Título: Harmonias Errantes
Autor: Francisco de Castro
Editora: Senado Federal (link para o livro aqui)
Ano de publicação desta edição: 1878
Número de páginas: 212
Onde encontrar: Senado Federal
Nota: 4,5 / 5
Harmonias Errantes é um livro de poemas, escrito por Francisco de Castro, mas curiosamente lido por causa da recomendação de Machado de Assis. Ao ponto de que, quando você procura o nome do livro, aparece mais o nome do Machado de Assis, do que o de Francisco de Castro.
Os poemas são principalmente sobre amor, boa parte deles sendo declarações, e alguns outros sejam poemas de saudade e tristeza. Gostei muito do livro por que as poesias, mesmo tendo palavras bem rebuscadas e antigas, consegue causar bastante identificação em quem lê.
Vou comentar sobre alguns poemas em específico que gostei bastante, sendo um deles Epitaphio. Gostei muito por que mostra uma sensibilidade tremenda diante da morte. A morte costuma ser retratada como algo violento, que tirou uma pessoa querida de alguém, que fez tudo ruir, e nesse poema, a morte é simplesmente um acontecimento da vida.
"Anjinho de azas de neveQue desertára dos céus,Sentiu saudade, e em breveVoou aos braços de Deus"
Lembrando que vou escrever tanto os nomes dos poemas, quanto as citações, da mesma forma que estão escritas no livro. Com a mesma grafia e tudo mais. E lembrem-se: é um livro de anos e anos atrás, a escrita era mesmo diferente. Como, por exemplo, no poema "As Creanças", que nada mais é do que "as crianças". Confere um pedacinho dele abaixo.
"Creanças, que sois vós? - auroras, risos, flores;Eterna primavera, eternos esplendores;"
Esses dois foram os que mais me tocaram, mas o livro é recheado de poemas lindos que valem a pena vocês lerem! É um livro antigo que poucas pessoas conhecem, e menos pessoas ainda falam dele aqui na internet. Espero que, depois de ler essa resenha, uma vontade de ler esse livro surja em você. Ele está disponível gratuitamente pelo governo, na biblioteca do Senado Federal. Para ter acesso ao livro, clique aqui, baixe e leia!
