fazer com que consigamos os nutrientes necessário para o bom funcionamento do corpo. Precisamos de energia para andar, correr, pensar, comer, respirar e todos os nossos órgãos precisam de energia e nutrientes para que consigamos fazer todas as atividades do dia-a-dia. O sistema digestório é responsável pela preensão, mastigação, deglutição, digestão, absorção e eliminação dos resíduos, ou seja, restos que não serão mais utilizados pelo corpo como forma de obtenção de energia.

Preensão é o ato de morder,  realizado pelos dentes incisivos, ou seja, os quatro primeiros dentes da frente da boca. Mastigação é o ato de quebrar o alimento em partes menores dentro da boca, ato realizado pelos dentes pré-molares e molares, os dentes que ficam na parte de trás da boca. Deglutição é o ato de engolir o alimento. Digestão é o processo químico em que nosso corpo separa, quebra os nutrientes que serão utilizados para obtenção de energia e bom funcionamento do organismo. Absorção é o processo em que as substâncias entram dentro das células. A eliminação dos resíduos é feita a partir das fezes e urina.

No sistema digestório temos estruturas que fazem parte do tubo digestivo, também chamado de canal alimentar, e os órgãos anexos, que são órgãos pelos quais o alimento não passa, mas que ajudam no processo digestivo. No tubo digestivo temos duas partes que se comunicam com o exterior, que são a boca e o ânus, todos os outros órgãos e estruturas fazem comunicação entre si, mas não com o exterior. É preciso ter cuidado com o que colocamos na boca e no ânus, pois tudo poderá ir para o interior do tubo digestivo.

Os órgãos que fazem parte do tubo alimentar são: boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso, reto e ânus. Já os órgãos anexos são: glândulas salivares, fígado e pâncreas. Falaremos sobre cada estrutura, detalhadamente nos próximos posts, inclusive trazendo fotos de modelos sintéticos para a demonstração e possibilitação de localizar as estruturas de maneira adequada, sem erros.

quinta-feira, 12 de abril de 2018

Resenha: Hoje Avental, Amanhã Luva de Machado de Assis




























Título: Hoje Avental, Amanhã Luva
Autor: Machado de Assis
Ano de publicação: 1860
Número de páginas: 25
Nota: 4/5


Essa é a primeira peça teatral do Machado, então estamos novamente falando sobre inícios. Em Hoje Avental, Amanhã Luva temos quatro personagens: Durval, um homem que provavelmente tem entre 40 e 50 anos de idade, Bento, o charreteiro que leva Durval até o local onde a peça é ambientada, Rosinha que é uma empregada desse loca, e Sofia, que não aparece e, portanto, não tem falas, mas os outros personagens falam sobre ela.

Durval era amigo de Sofia, uma jovem rica, e está de volta à cidade depois de dois anos com o objetivo de se declara à ela e a convidar para um baile de máscaras. Rosinha, por ter sido criada com Sofia, é tratada como amiga e não como empregada da casa, então ela cuida de tudo, mas também recebe os privilégios de amiga da dona da casa. Bento terá um papel importante na peça, mas como a maior parte de sua atuação fica do meio para o final do livro, e não queremos spoilers aqui, leiam para descobrir qual é o papel dele.

O enredo é bem simples: Durval quer conquistar Sofia, e acredita que o convite ao baile seja o plano perfeito, pois eles estariam dançando juntos e teriam muito tempo para conversar, e principalmente conversar em público, assim as pessoas ao redor os considerariam um casal. Rosinha é amiga de Sofia, e de alguma forma sabe, ou diz (ao leitor) saber, que Durval não será um bom marido para a amiga, então ela faz o possível para que o convite não seja feito.

Isso é o máximo que posso revelar sobre o enredo sem dar spoilers. Gostei bastante da peça, achei divertida e bem maliciosa, algo que eu não esperava ver nos primeiros textos do Machado. Sim, ele já havia feito comentários maliciosos em críticas ao teatro em Revista dos Teatros, por exemplo, mas eu não pensei que ele colocaria isso dentro de suas próprias peças.

