Título: Veronika Decide Morrer
Autor: Paulo Coelho
Editora: Editora Planeta
Ano de publicação no Brasil: 2006
Número de páginas: 224
Onde encontrar: Skoob / Amazon
Nota: 5 / 5
O livro começa com Veronika dizendo que decidiu se suicidar. Ela fala sobre as várias formas possíveis de suicídio e por que ela descarta uma por uma, até chegar na única forma que ela acha conveniente: se entupir de soníferos. Depois de tomar os remédios, Veronika começa a ler uma revista para passar o tempo, e se depara com uma matéria feita sobre o seu país, Yugoslávia, porém parece que quem escreveu simplesmente não sabe que o país existe ou qualquer informação útil sobre o país.
"Numa fração de segundo - entendeu o que havia acontecido. Tentara o suicídio, e alguém chegara a tempo de salvá-la".
Indignada, Veronika decide que sua última carta será ao editor da revista, falando sobre a grandiosidade de seu pais. Veronika desmaia e é encontrada pelas freiras do convento onde mora, que a levam para um hospital psiquiátrico. Lá, após três semanas de borrões, descobre que os remédios que tomou fizeram um grande estrago, e infelizmente irá morrer dentro de cinco ou seis dias.
Inicialmente ela não se importa com isso, afinal seu objetivo era justamente a morte, e saber que irá realmente morrer não lhe causa medo, mas lhe causa uma certa aflição por que vai demorar mais do que ela queria. Porém como ela percebe que ali dentro do hospital não irá conseguir acelerar o processo, começa a viver a rotina normal de um interno, e começa a descobrir os motivos que a levaram à tentativa de suicídio, e ressignifica sua vida até então.
Gostei muito do livro, foi meu primeiro contato com a escrita do Paulo Coelho e me surpreendi! Muitos falam mal do autor, então eu estava esperando uma escrita ruim, ou uma história ruim que fosse condizente com o que algumas pessoas falam dele, mas encontrei uma escrita muito boa e uma história incrível!
Além de falar sobre a rotina de um interno de hospital psiquiátrico, e de, consequentemente, denunciar algumas coisas horríveis que comumente acontecem nesses locais, o autor fala muito sobre a vida de alguns pacientes que foram importantes para Veronika naqueles dias. Ler sobre a trajetória de cada um é emocionante. Veronika se relaciona com uma depressiva, uma mulher curada da síndrome de pânico e um esquizofrênico, e os mostram à Veronika coisas da vida que ela nunca experimentou, e isso é muito legal!
"Sacrificara muitos de seus desejos, para que seus pais a continuassem amando como a amavam quando criança, embora sabendo que o verdadeiro amor se modifica com o tempo, e cresce, e descobre novas maneiras de se expressar".
Sim, a leitura em certas partes é agoniante, principalmente por que logo que Veronika chega no hospital ela já recebe a notícia de que tem poucos dias de vida, e acompanhar ela nessa jornada rumo à morte é definitivamente agoniante, mas afinal, não estamos todos numa jornada rumo à morte? Essa é uma reflexão que o livro faz. Passamos a viver de forma diferente quando descobrimos que iremos morrer em breve, pelo menos a maioria das pessoas reage dessa forma, mas não nos damos conta de que todo dia é um milagre, por que não sabemos quando iremos morrer. Você pode ter câncer e morrer daqui cinco anos, ou ser totalmente saudável e morrer daqui dois dias, atropelado. Então por que valorizar a vida apenas quando sabemos abertamente que iremos deixá-la em breve?
O livro tem um tom bem melancólico, não apenas pela parte da Veronika, mas por que todos os personagens recorrentes no livro passaram por traumas enormes, têm muitos problemas e todos estão ali, longe de suas famílias e do "mundo real". Em alguns momentos o livro é bem pesado, mas não achei nada forçado. Li Holocausto Brasileiro há pouco tempo e sei o quão difícil pode ser a rotina de quem está num hospital psiquiátrico.
"Certas pessoas, no afã de querer construir um mundo onde nenhuma ameaça externa pudesse penetrar, aumentam exageradamente suas defesas contra o exterior - gente estranha, novos lugares, experiências diferentes - e deixam o interior desguarnecido. É a partir daí que a Amargura começa a causar danos irreversíveis".
Li parte deste livro num momento bem difícil da vida: minha vizinha havia se suicidado. Me lembro de estar lendo este livro e receber a notícia do suicídio. Foi bem impactante, e obviamente isso fez com que a minha relação com o livro fosse diferente, fosse mais intensa. Eu realmente gostei muito da experiência de leitura deste livro. Recomendo a todos que gostam de drama, a todos que se interessaram por esteja resenha, e a todos que já tiveram alguma relação com suicídio, seja uma tentativa ou a perda de alguém importante. É um livro forte, e não recomendo que você leia em momentos de fraqueza, fique bem primeiro para lê-lo, mas com certeza ele irá mudar um pouco a sua visão das coisas! Fique bem, se precisar, fale comigo!