Não percebi nenhuma crítica social forte, o que é algo novo, pois por ter sido um político de esquerda, geralmente os textos do Machado são cheios de críticas fortes à política ou à sociedade. Dá para perceber uma leve crítica ao amor ao dinheiro acima de alguns valores, mas não é algo forte da maneira que é nos outros textos publicados até então.

Recomendo a leitura. É uma peça bem curtinha, provavelmente em meia hora você consegue começar e concluir a leitura sem problemas, é uma boa história e é divertida. Se parece bastante com algumas novelas brasileiras, então creio que pessoas que costumam gostar das novelas vão gostar da peça. Tenham em mente que é algo para entretenimento, ok? Se joguem na leitura!



sexta-feira, 6 de abril de 2018

Citologia: Como surgiu a célula eucarionte

Temos duas teorias que se completam e explicam como surgiu a primeira célula eucarionte. Células eucarionte são células mais complexas que as procariontes, que possuem apenas membrana plasmática, citoplasma e o material genético fica disperso no citoplasma. As eucariontes possuem várias organelas e o núcleo envolvo por membrana, que separa o material genético do resto da célula.

A primeira é a Teoria da Endossimbiose. Segundo essa teoria, nas células vegetais, uma célula procarionte autotrófica, ou seja, uma célula simples que consegue produzir seu próprio alimento a partir da fotossíntese, se alojou dentro de uma célula procarionte heterotrófica, que passou a usar como alimento o que a célula autotrófica liberasse em seu interior.

A célula autotrófica fazia a fotossíntese, ou seja, absorvia a luz solar e carbono e liberava O2 na atmosfera. A partir do momento em que ela estava dentro de uma célula heterotrófica, ela liberava esse O2 no citoplasma da célula heterotrófica, que utilizava esse oxigênio nos processos metabólicos da célula. Ou seja, era uma relação benéfica para as duas células.




A relação foi tão benéfica que a célula autotrófica passou a realmente morar dentro da célula heterotrófica e ao longo dos anos essas duas células formaram uma célula só: a célula eucarionte fotossintetizante, ou seja, uma célula complexa capaz de fazer fotossíntese. A partir do momento em que as duas células se tornaram uma só, a célula procarionte autotrófica passou a ser uma organela chamada cloroplasto, que é a organela presente nas células vegetais, responsáveis pelo processo de fotossíntese.

Esse processo nas células animais é bem parecido. Uma célula procarionte aeróbica entrou em uma célula procarionte heterotrófica maior e passou a usar a célula heterotrófica como uma maneira de proteção, e em troca, ela recolhia oxigênio suficiente para as duas células. Com o passar dos anos, essa célula menor, que tinha como função recolher o oxigênio para as atividades metabólicas da célula, se transformou no que chamamos de mitocôndria, organela que é responsável pela respiração celular.

Foi dessa forma que as organelas responsáveis pela respiração celular das plantas e dos animais, respectivamente, foram criadas, agora vamos ver como as outras organelas surgiram, estudando a Teoria da Invaginação da Membrana Plasmática. Membrana plasmática é como uma capa, que envolve a célula e permite ou não a entrada de substâncias.

O termo invaginação se refere ao fato de que a célula foi criando dobras internas, como veremos na figura abaixo, e cada uma dessas dobras, ao longo do tempo, se tornou uma organela diferente, com funções diferentes dentro da célula. Esse processo também serviu para separar o núcleo, contendo o material genético, do restante da célula.






















A célula não se dividiu ou se separou em pedaços, mas cada um dos espaços entre os "pedaços" mostrados na figura se tornou uma organela. Os "pedaços" maiores, em branco, são na verdade preenchidos pelo citoplasma, líquido da célula, onde as organelas ficam mergulhadas. O produto final do processo de invaginação da membrana plasmática é algo parecido com isto:























As partes brancas são as novas organelas da célula eucarionte, que vão ir se juntando até formar uma membrana ao redor do material genético, o núcleo. Essa é a teoria mais bem aceita sobre como as organelas como Complexo de Golgi, organela de armazenamento, Retículo Endoplasmático Liso, organela de síntese lipídica, Retículo Endoplasmático Rugoso, organela de síntese proteica e a Carioteca, a membrana nuclear, foram formados.



quarta-feira, 4 de abril de 2018

Projeto Machado de Assis: Segundo trimestre


Mais um post de programação de leituras do projeto Machado de Assis! O projeto foi criado por mim, com o único objetivo de ler toda a obra do Machado. Não tenho o objetivo de estudar profundamente a obra dele, muito menos de pesquisar vários e vários livros de apoio para cada leitura. Pode ser que uma leitura ou outra demande um livro de apoio, mas se não for algo que eu queira, não vai acontecer. Se você ainda não conhece o projeto, clique aqui para ter acesso à lista com todos os nomes dos títulos do autor. A programação do Primeiro trimestre já teve post aqui no blog. Infelizmente não consegui fazer um vídeo sobre o projeto no canal, mas pretendo fazer e postá-lo em abril, e ir fazendo atualizações anuais do projeto. Segue a lista com os nomes dos títulos que serão lidos entre abril e junho.


Revista Dramática; Crítica literária - 53 páginas [ABRIL]
Desencantos; Teatro - 47 páginas [ABRIL]
Queda Que as Mulheres Têm Para os Tolos; Miscelânea - 8 páginas [MAIO]
Comentários da Semana (1861-1863); Crônica - 52 páginas [MAIO]
Crônicas do Dr. Semana (1861-1864); Crônica - 55 páginas [MAIO]
Flores e Frutos de Bruno Seabra - ?? [MAIO]
Flores e Frutos, de Bruno Seabra; Crítica literária - 3 páginas [MAIO]
Crítica Variada - Diário do RJ; Crítica literária - 5 páginas [JUNHO]
Carta ao Sr. Bispo do RJ; Miscelânea - 3 páginas [JUNHO]
Pareceres - Conservatório Dramático; Crítica literária - 12 páginas [JUNHO]
Crônicas - O Futuro; Crônica - 34 páginas [JUNHO]
O Caminho da Porta/O Protocolo; Teatro - 68 páginas [JUNHO]
Revelações de A. E. Zaluar - ?? [JUNHO]
Revelações, de A. E. Zaluar; Crítica literária - 5 páginas [JUNHO]



Dessa vez coloquei 12 títulos, mas como vocês podem ver, muitos dos títulos têm poucas páginas, então não é nada impossível. Minha meta com o projeto é ler de 100 à 300 páginas por mês, e apesar de não ter colocado nem 200 páginas para cada mês, o número de páginas por mês já é maior do que no trimestre passado. Já aviso que nos meses de julho, dezembro e janeiro o número de páginas vai ser sim maior, bem perto de 300 páginas, já que são meses em que eu terei férias e consequentemente, mais tempo para as leituras. Fiquem ligados aqui no blog, as resenhas do projeto saem às quintas-feiras!


Citologia: Primeira célula

Como surgiu a primeira célula aqui na terra? Primeiro precisamos entender como eram as condições climáticas da terra há bilhões e bilhões de anos e para isso, precisamos primeiro traçar uma linha do tempo. E claro, primeiro temos que definir o que é célula.

Célula é a unidade básica da vida, é onde todas as reações bioquímicas ocorrem, fazendo com que nós possamos crescer, engordar, emagrecer, nos curar de doenças, obter energia a partir dos alimentos que ingerimos etc. Existem organismos unicelulares, compostos de apenas uma célula, como as bactérias e os organismos pluricelulares, compostos por duas ou mais células, como nós, seres humanos. Existem também organismos acelulares, ou seja, que não possuem célula e são conhecidos como vírus. Vírus são substâncias orgânicas capaz de transmitir doenças.

Agora que entendemos o que é célula, podemos passar a entender como a primeira célula surgiu. Observe o esquema abaixo.


















É sabido que a Terra tem cerca de 4,5 bilhões de anos, então podemos perceber que demorou cerca de 1 bilhão de anos para que a primeira bactéria, a primeira célula, fosse formada. A atmosfera da Terra, inicialmente, continha vapor de água (H2O), Metano (CH4), Amônia (NH3), Sulfato de Hidrogênio (H2S) e Hidrogênio (H2). Havia muitos vulcões ativos, o que significa que a superfície terrestre era extremamente quente, pois havia lava por toda a superfície. Havia uma grande concentração de descargas elétricas e a radiação ultravioleta era intensa, pois não existia a camada de Ozônio (O3).