"Numa fração de segundo - entendeu o que havia acontecido. Tentara o suicídio, e alguém chegara a tempo de salvá-la".
Indignada, Veronika decide que sua última carta será ao editor da revista, falando sobre a grandiosidade de seu pais. Veronika desmaia e é encontrada pelas freiras do convento onde mora, que a levam para um hospital psiquiátrico. Lá, após três semanas de borrões, descobre que os remédios que tomou fizeram um grande estrago, e infelizmente irá morrer dentro de cinco ou seis dias.
Inicialmente ela não se importa com isso, afinal seu objetivo era justamente a morte, e saber que irá realmente morrer não lhe causa medo, mas lhe causa uma certa aflição por que vai demorar mais do que ela queria. Porém como ela percebe que ali dentro do hospital não irá conseguir acelerar o processo, começa a viver a rotina normal de um interno, e começa a descobrir os motivos que a levaram à tentativa de suicídio, e ressignifica sua vida até então.
Gostei muito do livro, foi meu primeiro contato com a escrita do Paulo Coelho e me surpreendi! Muitos falam mal do autor, então eu estava esperando uma escrita ruim, ou uma história ruim que fosse condizente com o que algumas pessoas falam dele, mas encontrei uma escrita muito boa e uma história incrível!
Além de falar sobre a rotina de um interno de hospital psiquiátrico, e de, consequentemente, denunciar algumas coisas horríveis que comumente acontecem nesses locais, o autor fala muito sobre a vida de alguns pacientes que foram importantes para Veronika naqueles dias. Ler sobre a trajetória de cada um é emocionante. Veronika se relaciona com uma depressiva, uma mulher curada da síndrome de pânico e um esquizofrênico, e os mostram à Veronika coisas da vida que ela nunca experimentou, e isso é muito legal!
"Sacrificara muitos de seus desejos, para que seus pais a continuassem amando como a amavam quando criança, embora sabendo que o verdadeiro amor se modifica com o tempo, e cresce, e descobre novas maneiras de se expressar".
Sim, a leitura em certas partes é agoniante, principalmente por que logo que Veronika chega no hospital ela já recebe a notícia de que tem poucos dias de vida, e acompanhar ela nessa jornada rumo à morte é definitivamente agoniante, mas afinal, não estamos todos numa jornada rumo à morte? Essa é uma reflexão que o livro faz. Passamos a viver de forma diferente quando descobrimos que iremos morrer em breve, pelo menos a maioria das pessoas reage dessa forma, mas não nos damos conta de que todo dia é um milagre, por que não sabemos quando iremos morrer. Você pode ter câncer e morrer daqui cinco anos, ou ser totalmente saudável e morrer daqui dois dias, atropelado. Então por que valorizar a vida apenas quando sabemos abertamente que iremos deixá-la em breve?
O livro tem um tom bem melancólico, não apenas pela parte da Veronika, mas por que todos os personagens recorrentes no livro passaram por traumas enormes, têm muitos problemas e todos estão ali, longe de suas famílias e do "mundo real". Em alguns momentos o livro é bem pesado, mas não achei nada forçado. Li Holocausto Brasileiro há pouco tempo e sei o quão difícil pode ser a rotina de quem está num hospital psiquiátrico.
"Certas pessoas, no afã de querer construir um mundo onde nenhuma ameaça externa pudesse penetrar, aumentam exageradamente suas defesas contra o exterior - gente estranha, novos lugares, experiências diferentes - e deixam o interior desguarnecido. É a partir daí que a Amargura começa a causar danos irreversíveis".
Li parte deste livro num momento bem difícil da vida: minha vizinha havia se suicidado. Me lembro de estar lendo este livro e receber a notícia do suicídio. Foi bem impactante, e obviamente isso fez com que a minha relação com o livro fosse diferente, fosse mais intensa. Eu realmente gostei muito da experiência de leitura deste livro. Recomendo a todos que gostam de drama, a todos que se interessaram por esteja resenha, e a todos que já tiveram alguma relação com suicídio, seja uma tentativa ou a perda de alguém importante. É um livro forte, e não recomendo que você leia em momentos de fraqueza, fique bem primeiro para lê-lo, mas com certeza ele irá mudar um pouco a sua visão das coisas! Fique bem, se precisar, fale comigo!