Vamos agora à algumas teorias sobre como a primeira célula surgiu. A teoria mais bem aceita é a Teoria Pre-biótica, que diz que a formação da primeira célula aconteceu ao acaso, quando as moléculas do caldo primordial se combinaram. O caldo primordial, ou sopa primordial, é a mistura de compostos orgânicos presentes na atmosfera terrestre daquela época, ou seja, mistura entre moléculas que continham carbono em sua composição. Essa mistura e combinação de moléculas se aconteceu devido à grande quantidade de descargas elétricas, que agitavam e destruíam essas moléculas, as forçando a se recombinar com outros compostos.

A recombinação dessas moléculas originaram aminoácidos, que são compostos por Carbono (C), Hidrogênio (H), Oxigênio (O) e Nitrogênio (N), que quando agrupados formam proteínas, ou seja, o primeiro composto orgânico formado na Terra foi uma proteína.

Quando uma colônia de proteínas, envolta por água, é formada, chamamos essa colônia de coacervado.


























Havia também a formação de proteinóides, que são como os coacervados, porém desidratados, ou seja, sem a presença de água, por causa do calor que havia na atmosfera. Chamamos isso de desidratação térmica.

Com a ação das descargas elétricas e do calor, além de proteínas, surgiu o ácido nucleico ou nucleotídeos, composto por Carbono (C), Nitrogênio (N) e Fósforo (P). Eles são os responsáveis por carregar a informação genética da célula, pelo RNA (ácido ribonucleico) ou pelo DNA (ácido desoxirribonucleico). Com a ajuda das proteínas, o RNA foi se reproduzindo. Devemos lembrar que não havia DNA nas primeiras células!

Como não havia oxigênio disponível na atmosfera, as primeiras células eram anaeróbicas, ou seja, não utilizavam oxigênio para a respiração. Quando a célula utiliza o oxigênio para respiração, é chamada de aeróbica. As primeiras células também eram heterotróficas, ou seja, não produziam seu próprio alimento, e se alimentavam dos compostos orgânicos que estavam no caldo primordial. Quando a célula produz seu próprio alimento, é chamada de autotrófica.

Os primeiros seres vivos eram estromatólitos, ou sejam, viviam em colônias, para garantir proteção e obtenção de alimento. Eles têm a aparência de pedras, mas são seres vivos. Com o tempo, algumas dessas bactérias que viviam em colônias desenvolveram a capacidade de absorver energia solar e liberar oxigênio na atmosfera.

Créditos à Ao Mar Biólogo































Como vimos, existia oxigênio na molécula de água (H2O), nos aminoácidos e também sendo liberados por bactérias, com o tempo, e com a força das descargas elétricas e calor, essas moléculas foram se agrupando e formando o Ozônio, que é composto por três átomos de oxigênio. Com a criação da camada de ozônio, a radiação ultravioleta diminuiu gradativamente, fazendo com que a Terra passasse por um processo de resfriamento. Os seres vivos apenas foram capazes de evoluir com essa velocidade por que os raios ultravioletas eram barrados pela camada de ozônio.

O RNA presente nos primeiros seres vivos, as bactérias, conseguem evoluir sem a ajuda de enzimas, que são substâncias orgânicas de base proteica que aceleram o metabolismo celular. Com a menor infiltração de raios UV na atmosfera terrestre o RNA, que é formado por apenas uma hélice, evoluiu para DNA, formado por dupla hélice. O DNA é mais resistente e guarda melhor o material genético da célula, por isso essa evolução foi benéfica para a vida na Terra.

Devemos nos lembrar que as primeiras células, as bactérias, são procariontes, ou seja, não tem um núcleo delimitado, o que significa que o material genético fica espalhado no interior da célula. A única organela presente na célula procarionte é o ribossomo, que é formado por proteína e é fundamental para o crescimento e controle metabólico da célula.


Créditos à Toda Matéria



























Essa é a teoria mais aceita entre os cientistas para explicar como surgiu a primeira célula na terra e a sua evolução e mudanças ao longo dos primeiros bilhões de anos. Devemos nos lembrar que essa evolução foi gradativa e lenta, e entender esse processo é fundamental para que possamos entender como a nossa célula é hoje.